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domingo, 25 de abril de 2021

Para entender a Revolução Tecnológica do Século XXI precisamos mudar o “MIND SET” !

 


         O Brasil pode voltar a crescer e se desenvolver se fizer uma profunda imersão no mundo científico tecnológico, uma profunda revolução pode ocorrer nos três principais setores da economia, o agronegócio, a indústria e o setor de serviços.

         O país tem uma vocação natural para se tornar um fornecedor de alimentos para o mundo, e a qualidade e o valor agregado pode ser incorporado para ao produto, provocando a geração de emprego e a distribuição de renda.

         A indústria pode ser o setor que venha a fornecer a infraestrutura tecnológica para a inovação, em conjunto com os centros de pesquisa e toda comunidade acadêmica vinculada a pesquisa e ao desenvolvimento.

         O setor de serviços pode ser o setor que agregue o valor incremental, orientando e auxiliando o bom funcionamento dos grandes centros urbanos, onde se localizam os mercados consumidores dos produtos do agronegócio.

         Todo este potencial de desenvolvimento pode se materializar e ter um grande valor agregado na medida em que esteja comprometido com a agenda “VERDE” de desenvolvimento econômico do século XXI.

         Estamos no limiar da 4ª revolução industrial e o país que apresentar uma metodologia que conduza os outros países ao desenvolvimento social estará liderando e servirá de modelo para os demais, impactará não só a economia, mas também a sociedade, a política, a filosofia, a cultura e a ciência.

         O Brasil tem uma grande oportunidade histórica, só que antes, os empreendedores brasileiros têm que mudar o seu “MIND SET”, sofrerem uma revolução de mentalidade, cultura, e passar a enxergar o que está para além do curto horizonte. O futuro é

         Um exemplo de mudança de mentalidade, a descoberta de uma nova forma de trabalho e relação com o meio ambiente, provando que é possível aliar o desenvolvimento com a geração de emprego e a preservação do meio ambiente. O caminho seguro, que agrega valor e proporciona longevidade para o empreendimento econômico. Em uma reportagem da National Geographic por Vinícius Fontana, publicada em 27 de março de 2019. foi apresentado: “Agricultores japoneses prosperam na Amazônia recriando a diversidade de culturas da floresta. Há quase um século no interior do Pará, comunidade de asiáticos e descendentes desenvolveram modelo agrossustentável em que mata nativa convive harmonicamente com pimenteiras, cacaueiros e açaizeiros, entre outras espécies”. Um modelo de negócio que gera mais de 10.000 empregos diretos e indiretos e fixa o homem no campo, ocupando o território. Imagina, se houvesse uma política pública de Estado para o fomento de novos projetos em outras localidades do Brasil, com o apoio financeiro e científico-tecnológico capaz de provocar o desenvolvimento regional e a preservação do meio ambiente.

         Segundo o historiador inglês Ian Morris, as causas que levaram o ocidente dominar o mundo a partir da revolução industrial estão descritas em seus dois livros: Why the West Rules – For Now (Por que o Ocidente domina o mundo), onde demonstra o desenvolvimento social causado pro diversas invensões e The Measure of Civilization: How Social Development Decides the Fate of Nations (A Medida da Civilização: como o desenvolvimento social define o destino das nações), onde a metodologia é apresentada em detalhes.

         A base de todo o desenvolvimento está na inovação tecnológica através de uma infraestrutura científica tecnológica. Esta é a grande locomotiva da história no século XXI que o Brasil não pode perder. Se formos falar de planejamento estratégico para o Brasil no curto, médio e longo prazo, o investimento em ciência e tecnologia é prioridade, que deve ser entendido como uma política pública de Estado, comprometida com desenvolvimento da nação, do seu povo, em todos os seus aspectos: social, político, filosófico, cultural e científico. Este é o caminho seguro para o país poder superar os seus desafios sociais e econômicos.

         Fonte:

National Geographic

Cacau de Tomé-Açú - Indicação Geográfica

O Cacau no Pará


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sábado, 24 de abril de 2021

O século 21 será chinês ?

 


       A China adota uma política autoritária de um único partido e uma abertura econômica para o capitalismo de Estado, onde toda atividade econômica tem que ter a chancela do Estado para existir, ou seja, o mercado não é livre, ele é monitorado e controlado pelo Estado. A questão é: O que é melhor para a sociedade? Em termos de resultado efetivo, a China cresce initerruptamente desde dos anos 80, a ponto de se tornar a 2ª maior potência econômica e prestes a superar os Estados Unidos e se tornar a 1ª maior potência econômica no século XXI. A China ainda tem enormes desafios sociais a superar, mas já tirou da pobreza mais de 300 milhões de habitantes, está consolidando a formação de uma robusta classe média que forma o seu mercado interno, e graças ao seu baixo custo fabril, a China também atende o mercado externo. É um conjunto de fatores que permite a expansão da indústria de forma permanente e sustentável. Já o ocidente vem perdendo o seu dinamismo econômico, a maioria dos países teve um baixo crescimento econômico nestes últimos 40 anos, se compararmos com a China. O que de certa forma contribui para a instalação de uma crise democrática e econômica. Pois, as lideranças políticas do ocidente não conseguiram conduzir os países que lideram na direção do crescimento econômico sustentável, que gere emprego e renda para as suas populações. É como se o ocidente venha perdendo a capacidade de liderar as nações em direção do bem-estar e da felicidade. Neste sentido a China parece estar pavimentando a sua estrada rumo a prosperidade, o que faz a sua população na maioria se subordinar ao seu regime político. Pois, existe uma questão em aberto: o que vale a liberdade se não houver dinheiro para comprar pão. O ocidente vem vivendo nos últimos 40 anos, um processo de desindustrialização, perda de Know-how, competitividade e inovação. Por isso as economias nestes países crescem a níveis insuficientes para atender as demandas de suas populações.

