Após
uma análise dos textos do filósofo Michel Foucault e de seus comentadores, com
o objetivo da aplicação de seus conceitos na realidade educacional brasileira.
Sob um enfoque crítico, tem o propósito de conscientizar o leitor da
importância do papel do educador para com o educando na sala de aula. Questões
são levantadas apontando desafios a serem superados, ao evidenciar a dura
realidade de uma classe social dominada por um discurso de poder da classe
dominante. A significante contribuição está em tratar a educação como um
problema a ser resolvido pela filosofia, ou seja, a educação no Brasil deve ser
tratada como um problema filosófico, para construirmos uma sociedade mais justa
e virtuosa.
O
estudo se justifica porque propõe a fazer uma discussão sobre a transformação
consciente do processo de ensino. Assim, dependendo da forma com que a
microfísica do poder e as formas de vigilância e punição são operacionalizadas
na sala de aula, o aluno pode ser cerceado, e sua criatividade pode sofrer
limitação, o que empobrece o processo da construção do saber e inibe o
desenvolvimento humano. Aprender é um trabalho de criação, de produtividade, de
tirar sentido daquilo que precisa ser interpretado.
Em
Foucault, o conceito de sujeito é central no campo da educação, na microfísica
do poder, o sujeito é produzido e está, constantemente, sendo redefinido pelos
cruzamentos disciplinares e discursivos. Pelo uso do discurso e da palavra o
sujeito se submete a um poder que não tem rosto.
Existem
formas históricas de sujeitos e formas históricas de educação. Cientificamente
podemos estar no limiar da descoberta de um novo sujeito, que está em constante
transformação, que não apenas recebe a informação de um centro de poder, o
professor, a instituição educacional, o Estado, mas que também emite sua forma
de conhecimento e aprendizagem, por estar conectado e atuando em rede.
Todo
saber é político e tem sua gênese em relações de poder. Saber e poder se
implicam mutuamente, não há relação de poder sem constituição de um campo de
saber, como também, reciprocamente, todo saber constitui novas relações de
poder. Por isso, as instituições de ensino têm um papel importantíssimo, podem
transformar ou reproduzir o modelo vigente, legitimando o poder existente. Todo
ponto de exercício do poder é, ao mesmo tempo, um lugar de formação de saber.
E, em contrapartida, todo saber assegura o exercício de um poder.
Podemos
viver a margem do poder opressor, e escolher novas formas de viver, com base no
nosso conhecimento. Trata-se de uma forma de libertação para uma vida mais
plena.
Assim,
entendo que a FAPCOM | Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação é uma ilha
no mar subjetivado pelo poder vigente, ou seja, como proposta busca formar um
sujeito consciente de sua realidade, preparado para atuar na sociedade, um
livre pensador.
“Talvez o objetivo hoje em dia não seja descobrir o que
somos, mas recusar o que somos. Temos que imaginar e construir o que poderíamos
ser.” (FOUCAULT)
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