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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

A Perfeita Contemplação do Belo !

 
Segundo Sócrates, nós devemos comtemplar o belo na vida, nos ofícios e nas leis. Estar voltado ao vasto oceano do belo, contemplando-o, nos muitos discursos belos e magníficos, que produz reflexões, em inesgotável amor e sabedoria. Mas o que é o belo para Sócrates, como conhecê-lo?
Para se conhecer o belo, segundo Sócrates, consiste em proceder nos caminhos do amor ou por ele se deixar conduzir. E começar do que é belo e, em vista do belo, subir sempre, dos belos corpos para os belos ofícios, dos ofícios para as belas ciências, até que das ciências acabe naquela ciência, que nada mais é senão o próprio belo, e conheça em fim o que em si é belo.
Para Sócrates, se um dia vires o belo, que não é como ouro, como roupa, como os belos jovens adolescentes, mas se um dia ocorresse de contemplar o próprio belo, nítido, puro, simples, não repleto de carnes, humanas, de cores e outras muitas ninharias mortais, mas o próprio divino belo, ele em sua forma única contemplar, não seria vã a vida do Homem que viesse a olhar nesta direção, pois ocorrer-lhe-á produzir não sombras de virtude, porque não é a sombra que estará tocando, mas reais virtudes, porque é no real que estará tocando.
E Sócrates conclui seu argumento assim: “Eis por que afirmo que deve todo Homem honrar o amor, e que eu próprio prezo o que lhe concerne e particularmente o cultivo, e aos outros exorto, e agora e sempre elogio o poder e a virilidade do amor na medida em que sou capaz”.
No mundo grego antigo a alma eterna utiliza a via da contemplação dialética no tempo e no espaço, para reconhecer o bem, realizar virtudes, contemplar as ideias, e perceber o divino. É um processo dialético entre a alma e as ideias que leva o filósofo ao conhecimento. A alma reconhece no tempo, no espaço e no corpo as ideias. É um movimento antropológico pelo desejo de conhecer. A alma faz um esforço existencial para superar a limitação do corpo de conhecer plenamente as ideias, as virtudes, o bem e o belo. A alma é o princípio de identificação cognitiva do conhecimento e viver eticamente. O que faz com que a alma se movimente na busca do bem, do belo. Assim o filosofar para o grego antigo não é apenas contemplar, mas viver eticamente conforme pensa e acredita ser o mundo das ideias, para poder estar em contato com o bem e o belo.
 
 
  

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