         Além de fábrica do mundo, a China está se tornando um banco do mundo, ela hoje tem capacidade financeira para financiar projetos em diversas partes do mundo, a ponto de superar a liderança dos Estados Unidos. Segundo José Eustáquio Diniz Alves, “O modelo econômico e político do liberalismo democrático burguês está em vistas de ser superado pelo modelo de propriedade estatal, câmbio competitivo, políticas de promoção a exportação, proteção a indústria local e proteção dos setores estratégicos do país, reformas de mercado, controle de instituições políticas e culturais, centralização das decisões políticas e das estratégias de projeção nacional”. Ou seja, com a ascensão de China neste século, o ocidente pode vir a sofrer uma enorme mudança ao longo do século XXI para poder sobreviver. É uma realidade que está se imponto pelos fatos, mais que uma ideologia, uma opção política, a China tem mais acertado do que errado nos últimos 40 anos. A decisão de abertura Econômica da China (República Popular da China) que começou em 1976 quando Mao Tse-Tung morreu e Deng Xiaoping conquistou o poder político, foi uma decisão certeira. Mas tenhamos em mente que o sucesso Chinês acontece porque o Estado lidera um planejamento de curto, médio e longo prazo, sabendo de forma muito clara onde se quer chegar.

         O exemplo Chinês tem muito o que ensinar para o Brasil, as causas do nosso subdesenvolvimento têm as suas gêneses nas políticas públicas adotadas pelos nossos líderes políticos, não são processos contínuos com metas de curto, médio e longo prazo. Falta uma política de Estado voltada para o desenvolvimento do país. Nos último 30 anos, após a redemocratização, existiram políticas públicas de governo, muitas vezes antagônicas, o que fez o país avançar e retroceder ao longo deste tempo. Ao ponto de mergulhar o país em uma crise econômica estrutural, sem fácil solução, pois ao longo deste tempo, os equívocos políticos do Brasil só fizeram arruinar o patrimônio econômico do Brasil. Hoje, o Brasil tem uma elevada taxa de desemprego, uma crise econômica estrutural, sem política industrial, sem foco no futuro, incapaz de valorizar o seu meio ambiente, e pouquíssimo para não dizer nenhum incentivo a ciência e tecnologia. Além disso, uma liderança política que não compreende o papel do Estado, que acredita que o país está preparado para ser economicamente liberal, esquecendo os motivos que provocam a necessidade de políticas de proteção a indústria nacional. Se continuarmos nesta direção, estaremos fadados ao insucesso e mediocridade econômica, incapazes de superar os nossos desafios sociais. O Brasil será um país sem futuro para a sua população, por não saber para onde ir. E mesmo que a China faça alianças com o Brasil e incentive projetos econômicos, para que tenhamos sucesso, o país terá que mudar a sua forma de ser governado. As nossas lideranças políticas terão que criar políticas de Estado, com metas de curto, médio e longo prazo, sabendo de demonstrando onde se quer chegar e o que quer ser no século XXI. É esta resposta estratégica para o mundo que o Brasil não está dando para os investidores estrangeiros. Como modelo de negócio de sucesso, o século 21 será chinês.

Aula Pública - Economia Chinesa 1/2



Aula Pública - Economia Chinesa 2/2



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terça-feira, 20 de abril de 2021

O Século da Ciência e Tecnologia no Brasil !


 

         A Ciência e Tecnologia no Brasil é tratada de forma ambígua, existe uma relação de amor ódio entre o Estado e a comunidade científica. O pensamento e a forma de ser obscurantista remete a um atraso de séculos atrás. A atitude negacionista da ciência mistura-se com um movimento fundamentalista e intencional, como se fosse possível distorcer a verdade e convencer a comunidade científica.

         O Brasil é um país que tem uma excelente oportunidade histórica, a maior parte de seus problemas podem ser resolvidos que o emprego da ciência e tecnologia, em parceria com o Estado e a iniciativa privada. Neste sentido não há antagonismo entre o Estado e o mercado, mas uma ação complementar a outra, o Estado pode dar o impulso ao desenvolvimento científico tecnológico e o mercado pode ampliar o investimento, gerando novos negócios e novos empregos de qualidade.

         A comunidade científica cabe a organização, divulgação e a realização de parcerias. A pandemia da COVID-19 descortinou esta possibilidade, o Brasil demonstrou ter cientistas de ponta, com capacidade para criar soluções para os problemas nacionais, capazes de gerar renda e bem-estar social.

         A comunidade científica não pode esperar, tem que se unir, se movimentar, mostrar seus feitos, as possibilidades e apresentar projetos par a iniciativa privada. Um país como o Brasil, repleto de riquezas a serem mais bem trabalhada e dinamizada para a geração de renda e crescimento da economia. Hoje, o país já tem massa crítica suficiente para criar uma onda capaz de atrair empreendedores e fazer o país dar um salto na sua evolução tecnológica.

         O Bioma da Amazônia é a área que mais desperta cobiça, seja pelos bons empreendedores, como pelos maus empreendedores, é um universo a ser descoberto por dentro, com possibilidades ocultas. A construção e a implementação da infraestrutura científica tecnológica no Bioma da Amazônia pode ser um grande vetor de desenvolvimento sustentável do Brasil. Empresas privadas, institutos de pesquisa estrangeiros e nacionais e até o Estado têm interesse em implementar políticas que possibilitem o desenvolvimento da região de forma sustentável.

         Essa é a hora, chegou o momento da comunidade científica do Brasil assumir o protagonismo do desenvolvimento sustentável do país. “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. (Geraldo Vandré)

Simone - Pra não dizer que não falei das flores (Caminhando e cantando)


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