O Brasil vive um momento político interessante, poderíamos chamar de “Epiderme Política”. O que seria esse processo? O que retrata este estado existencial? Vamos tentar entender...
A Epiderme é a camada mais superficial da pele, ou seja, a que está
diretamente em contato com o exterior, está na superfície
sem profundidade. Assim tenho a impressão de que estamos vivendo um Brasil de
curto prazo, não conseguimos aprofundar, estamos no primeiro nível de debates e
construções de ideias, não há uma projeção de futuro, o campo de visão é curto,
com a duração de um ano.
Se desejarmos pensar um
Brasil no médio prazo, estaríamos vivendo uma “Derme Política”, e o que é a
Derme? Camada intermédia da pele, localizada logo
abaixo da epiderme. Estaríamos localizados a um
segundo nível existencial, com a duração superior a um ano e inferior a cinco
anos. Integrado na dinâmica das eleições presidenciais, que são de 4 em 4 anos,
só conseguimos construir ideais políticas com a duração de um mandato
presidencial, não conseguimos ir além.
Assim não pensamos um
Brasil de longo prazo, nunca chegamos a vivenciar uma “Hipoderme Política”. E o
que é a Hipoderme? A camada
profunda da pele.
Localização na qual podemos pensar em uma existência de longo prazo, programas,
ideias, projetos, planejamentos políticos acima de 5 anos, o que demonstra ser
suficiente para pensamos um Brasil para o futuro, ou seja, dar início, pensarmos
e realizarmos as reformas necessárias para a modernização e o crescimento consubstancial
do país.
Vivemos um problema estrutural, e como podemos mudar este processo de infantilização
da nação?
Hoje não sonhamos, não idealizamos, não debatemos os reais objetivos e
necessidades do país no campo político, avançamos de forma lenta e curta
estensão, e caso venhamos a desejar uma espectativa diferente para o Brasil. O
que fazer? Não teríamos a necessidade de aumentar para 6 anos o tempo do
mandato presidencial? Ou seja, criarmos a condição para atingirmos a “Hipoderme
Política”?
Acredito que não se constroi empurrando, mas realizando de forma pensada,
planejada e idealizada. É um projeto que em muita das vezes é de longo prazo,
acima de 5 anos.
Se hoje o Brasil não tem um estadista na nossa política, com carisma e
força suficiente para propor reformas, talvez seja porque não temos tempo para
construção política deste líder. Um líder que provoque que realize que a
história poderá falar e demonstrar com orgulho as realizações e transformações
que torne o país melhor.
Será que não chegou a hora
de pensarmos o lugar e o tempo da política no Brasil?
O Brasil está carente
de um líder estadista de longo prazo! Um líder que governe com conhecimento e
habilidade...
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