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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Sociedade Pós-Contemporânea !

         “A necessidade da formação de uma Sociedade Pós-Contemporânea, gerenciada, monitorada, fiscalizada por sistemas de informação e as Instituições Constituídas para a garantia da Democracia e o cumprimento da Constituição Federal e demais Leis.

           Entendo que cada época da história humana tem seus valores, suas características e suas carências. Estamos em uma época em que a sociedade em cada nação não se constitui para assegurar uma convivência humana na qual as qualidades e capacidades de cada um beneficiem a todos, mas uma sociedade em que apenas algumas elites detentoras de poder político ou financeiro tenham as oportunidades que garantam suas vantagens próprias pela exploração da grande maioria carente.

A Sociedade Pós-Contemporânea deve ser defensora da dignidade da pessoa humana enquanto construtora de um sistema social e político fundado no ideal do bem comum efetivamente participativo por todos os homens e mulheres que compõem a sociedade.
Devemos defender um procedimento que pode ajudar as pessoas numa mudança comportamental na busca da ética e da fraternidade, a caminho do bem comum individual mas com sentimento coletivo do BEM DE TODOS.”

Comentário do Livro :
 Humanismo de Maritain no Brasil de Hoje Ciência, Arte e Sociedade
Instituto Jacques Maritain do Brasil – http://www.maritain.org.br

“Um humanismo integral que comporta o homem todo e todos os homens em todas as suas dimensões, isto é, não apenas biológicas e econômicas, mas também espirituais.”

Por: Jacques Maritain

A diferença entre a Lógica Matemática e a Lógica Dialética !

Na tradição clássica, aristotélico-tomista, lógica é o conjunto de estudos que visam a determinar os processos intelectuais que torna condição geral do conhecimento verdadeiro.
A lógica matemática é um conjunto de estudos tendentes a expressar em linguagem matemática as estruturas e operações do pensamento, deduzindo-as de número reduzindo de axiomas, com a intenção de criar uma linguagem rigorosa, adequada ao pensamento científico como tal como o concebe a tradição empírico-positivista, lógica simbólica. Para se resolver um problema utilizando a lógica matemática: Organizam-se as ideias, fazem-se as hipóteses e através de uma lógica coerente obtém-se a conclusão, que é precisa e imutável, ou seja, é estático, não está em movimento ou transformação.
A lógica dialética é um conjunto de estudos, originados no hegelianismo, que tem por fim determinar categorias racionais válidas para a apreensão da realidade concebida como uma totalidade em permanente transformação. Essa lógica é imprecisa e mutável, tem como característica a contradição, a totalidade, a ação recíproca, a síntese. A lógica dialética promove a absorção, a integração e superação de sínteses já estabelecidas por novas ideias e até antíteses, provocando um debate e diálogo sobre o tema em questão, o que ocasiona um movimento, um deslocamento do pensamento no tempo espaço, ou seja, uma evolução de atitude e comportamento para as novas demandas do presente rumo ao futuro.
Hoje vivemos um embate metodológico, ideológico, onde um grupo de pessoas, intelectuais, educadores, formadores de opinião buscam entender o mundo e a vida humana através de uma lógica matemática, como se fossem detentores da verdade absoluta, e também existe outro grupo de pessoas, intelectuais, educadores, formadores de opinião que buscam entender o mundo e a vida humana através de uma lógica dialética. O que parece ser mais coerente e adequado, pois a história da humanidade revela não ser uma ciência exata, sem vertentes positivistas. Estamos diante de uma sociedade que tem mais acesso a informação, que forma a sua própria opinião a partir de que vê, escuta, lê. Assim é desafiador o diálogo, a formulação de um discurso profundo, esclarecedor, transformador no sentido de proporcionar uma transcendência histórica. Para a contínua caminhada rumo ao desenvolvimento e plenitude humana, faz-se a necessidade de ter um comportamento de contínuo estudo e busca de um esclarecimento quanto ao que se passa na vida ao nosso redor. Para que sejamos movidos por uma filosofia que nos leve a um crescimento, desenvolvimento, amadurecimento para os desafios da vida e não por ideologias que não promovam à reflexão, o aprofundamento, a liberdade humana para formulação de opinião, política, comportamento, tomada de decisão rumo a uma sociedade, esclarecida, humanista, liberta e comprometida com a vida.
Para que fim utilizar a lógica, é uma escolha que está na mão de cada um, é uma escolha de como se quer entender a vida e viver, assumir que o homem não domina uma verdade absoluta sobre a vida, mas apenas uma impressão do que se passa a partir das próprias representações, é uma atitude que possibilidade a caminhada, a continuidade e a esperança de dialogar com as diferentes vertentes do pensamento humano. É um convite ao descobrimento...


