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terça-feira, 29 de junho de 2021

A Força da Renda do Trabalhador Brasileiro !

 


         A política econômica brasileira não valoriza a força da renda do trabalhador brasileiro. Sem uma política salarial que reponha a perda inflacionária e até promova o aumento da renda do trabalhador, o Brasil passe a conviver com uma crise econômica estrutural.

         A inflação real dos alimentos e o aumento do custo de vida está muito acima dos índices oficiais do governo. É uma situação complexa que desenha um futuro instável, de baixo consumo, queda na produção de bens e serviços e uma menor arrecadação de impostos pelo Estado. É a instauração de uma crise estrutural na economia, ou seja, causada pela baixa demanda ou incapacidade de consumo.

         Os exemplos mais evidentes são: a situação de dois setores importantes, a indústria automobilística e a construção civil do Brasil, onde o preço avista de um carro básico está acima de R$50.000,00, o que gera uma prestação de R$1.660,72 em 36 meses com juros de 1%a.m. e uma prestação mensal de R$2.161,00 de um financiamento de uma casa própria em 30 anos com juros de 5%a.a. pelo preço avista de R$180.000,00. Os valores das duas prestações estão acima do valor de um salário-mínimo no Brasil. Tal análise pode parecer uma falácia, mas os anos de maior consumo, aumento da produção e desempenho da indústria e do setor de serviços foram os momentos históricos em que apresentaram um maior poder de compra do salário-mínimo. O que confirma a tese de que o aumento da renda e do poder de compra do trabalhador, possibilita o crescimento da economia brasileira.

         Caso não haja uma recomposição da renda do trabalhador, a economia do Brasil vai implodir por dentro, ou seja, o PIB – Produto Interno Bruto gerado será insuficiente para atender as necessidades da população brasileira. Está na hora dos economistas reverem o princípio e o valor da renda do trabalhador brasileiro, entender que não é a causa do baixo desempenho da economia, mas a solução para promover o crescimento sustentável da economia, na medida em que a produção de bens e serviços atendam a demanda da população a um preço justo.

         O Brasil pode estar às vésperas de um longo inverno, a década de 20 nos anos 2.000 pode ser uma década perdido, como foi a década de 80 nos anos 1.900. Hoje, a população convive com uma inflação real que está corroendo a renda, minimizando o poder de compra do trabalhador, diminuído o potencial de demanda e consequentemente a geração de riqueza.

         As empresas privadas podem fazer as contas, o valor em reais das vendas cresceu, mas a venda de bens e serviços em grande parte não aumentou. O que existe é a uma inflação, que destorce o crescimento do valor faturado e da arrecadação de impostos. O momento inflacionário é o maior mau que pauperiza a população brasileira.

         O governo atual demonstra ser incapaz de apresentar uma política pública de enfrentamento da perda de renda e poder de compra do salário do trabalhador brasileiro. Sem grandes e novas ideias, o país segue engessado rumo a um futuro incerto. Sem uma solução no horizonte, a vida do brasileiro torna-se um peso, a luta pela sobrevivência torna-se árdua e os problemas do presente insolúveis. Esta é a dura realidade que a população brasileira tem que assimilar e aprender conviver, pois não há um governo capaz de criar políticas públicas que promovam a melhoria da qualidade de vida. A solução continua sendo o aumento da renda do trabalhador brasileiro.

Crescimento e Desenvolvimento econômico!


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