Argumento do ato puro é uma tentativa de
provar a existência de Deus com o uso da lógica. Seu proponente foi Aristóteles e consiste no seguinte.
Suponha-se que uma semente é um carvalho em estado de potência e que o carvalho
é a mesma semente em estado de ato. O desenvolvimento de potência em ato é
chamado de atualização. Entretanto, um carvalho não se atualiza sozinho, ele
necessita de um carvalho anterior a ele, que gera a semente a se desenvolver no
processo de atualização.
A vida humana surge como
uma semente, que nasce, cresce e morre?
Dessa forma, cada ser em potência
necessita de um ser em ato anterior a ele para se atualizar. Cada carvalho
necessita de um carvalho mais antigo de modo a se recuar numa série de seres em
potência e ato, cada ser em ato gerando um novo ser em potência, que se
atualiza e gera outro ser em potência. Essa regressão não pode ser infinita
porque uma série de causas que se estende infinitamente nunca vai produzir um
efeito, é impossível atravessar um tempo infinito entre a causa e o efeito.
Qual
ser em ato anterior deu potência ao “Homem”?
Então, para que o Universo faça sentido, deve haver um ser
em estado de puro ato, aquele que não possui potência alguma, logo não precisa
se atualizar e não depende de um ser preexistente. Esse ser, a quem se pode
chamar Deus, sempre existiu porque nunca teve um estado de potência, não possui
uma origem e um processo de desenvolvimento. Nessa condição, ele pode dar
início a toda a cadeia de atualizações que culmina na semente proposta
inicialmente.
A partir da existência de
Deus a existência do “Homem” adquiriu sentido?
Para a busca de respostas para as
prováveis perguntas, recomenda-se aplicar a Lógica Dialética, e não aplicar a
Lógica Matemática, pois a questão é ampla e imprecisa ao longo de um diálogo
direcionado a compreensão e entendimento.
A vida a qual percebemos
e visualizamos conforme nossa representação é a manifestação de algo que existe
e é o princípio de tudo, capaz de atualizar o tempo e espaço a nossa volta.
Em que medida o “Homem” pode
acreditar no Ato Puro?
“Se Deus não existisse, seria preciso inventá-lo.”
(Voltaire)
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