Ao estudarmos os
antigos filósofos gregos, Menon formula a seguinte pergunta para Sócrates: “A virtude é coisa que se ensina ou é coisa
que se adquire pelo exercício? Ou algo que advém aos homens por natureza ou por
alguma outra maneira?”
Sócrates responde não
saber absolutamente nada sobre virtude. E questiona: “Quem não sabe o que é uma coisa, como poderia saber que tipo de
coisa ela é?” E informa que não encontrou outra pessoa que soubesse.
Para se ter alguma
coisa, tem que saber em primeiro lugar o que se tem. E Assim foi solicitada uma
definição de virtude, e segundo Menon: “A
virtude do homem é: ser capaz de gerir as coisas da cidade, e, no exercício
desta gestão, fazer bem aos amigos e mal aos inimigos, e guardar-se ele próprio
de sofrer coisa parecida. A virtude da mulher é, administrar bem a casa,
cuidando da manutenção de seu interior e sendo obediente ao marido.” É
diferente a virtude da criança, do ancião, e do Homem livre. “E há muitíssimas outras virtudes, de modo
que não é uma dificuldade dizer, sobre a virtude, o que ela é”.
Segundo Sócrates, “embora as virtudes sejam muitas e assumam
toda variedade de formas, tem todas um caráter único”. Para Sócrates a
mesma virtude pertence a todos, pelo seu caráter único. Sócrates procura uma
coisa única para todos os casos, ele quer saber: O que é virtude?
Para Menon, há inúmeras
virtudes, a prudência, a sabedoria, a grandeza d’alma, e numerosas outras.
Sócrates procura aquilo
que é, o mesmo em todas as coisas. O que a virtude é como um todo.
Segundo Menon, “de que modo Sócrates procurarás a virtude,
se não sabes absolutamente o que é?”.
Segundo Sócrates: “a alma é imortal, e que hora chega ao fim e
eis aí o que se chama morrer, e ora nasce de novo, mas que ela não é jamais
aniquilada. Sendo então a alma imortal e tendo nascido muitas vezes, e tendo
visto tanto as coisas aqui quanto as do Hades, enfim todas as coisas, não há o
que não tenha aprendido. É possível a alma rememorar aquelas coisas justamente
que já antes conhecia.”. O ato de rememorar as coisas, o Homem chama de
aprendizado. O procurar e o aprender são, no seu total, uma rememoração.
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