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domingo, 30 de março de 2014

Vou te contar uma história... (3)


 
E assim na consciência singular se faz a luz
De um despertar para vida de sentimentos
Movida por uma necessidade motora
Vem-se o grito de um nascimento
Frágil indefesa criança
Que ainda ligada por um fino cordão
Desvencilha-se do íntimo materno
Para assim crescer em tamanho e vontade
Partícula de um todo maior
Como animal torna-se humano
Cheia de graça e encanto
Mostra que existe futuro e esperança
Mesmo que ainda por construir
Traz para os membros pura alegria
E depois de estar fora não há mais volta
Como se o tempo nunca voltasse
Segue-se em frente para o horizonte
Que com os anos mais se ampliam
Como é doce tal momento existencial
Tão abstrato e sem concreta razão
Que nem nos lembramos
Mesmo que seja para termos saudade
Para crianças normais
De família e pais preparados
Faz da criança o centro da atenção
E assim conseguem perpetuar
Abstratos valores de gestos, atos e emoções
Vão pavimentando o caminho
Por onde um dia seguirá sozinha
Como se fosse o destino de todos
Mas assim é a vida
De alguém recebemos
E transmitimos a alguém
Não há trabalho ou esforço perdido
Tudo é válido quando conduzido pro bem
Suprindo a carência de um sentido existencial
De que somos receptores e transmissores
Daquilo que vem e daquilo que vai
O que já existe bem antes de nós
Apenas passamos a experimentar
Do que podemos vir a chamar
De uma vida singular...
(3 – Continua...)

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