Vamos conversar da vida, das singularidades, possibilidades, construir conceitos, encontrar caminhos que possam auxiliar nas questões existenciais e realizarmos trocas e reflexões.
O maior debate econômico no Brasil
ocorre entorno da visão econômica de direita e a visão econômica de esquerda, só
que o Brasil merece uma virada de página. Deve-se responder as seguintes
perguntas: O que o povo brasileiro precisa? Ele precisa ser próspero no seu
trabalho, isso inclui empregadores e empregados. Para que o povo brasileiro
precisa ser próspero? Para elevar o bem-estar da população, seja empregador ou
empregado. As nossas lideranças políticas acreditam que estes ideais são
possíveis de ser alcançados? Através de atitude, muito trabalho e uma mudança
de mind set, uma mudança de mentalidade.
A esquerda precisa entender que o lucro
de um empreendimento é fruto de uma técnica contábil que tornar o processo da
vida sustentável e viável, ou seja, a receita maior que a despesa permite um
resultado superavitário capaz de proporcionar mais investimentos. A direita
precisa aprender melhor a destinar o lucro que se obtém com os empreendimentos,
ou seja, aceitar que uma parcela deve retornar à sociedade na forma de
investimento, para torná-la mais próspera e justa. Os investimentos importantes
são: moradia, saúde, educação, pesquisa, ciência e tecnologia.
O Brasil merece virar a página de sua
própria história e se permitir que se torne uma país próspero para todo
cidadão. Se o Estado fizer a sua parte através de políticas públicas e focar nos
investimentos importantes, poderá gerar oportunidades de negócios e atrair a
iniciativa privada, com a também geração de novos empregos formais com carteira
assinada. O lucro de um empreendimento quando bem empregado é uma benção,
permite que se criem oportunidades de negócios.
A pergunta que se faz: onde o Estado
está sinalizando as novas oportunidades de negócios para os empreendedores? E onde
estão sendo sinalizadas novas oportunidades de trabalho para os colaboradores?
O Brasil está diante de sua maior oportunidade de desenvolvimento no século
XXI, a economia verde fundamentada na revolução científico tecnológica. As
possibilidades são inúmeras, o que está faltando para começarmos a virar a
página do Brasil e nos tornarmos um país próspero? A oportunidade está na nossa
frente, precisamos iniciar o processo a partir de uma base superavitária e
responsável, para gerar a esperança, confiança e credibilidade para atrair o empreendedor
(investidor).
As possibilidades são muito maiores se
os investidores se sentirem atraídos pelo Brasil na nova economia verde, do que
o Estado ficar lutando por migalhas tributárias, que não serão capazes de mudar
a realidade estrutural do país. Precisamos de líderes que pensem para além das
ideologias de direita ou de esquerda. O Brasil merece uma virada de página e
encontrar o caminho da prosperidade duradoura e sustentável. E para isso
precisamos responder duas perguntas: Por que se deve fazer isso? Para que se
deve fazer isso? Se buscarmos as respostas no íntimo de nossos corações, nós
iremos nos surpreender com as respostas, veremos que a busca é semelhante para
todas as pessoas bem-intencionadas, que quer viver em uma país onde o povo seja
realmente feliz.
O modelo econômico mundial está em transição,
saindo da “Economia Suja” com base nos combustíveis fósseis para uma “Economia
Verde” com base nos combustíveis renováveis limpos que possibilitam a
sustentabilidade no processo de extração, produção, consumo e reaproveitamento.
O maior desafio é criar um mercado consumidor “Verde”, ou seja, uma renda, um “Salário
Verde” que possibilite a circulação de bens e serviços de forma sustentável e
circular.
Um exemplo: o preço mais barato do
automóvel a combustão no Brasil em 2023 é: Renault Kwid Zen 1.0 - R$ 68.990 e Fiat
Mobi Like 1.0 - R$ 68.990. São automóveis com motores criados a partir da “Economia
Suja”. Já o preço mais barato do automóvel elétrico no Brasil em 2023 é: Caoa
Chery iCar - R$ 119.990. É um automóvel elétrico com motor criado a partir da “Economia
Verde”, então, para que a indústria da “Economia Verde” possa prosperar, terá que criar um “Salário Verde” para o trabalhador ter capacidade de consumo dos seus
produtos gerados pela “Economia Verde”, pois a diferença de preço do automóvel
com motor a combustão e o automóvel com motor elétrico é de 42,5%. Se comprar
um automóvel zero com motor a combustão é difícil para classe média, imagine
comprar um automóvel elétrico zero Km porque não basta comprar o automóvel, tem
que ter uma renda para pagar o IPVA e o Seguro do Carro.
