Segundo
Rubem Alves, “O novo tipo de professor é
um professor que não ensina nada, é um professor de espantos. O objetivo da
educação não é ensinar coisas, é ensinar a pensar, criar na criança a
curiosidade. Deve provocar a criança e estimulá-la a perguntar. A missão do
professor não é dar respostas prontas, a missão do professor é provocar a
inteligência do aluno, o espanto e a curiosidade”.
O
professor no seu ofício tem que ser criativo para poder atingir não só a mente,
mas também a alma do aluno. Ou seja, obter a atenção do aluno em toda sua
completude e assim poder passar a mensagem, que é provocativa e leva o aluno a
pensar. Para poder atrair o aluno, o professor tem que sair de seu mundo e ir
ao mundo do aluno, penetrar em seus saberes e mistérios.
A
qualidade da educação não está baseada no ensino e nem na aprendizagem, mas na
relação de construção do conhecimento, restabelecendo o significado a partir da
realidade dos alunos. O Ser humano
se move a partir daquilo que faz sentido para ele, e se move utilizando suas
habilidades racionais e sentimentais.
Para
que haja a relação de construção do conhecimento existe um tripé, que precisa
ser respeitado:
A
determinação antropológica: Através de uma relação ética de alteridade,
entender o ser humano como infinitamente outro, pois não há possibilidade de
conhecer o ser humano, mas aceita-lo como é.
A
determinação da linguagem: Não se tem uma garantia de que o que eu falo é
compreendido na forma, significado e sentido do que eu falo. Desde Platão e
passando por Aristóteles, o princípio da identidade lógica é que A=A. Já em
Leviná o princípio da identidade lógica é que A=B.
A
determinação do sentido e da dignificação: A forma de compreender as coisas. A
forma de ver, sentir, ouvir o mundo é única para cada indivíduo. A linguagem é
extremamente subjetiva, cada aluno pode entender de uma forma. Não adianta ler somente
a palavra, porque na palavra está implicado o mundo, e se não consegue
elucidar, intuir o que é o mundo, não se aprendeu a ler.
O
modelo educacional vigente tem sua base na modernidade, que não é altera, é
bancária, iluminista, científica, cartesiana e escolástica. A discussão sobre o
que ensinar tem o objetivo de responder à pergunta, para que ensinar? E não o
que ensinar?
O professor é o
facilitador no processo de ensino, forjado nas amarras da história, trás
consigo influências que modelam a sua forma de atuar, e para superar os
desafios de seu ofício deve estar aberto ao novo, preparado para se transformar
e atualizar sua forma de atuação.
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