As
nossas crenças constroem os nossos pensamentos, os nossos pensamentos direcionam
nossas ações, as nossas ações materializam a nossa realidade, que define as
nossas verdades. Ou seja, segundo Arthur Schopenhauer:
“O mundo é
representação minha... Quando o homem adquire essa consciência... então sabe
com clara certeza que não conhece o sol nem a terra, mas somente que tem um
olho que vê o sol e uma mão que sente o contato de terra: sabe que o mundo
circunstante só existe como representação, isto é, sempre e somente em relação
com o outro ser, com o ser que o percebe, com ele mesmo... Tudo o que o mundo
inclui ou pode incluir é inegavelmente dependente do sujeito, não existindo
senão para o sujeito. O mundo é representação.”
O
que o Homem sabe é aquilo que o Homem define como verdade para si, e não aquilo
que é totalmente verdadeiro. Pois o que é a verdade? Onde a verdade está ? Se
não conhecemos a totalidade do SER ? Podemos conhecer a verdade ? Ao conhecermos
os limites das nossas verdades, é possível questionar nossas crenças e reformularmos
as nossas pseudo verdades. Segundo William James, “a maior descoberta de minha geração é que os seres humanos podem
alterar sua vida alterando suas atitudes”.
O
Homem é dono de seu próprio destino, ele navega no mar de incertezas que a vida
lhe impõe e faz as suas próprias escolhas. Para Hobbes, “o mundo humano é governado pela opinião. As opiniões são apenas
crenças prematuras sobre questões que atraem nossa atenção imediata”.
Podemos
examinar os nossos sistemas de crenças, compreender como passamos a acreditar
em alguma coisa, as razões que temos para acreditar no que acreditamos como as
crenças afetam a nossa vida, geram bem-estar, mal-estar ou até doenças.
O
Ser Humano é tão diverso que podemos encontrar pessoas que acreditam em crenças
opostas ou até incompatíveis. Isso pode fazer o Homem ter ações contraditórias
e até incompatíveis. Para ações corajosas, o Homem tem que fazer muito exame de
consciência e um debate público com profundos princípios filosóficos, para
estar seguro de sua decisão.
Segundo
Lou Marinoff, “as crenças e as crenças
sobre crenças podem tornar melhor ou pior a vida humana”. Um relativista
moral acredita que o bem, o certo e o justo são relativos às crenças das
pessoas. Causar dano a si e aos outros é mau. Isso é absoluto. Ajudar a si e
aos outros é bom. Isso é absoluto. Relativo é a decisão que o Homem toma.
A disseminação
do relativismo moral e seu infeliz patrocínio político por centros de instrução
superior europeus e norte-americanos causaram muita confusão no mundo ocidental
durante o último terço do século XX. Privados de uma bússola moral, entre
outras ferramentas filosóficas necessárias para examinar e compreender os
sistemas de crenças, milhões de pessoas acham difícil ou impossível determinar
um contexto para os acontecimentos atuais, não importa quão horríveis eles
sejam”. (Lou Marinoff)
O
nosso destino está em nossas crenças, são elas que modelam nossas ações éticas
e morais. Faz-nos donos de nosso próprio destino na medida em que escolhemos em
que acreditar. Podemos criar o mundo a partir de nossas próprias escolhas. O
limite está na nossa capacidade de apreender a realidade vigente e dar uma
resposta aos desafios de se manter vivo.
2 comentários:
Excelente postagem
O destino pertence ao próprio sujeito, nós somos escravos da nossa liberdade, destinados a fazer escolhas. Portanto, a felicidade existe e cabe a decisão de cada uma lutar para conquistá-la.
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