A “Economia Verde” não significa
redução do custo dos produtos, serviços e salários, mas a necessidade de um
reajustamento da nova realidade que surge. A “Economia Verde” só será
sustentável se tiver um mercado consumido adequado para as suas necessidades e expectativas,
pois o maior ganho para a sociedade é a geração de valor onde todo produto e
serviço da “Economia Verde” agrega valor para a sociedade, elevando a padrão de
vida de todos com o aumento da renda e do “Salário Verde”.
A lógica da “Economia Verde” não é a
redução de custo, mas a “Geração de Valor”, agregando valor ao produto e
serviço que torna sustentável e viável a própria “Economia Verde”. Acredito
que os consumidores estão preparados para fazerem uma opção por produtos e
serviços da “Economia Verde”, só precisam ter uma renda ou salário que
possibilite realizar o sonho da compra de produtos ou serviços socialmente e
ambientalmente responsáveis. O próximo desafio para a “Economia Verde” é criar “Salários
Verdes”, que crie um mercado consumidor “Verde”.
Segundo Marx e Engels, a
cidade ocidental moderna é resultado da sociedade capitalista, o local da
produção e reprodução do capital. [...] “A história de qualquer sociedade até
nossos dias é a história da luta de classes” (Manifesto Comunista/1848). Sendo
assim, a cidade é formada a partir de uma comunidade social que a partir
daqueles que ocupam o mesmo território geográfico, onde há uma relação de
dependência entre seus membros que torna possível a garantia e a sobrevivência,
ao viverem, trabalharem e realizarem as atividades básicas da vida.
Trazendo a questão próxima de
nossa realidade, há muito tempo vivenciamos nas grandes cidades do país a
reprodução da miséria e da degradação da classe trabalhadora, de baixa renda,
como no século XIX na Inglaterra.
O desenvolvimento e o
crescimento das grandes cidades brasileiras ocorreram a partir do processo de
industrialização tardia, no início do século XX. E com maior ênfase a partir dos
anos 50, onde o Brasil incentiva a indústria automobilística, e constrói uma
infraestrutura nacional de transporte, com ruas, avenidas e estradas que
influenciam no planejamento urbano das grandes cidades. Amplas áreas do solo
foram impermeabilizadas, a especulação imobiliária fez surgir áreas “nobres”
destinadas a população de alta renda que passaram a morar bem, em casas de alto
padrão. Já a população de baixa renda passou a morar em casas de construção
precária e em regiões onde o preço da terra fosse mais baixo. Nesse sentido
faltou políticas públicas que direcionassem o planejamento urbano das grandes
cidades, com o objetivo de promover a inclusão social para todos. O que há na
prática é um mal uso do espaço, elevando o custo dos serviços públicos de
transporte, pois a população passa a ser dependente deste serviço para se
deslocar da casa para o trabalho e do trabalho para a casa. O atual cenário
inviabiliza a escala humana em cidades e bairros planejados, pois a população
se tornar dependente de automóveis, desvalorizando as outras formas de transporte
E para podermos compreender melhor o conceito de escala humana, nós podemos
definir como:
[...] “A escala humana é a expressão que descreve a
organização de uso e ocupação do solo pela qual é possível fazer deslocamentos
a pé ou de bicicleta, reunir geograficamente residência, trabalho, negócios e
lazer sem a necessidade de grandes infraestruturas de mobilidade e respeitar os
usos tradicionais e as feições topográficas do espaço.” (MENEZES, 2020. p. 149)
A cidade de São Paulo é uma
das cidades mais ricas do Brasil, com a seguinte característica: população
numerosa, densamente assentada e heterogênea. Porém tem enormes desafios a
superar a partir dos efeitos de sua urbanização, como: diminuir as desigualdades
sociais, violência, questões que envolve o meio ambiente, segurança, melhor
distribuição de renda, as relações sociais, crime, tolerância, poluição
ambiental, trabalho, política, vida familiar e tornar-se enfim, uma cidade
inclusiva da classe social de menor poder econômico. O maior desafio é a enorme
desigualdade socioeconômica, onde a classe social de menor poder econômico não
está incluída no seu projeto de desenvolvimento urbano. O que o Estado e a
sociedade civil organizada podem fazer para mudar esta realidade? Quais
políticas públicas poderiam ser implementadas para tornar São Paulo uma cidade
inclusiva?
