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sábado, 26 de abril de 2014

Um Encontro de Palavras !

          Tudo que Pessoa via de longe era borrado, mesmo usando óculos, razão pela qual não seria capaz de praticar nenhum esporte que exigisse precisão na localização de bolas ou outros objetos.
 
         Mas usar óculos é incomodo limitado, para míopes, que não precisam deles para ler, dado restar tudo próximo, em seu mundo. Sendo mesmo comum que escrevam em letras pequenas e leiam sem óculos. 

         Sendo assim escreveu: 

“Não sei com que olhos vejo,
Ou com que ouvidos ouço
Seus rostos e suas vozes
Que não vejo, mas vejo 

Que não ouço, mas ouço
Que não sonho, mas sonho,
Que não sou eu, nem outro...”
                   (Fernando Pessoa) 

         Transcendendo a reflexão do passado para o presente, amplificando o poder das palavras de Fernando Pessoa e o vídeo referente ao poema de Carlos Drummond de Andrade, façamos as perguntas:

         O que somos?

         O que vemos?

         Onde estamos?

         Quando o passado se torna presente, mesmo que guardado em palavras, transforma a nossa forma de sentir a vida, de perceber a realidade que se transfigura com o tempo em outro momento. Nós pensadores, questionadores representamos de forma antropológica a via aberta do Ser, onde não há uma certeza estável, mas a  existência dialética, que caminha nas vias da construção e desconstrução do saber, da verdade percebida pela sutil inteligência do Vir a Ser.

         É na forma metafísica que começamos a tocar o mundo das ideias, é o idealismo de se desejar a perfeição, o que faz parte do mundo da luz, descortinado aos olhos humanos, mas real em sua própria existência, sua forma de Ser. Assim caminhamos em direção ao aberto infinito, sem limites, respostas fechadas, circunscrito na dimensão existencial da matéria, mas totalmente livre para Ser.

“Podemos não aceitar o presente,
mas sonhamos com o futuro.”
(Keller Reis)

 

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