Um Novo Olhar da Esquerda Para o Século XXI !

        Teóricos da política defendem que existem duas correntes ideológicas que constituem os ideais, valores, sonhos e projetos humanos no campo social, político e econômico.
         A primeira corrente ideológica é a liberal que contém um conjunto de ideias, doutrinas que visam assegurar a liberdade individual no campo da política, da moral, da religião dentro da sociedade. No campo econômico acredita na existência de uma ordem natural para os fenômenos, os quais tendem ao equilíbrio pelo livre jogo da concorrência e não intervenção do Estado. No campo político é uma doutrina que visa estabelecer a liberdade política do indivíduo em relação ao Estado e preconiza oportunidades iguais para todos. O que entendemos por direita.
         A segunda corrente ideológica é a antiliberal que em sua essência representa o lado oposto, a antítese da ideologia liberal. O que entendemos por esquerda.
         Que esquerda pode existir em um Estado de Direito? Que acredita no fortalecimento de suas instituições democráticas? E mantem viva em sua busca histórica o desejo de liberdade, igualdade, fraternidade, ordem e progresso. Um país que tem um povo que deseja mais transparência, menos corrupção, mais eficiência na gestão dos recursos financeiros originários dos impostos. Que deseja a existência de um serviço público eficiente e eficaz. Uma educação de qualidade, um sistema de saúde que funciona, uma economia equilibrada, a geração de trabalho e renda de qualidade, um desenvolvimento e crescimento perene e sustentável.
         São todas estas questões e muito mais que a esquerda deve pensar, o exercício do poder não é fácil, as ações do presente reverberam no futuro, sendo assim só posso ver um caminho. Para uma esquerda que tenha estatisticamente a oportunidade de continuar no poder, de está liderando e dando um rumo para o Brasil.
         Uma esquerda que tenha como antiliberal a forma do uso da liberdade humana, que desperte na sociedade a importância do uso consciente e responsável da liberdade, comprometida com a vida, com o meio ambiente, com o desenvolvimento sustentável, com o equilíbrio econômico, com a liberdade individual, com a educação, com a formação política, com o debate dialético de ideias, com os valores humanistas e religiosos que constroem o pensamento e a ação humana. Ou seja, uma esquerda humanista, menos mecanicista, mais dialética, mais permeável, que acredite na diversidade e aposte no diferente, no novo. Uma esquerda capaz de planejar e executar, que tenha um projeto de nação, e saiba dialogar coma a direita para ter como aliado na condução da nação.
         Vejo a unanimidade com ressalva, pois perdemos a capacidade de refletir e criar, passamos a ser conduzidos pela corrente vigente e muitas das vezes não nos permitimos aprofundar e avançar em questões importantes. Assim, mesmo que não tenhamos um ano eleitoral polarizado pelo debate político das ideias liberais e antiliberais, espero que a esquerda seja dialética e promova reflexões originárias de diversos pontos de partida. A inovação surge do embate entre o que está estabelecido e o que pode vir a ser, é um exercício de reflexão, de diálogo, de busca. E tenho a impressão que o povo brasileiro está em busca de alternativas, de um caminho um pouco diferente.
         Qual é a sua impressão? Qual a sua busca?
 


Religiões Voltadas Para Justiça Social !

        Por ética, podemos entender o juízo de apreciação feito com o propósito de orientar a conduta humana amparada no discernimento do bem e do mal.

         O monoteísmo ético judaico cristão está solidamente edificado não apenas sobre códigos ou doutrinas religiosas e espirituais das leis bíblicas, mas sobre a pregação enfática dos profetas bíblicos em favor da justiça social e de seus efeitos na sociedade.

         A ética encontra-se estreitamente relacionada, portanto, às questões políticas urgentes e à justiça social, valores que norteiam a conduta coletiva do povo e da nação. A ética bíblica traz exigências ligadas ao bem coletivo do povo.

         Os sábios ensinam que o há um compromisso com a igualdade e com a unidade dos seres humanos. “Leis da Santidade”, (Lv 17-26): “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Lv 19,18)

         É a exigência da ética do amor ao próximo por sermos todos iguais. Exige consideração para com a vida, a saúde, os poderes e as propriedades do vizinho.

         Assim, viver a religião, fazer um testemunho de sua crença, seja no ambiente privado ou público, é participar da vida privada e da vida pública, e em um ano de eleições, para os que acreditam e professam esta fé, é um momento para escolhermos líderes que sejam capazes de por em prática: “O amor ao próximo como a ti mesmo.” Ou seja, ser capaz de promover a justiça social e seus efeitos na sociedade.

“Fazemos nossos caminhos e lhes chamamos destino.”

(Benjamin Disraeli)

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