Foto de Tuca Vieira que mostra
Paraisópolis e prédio de luxo do Morumbi rodou o mundo e virou símbolo da
desigualdade social
O ideal de uma cidade justa
permite ao cidadão, o sujeito a oportunidade de viver na cidade, exercer a sua
cidadania, sendo investido de direitos civis como a liberdade para se
expressar, ser informado, reunir, organizar-se e locomover-se. Exercer os
direitos políticos de ter direito a votar e disputar cargos em eleições livres.
Estar incluído e investido de direitos socioeconômicos, como bem-estar,
segurança social, emprego, renda, a sindicalização e a livre iniciativa.
A cidade de São Paulo está longe
de ser uma cidade que promove a justiça social e a cidadania que garanta os
direitos socioeconômicos para todos os cidadãos. Existem grupos sociais que são
nela incluídos e excluídos. O exemplo que demonstra tal realidade é a foto
imagem do fotógrafo Tuca Vieira que mostra a favela de Paraisópolis de um lado
e edifícios luxuosos da região do Morumbi de outro, formando uma cruel imagem
de antagonismos. Estas são áreas localizadas no município de São Paulo. Existem
bairros dentro do próprio bairro, que apresentam uma grande desigualdade social
demonstrando claramente que há uma enorme diversidade estrutural. Fazendo da
cidade de São Paulo possuidora de duas realidades. A esse respeito Menezes
cita: o caminho para a superação deste desafio passa pela reconstrução de zonas
desassistidas pelo poder público e incluí-las no planejamento da cidade.
A valorização do bairro de uma
cidade pode ser feita a partir dos princípios da distribuição de renda definido
como:
[...] “Considera-se bairro uma seção da cidade usualmente
tratada pelos cidadãos e pelo poder público como uma unidade assim
identificada, uma coleção de vizinhanças geograficamente próximas que formam
por si só um universo em escala diminuta do que é a cidade no seu todo. O
bairro compreende, em seu interior, residências, comércio, serviços, áreas de
lazer e infraestrutura (que, idealmente, inclui rede viária, elétrica, pluvial,
de esgotamento) e coincide aproximadamente com a área de abrangência dos
equipamentos urbanos ali localizados (escolas, hospitais, corpo de bombeiros,
delegacia de polícia, estações de transporte coletivo etc.) O bairro, com suas
interações e sobreposições, é algo semelhante a uma pequena cidade dentro da
cidade.” (MENEZES, 2020. p. 145)
Uma comunidade com
distribuição de renda igualitária é composta por famílias que vivem em
comunidade, próximas entre si e realizam trocas comerciais e de serviços sem a
necessidade de grandes deslocamentos. Existe uma abundância de pequenas
empresas comerciais, como: mercados, padarias, boutiques, cafés, barbearias e
salões de beleza, lojas de roupas e acessórios, mercearias, lavanderias, pet
shops, lojas de eletrônicos e celulares, restaurantes, bares e distribuidoras,
açougues, provedores de serviços técnicos e profissionais liberais, um microcosmo
da vida urbana. O bairro não pode ser unicamente residencial, tem que permitir
que as famílias, sejam unidades social e econômicas. O objetivo é que haja o
uso misto dos lotes urbanos de forma residencial e comercial, onde o homem
comum exerça a sua cidadania e gere um valor social e coletivo para a
comunidade.
A rápida inovação digital tem
transformado a economia contemporânea, o que permite a geração de novos modelos
de negócios. Pequenos negócios são abertos com extrema facilidade através do
uso de plataformas digitais, dinamizando o dia a dia das comunidades.
Permitindo o surgimento e o crescimento de uma economia mais solidária, focadas
nos mercados de produção e consumo locais.
Um exemplo bem-sucedido de
transformação local é a rua Carlos Weber, Vila Leopoldina, São Paulo – SP, no
curso de vinte anos foram construídos inúmeros empreendimentos imobiliários,
que gerou uma maior densidade demográfico, o que possibilitou o nascimento e o
desenvolvimento de inúmeros empreendimentos comerciais. As pessoas que residem
nesta rua podem solucionar suas necessidades imediatas sem terem que realizar
grandes deslocamentos. O problema é que este mesmo movimento não ocorre em
áreas onde reside a população de baixa renda, parece haver uma falta de
políticas públicas por parte do Estado, que incentive e viabilize o
investimento da iniciativa privada.
