No
programa da GloboNews em Que Mundo é Esse, revela os efeitos da crise do
capitalismo, o documentário se chama: Um retrato das cidades americanas
decadentes.
O
capitalismo está em crise, hoje existem aproximadamente 15 trilhões de dólares aplicados
a taxas de juros negativas. Ou seja, não há destinação para todo esse capital.
Os
detentores do capital não se sentem confortáveis e confiantes com o atual
cenário previsto para a humanidade. Como se não houvesse lugar no mundo viável
para realizar investimento e obter uma taxa de retorno justa.
Não
seria uma crise de fé, de esperança, de confiança para com o futuro? Ou uma
ambição sem parâmetros éticos e morais? Houve um tempo em que as pessoas
investiam em um projeto porque achavam importante gerar renda, trabalho e
riqueza, e tudo acontecia no seu tempo devido, sem sofrer a pressão das bolsas
de valores.
Com
a financeirização da economia perderam-se os aspectos políticos e sociais que
promovem o desejo se investir. O capital deixou de ser um meio, para estar
centrado em si mesmo, está no centro, é o princípio fundante do capitalismo. O
Homem está marginalizado, é uma coisa a ser usada pelo capital.
Até
quando a sociedade contemporânea conviverá com este tipo de paradigma? Não haverá
uma alternativa nascendo dos escombros da sociedade capitalista? Detroit talvez
seja uma referência para os tempos vindouros, onde haverá uma sociedade mais
colaborativa, humana, que torne a colocar a existência do Homem no seu devido
lugar, com a sua devida importância. “Talvez
o objetivo hoje em dia não seja descobrir o que somos, mas recusar o que somos.
Temos que imaginar e construir o que poderíamos ser.” (FOUCAULT, 1995,
p.239)
Referência
Bibliográfica:
FOUCAULT,
Michel. O sujeito e o poder. In: DREYFUS, Hubert; RABINOW, Paul. Michel Foucault, uma trajetória filosófica para além
do estruturalismo e da heremenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária,
1995.
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