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sábado, 19 de setembro de 2020

A Defesa e Segurança da Amazônia Passa pela sua Real Valorização !

 


         O Brasil é um país que está deitado em um berço esplendido, a Amazônia, terra virgem que tem inúmeras riquezas naturais. Queimar a Amazônia é como rasgar dinheiro, e não há como falar da Amazônia sem mencionar os outros dois biomas, o Cerrado e o Pantanal que também têm a sua importância estratégica, cada uma cumprindo o seu papel.

         É assumindo a preservação do meio ambiente que o Brasil pode promover a defesa e segurança da Amazônia. O caminho do desenvolvimento da região passa pela implantação de uma infraestrutura científica e tecnológica que venha a valorizar e monetizar a terra, a sua floresta e seus recursos naturais.

         O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o Ministério da Educação, o Ministério da Cidadania, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério da Economia, o Ministério do Desenvolvimento Regional e o Ministério da Infraestrutura devem assumir o protagonismo para transformar a realidade presente a favor do Brasil, e não um problema que venha arranhar a imagem do país no exterior. O trabalho começa com programas de Estado que invistam em ciência, tecnologia e inovações, em parceria com universidades e os centros de pesquisa existentes no Brasil. Temos a Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária que promove a agropecuária das mais eficientes e sustentáveis do planeta, também a Emater que tem como foco a ação da extensão rural onde busca contribuir com o desenvolvimento rural sustentável, através de ações de assistência técnica e extensão rural, voltadas à melhoria da renda dos agricultores em seus negócios, melhoria da qualidade de vida das famílias do meio rural, melhoria da competitividade da agricultura.

         Além destes dois importantes centros de pesquisa, o Governo Federal deveria realizar convênios com os centros de pesquisa existentes nas Universidades Federais e Estaduais e Municipais para promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia, com a criação de soluções rentáveis para população local, de forma que preserve a floresta Amazônica. Seria uma ação conjunta com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e o Ministério da Educação. Adotar esta estratégia é de fundamental importância para o país, pois colocaria o país na vanguarda do desenvolvimento sustentável no mundo. Caberia ao Ministério da Economia criar projetos e políticas públicas que incentive o investimento de empresas nacionais e estrangeiras, é a oportunidade de criação de novas formas de negócios. O Brasil deve começar a precificar o valor da floresta em pé, o seu benefício e a sua capacidade de gerar formas de renda sustentável para a população local.

         É a oportunidade da reformulação das relações entre o Estado e as empresas privadas e públicas, na construção de uma economia “VERDE”, capaz de atender os objetivos de uma economia responsável comprometida com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável: os 17 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

         A agenda de desenvolvimento sustentável deve ser um paradigma para o Brasil, temos todas as características e o potencial pleno para liderar esta agenda no mundo, atrair investimentos nacionais e estrangeiro, monetizar as nossas riquezas naturais, e construir alianças e parcerias estratégicas com países que têm o mesmo objetivo. É a oportunidade de fazer renascer o Fundo Amazônia que tem por finalidade captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal, que também apoia o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento no restante do Brasil e em outros países tropicais.

         As medidas propostas seriam uma mudança de rumo nas políticas públicas do atual governo federal, representa a oportunidade de revisão e valorização da imagem do Brasil no exterior, o que acarretaria a possibilidade de realização de acordos internacionais, como os países do Mercosul e da União Europeia criando uma área de livre comércio que representa cerca de 25% da economia mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas. Chegou a hora do Governo Federal ser pragmático, precificar e avaliar o custo e benefício das suas ações quanto aos atos e as omissões com relação a preservação da Floresta Amazônica. Novos caminhos viáveis e rentáveis existem, que podem ser um bom negócio para todos os envolvidos, o que faltam são ações concretas de Estado que tragam resultados duradouros e a eliminação de uma retórica que não engana ninguém, apenas arranha a imagem do país no exterior.

         O século XXI é a “ERA VERDE” que precisa da infraestrutura construída pela ciência e tecnologia e pode criar um mundo de oportunidades econômicas sustentáveis capazes de colocar o Brasil na posição de liderança. Caso o país perca esta oportunidade seria a recusa de perceber as tendências do futuro para os quais a humanidade deve ser direcionada. Para aprofundar estes pontos, nunca foi tão necessário escutar e aprender com a ciência, ouvir o que tem a dizer, aumentar o investimento em pesquisa e valorizar os nossos atuais e futuros pesquisadores. O líder do futuro será aquele capaz de assumir um papel de estadista, representa a pessoa que fará o país trilhar o caminho do desenvolvimento sustentável.


SUSTENTABILIDADE E BIOTECNOLOGIA | Natalia Pasternak


Pesquisa e Ciência no Brasil


Rios voadores  - Amazônia




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