O Brasil tem que fazer das
suas mazelas a oportunidade para crescer e se desenvolver, se reinventar, criar
políticas públicas que atenda todas as classes sociais. O planejamento urbano
de uma cidade deve contemplar a todos, e incentivar e viabilizar a ação da
iniciativa privada. A ação do Capital pode ser integradora e proporcionar uma
maior e melhor qualidade de vida para o cidadão. A cidade do futuro é a cidade
que mais qualidade de vida gera para a sua comunidade. A transformação é
possível e o cidadão deve cobrar do poder público a ação.
O Brasil pode usar do seu
capital natural para recriar as suas cidades, inseri-las no novo modelo de
desenvolvimento sustentável, a “ECONOMIA VERDE”, de base científica
tecnológica, com a geração de renda e emprego para a população. O papel do
Estado é tornar o capital um instrumento integrador, regular a competição e
taxar o lucro, destinando os impostos para políticas públicas que tenham como
objetivo o desenvolvimento sustentável. O problema não está no lucro que o
capital gera, mas onde e como o lucro é destinado. Parte do lucro deve voltar
para a sociedade na forma de bens e serviços, criando um círculo virtuoso.
O século XXI tem que ser
marcado pela superação do antagonismo entre o capitalismo e o socialismo, e
passarem a cooperar através do novo modelo de condução da vida econômica, a
distribuição de renda igualitária, uma economia para além do capitalismo e do
socialismo. A valorização e priorização do pequeno, da cultura local e do mundo
doméstico. Um Estado que cria e projeta uma demanda, e leis que assegure a
livre iniciativa e o respeito dos bens e direitos dos cidadãos.
São Paulo é o que é a partir
de uma origem, tem uma história repleta de acertos e erros, que diz o que ela
é. Neste momento não cabe olhar para os problemas e não ver uma solução, pelo
contrário, olhar para os problemas e ver uma oportunidade. Nesta direção, o
“DISTRIBUTISMO” torna-se uma ideologia que apresenta caminhos, não aponta para
a direita e nem para a esquerda, mas para frente. A utopia de uma sociedade
mais justa, inclusiva e feliz não está morta, cabe as pessoas buscarem a partir
de cada um a solução que tanto sonha. Nesse sentido a educação é fundamental e
de extremo valor. O Brasil é um país de dimensão continental, rico em recursos
naturais, com o potencial de proporcionar ao seu povo uma elevada qualidade de
vida, o que falta às pessoas, é buscar a partir da própria realidade, as
respostas para os desafios que a vida apresenta.
Fonte:
DA SILVA, Alessandro Garcia e DO
NASCIMENTO, Rhuan Reis (orgs). Distributismo: economia para além do capitalismo
e do socialismo – 1. ed. – Curitiba: Appris, 2020.
O Brasil pode liderar a implantação de
um o Estado do Bem-estar Social Verde (Welfare State Verde a Moda Brasileira).
O país necessita de respostas políticas à crise social instalada, sobretudo o
desemprego, abrindo assim espaço para a mudança na ordem de ação do Estado, no
que diz respeito a questão econômica.
A inspiração parte do modelo do Estado
do Bem-estar Social:
“Serviu como uma
rede de proteção social contra os rigores e excessos da competição
concorrencial. O consenso reinante na época falava da incapacidade de a
política liberal dar conta das grandes questões sociais”. Carmo, Paulo Sérgio
(1997 p.33)
Passa-se da economia política a uma
política econômica propriamente dita (economia orientada e direcionada pelo
Estado), mantendo os direitos de liberdade como fundamento da constituição.
O que significa que a economia capitalista
e a livre concorrência, inclusive dos salários pagos aos trabalhadores no
território em questão, não atuaria sem um certo controle e direcionamento estatal.
Nesse momento o Estado passa a ser visto
como necessário para regulamentar decisões econômicas, direcionando o capital
de particulares e os rumos econômicos da nação, opondo-se assim a ideia de
Estado Mínimo, presente no ideário do Estado Liberal.
Significa um maior controle da esfera
econômica, uma ação estatal de cunho social uma vez que parte desta produção
livre, mas direcionada, seria taxada, através de impostos, os quais seriam distribuídos
em diferentes áreas sociais, entre elas, sobretudo a educação, a saúde pública
e o transporte. Sendo o sentido mais próximo do chamado Estado Providência.
A inovação está no investimento e promoção
da iniciativa privada em direção a “Economia Verde”, de base científica tecnológica
a partir do investimento maciço na educação da população, o que permite o
surgimento de oportunidades de renda e salários de qualidade para os empreendedores
e trabalhadores envolvidos.
Portanto a política de Estado passa a
atuar na área social e na “ECONOMIA VERDE” aumentando consideravelmente as
possibilidades de trabalho e consumo das classes trabalhadoras, diminuindo em
grande parte situações de miséria e equacionando um nível de vida altamente
satisfatório.
A intensa acumulação tecnológica ocorrida
em menos de meio século revolucionou a base técnica e o processo produtivo (Quarta
Revolução Industrial) com impactos significativos sobre o trabalho humano. Novas
demandas de qualificação humana são requeridas pela nova base produtiva, que
induzem a força de trabalho a se adaptar constantemente às novas exigências
técnicas. Ocorrem, mudanças no conteúdo, quantidade e qualidade do trabalho direcionado
pela microeletrônica, biotecnologia e engenharia genética, internet, computação
etc.
A “Economia Verde” é a grande oportunidade
de desenvolvimento sustentável no século XXI. A pacificação entre a relação do
capital e trabalho deve ser mediada pela ação do Estado, não há como ser um
país rico sem a solução da miséria e da fome. O tem espaço e recursos naturais,
o que falta é uma ação inovadora por parte do Estado, que defina um norte e
coloque a economia na direção da construção de uma sociedade mais justa e
próspera.
Fonte:
SANTOS, Lia Mara Dib Ferreira. Teoria
Política Contemporânea. Lia Mara Dib Ferreira. Santos, 2015. 128 f. Universidade Metropolitana de
Santos, Ciências Sociais, 2015.
O início do século XXI está marcado
pela consolidação do Neoliberalismo de Estado, onde as contradições e crises do
capitalismo são superadas através do apoio financeiro do Estado, ou seja, dinheiro
público. Representa uma verdade que prova a incapacidade do mercado de ser
totalmente livre, esse próprio mercado depende do aval do Estado para se
sustentar financeiramente.
Qual é a raiz do problema do que gerou
a quebra de dois bancos importantes nos USA e crise do banco suíço. É uma crise
de credibilidade, e qual credibilidade é essa? O sucessivo investimento em
operações financeiras que não geram lucro, colocando em dúvida a
sustentabilidade das instituições financeiras a longo prazo.
O mercado reagiu de uma forma lógica e
pragmática, procurou se proteger e preservar os recursos financeiros investidos
nas instituições financeiras. Por isso, foram realizados expressivos saques
financeiros direcionados para outras instituições financeiras mais sólidas economicamente.
A maior contradição é que as instituições
com dificuldades financeiras têm a maior parte de seus investimentos em títulos
do governo americano, que a princípio, representa um porto seguro para os
investimentos. Desde que, a inflação não suba e os juros americanos não suba.
Este é o desalinhamento, o mercado quer
Banco Centrais independentes para controlar a inflação com as taxas de juros e
ao mesmo tempo aplica os seus recursos financeiros em títulos do governo, por
entender que são as aplicações são mais seguras. Só que, com o aumento das
taxas de juros para conter a inflação, enormes perdas financeiras estão
ocorrendo nas instituições financeiras o que demonstra a presença de um risco
sistêmico e estrutural. Como aplicar o dinheiro em um título, que não garante o
seu retorno financeiro se tiver que ser vendido antes do seu prazo de vencimento?
A maior contradição do mercado é que o
Estado é chamado para estabilizar o próprio mercado e assumir o prejuízo financeiro
das instituições financeiras, garantido aos correntistas o saldo financeiro nas
instituições financeiras em crise, para o saque dos correntistas. O dinheiro
utilizado para esta grande operação financeira é o dinheiro público, o dinheiro
do contribuinte. É a prova de que o Neoliberalismo não se sustenta sem a
presença de um Estado forte, que surge e se faz consolidar um Neoliberalismo de
Estado, indutor e estabilizador da economia a nível mundial, para superar e
evitar crises financeiras capazes de colapsar todo sistema capitalista vigente
no século XXI. Assim, foi na crise de 2008 e assim esta sendo nas recentes
crises em 2023. Na hora que a coisa aperta, o Estado é chamado para resolver o
problema. O que confirma uma tese, não há um capitalismo forte sem um Estado
forte, o ente que regula e estabiliza o mercado. Se o Estado pode salvar as instituições financeiras em crise, o mercado, porque também não pode salvar a população que se encontra em situação de miséria, passando fome e todo tipo de necessidades? Não existe Estado mínimo, mas a resposta para a principal pergunta: qual é a real finalidade do Estado Forte?
Qual é a lição que se aprende ao tentar
construir um império econômico em um país que remunera os trabalhadores com
baixos salários e tem aproximadamente 20% da população na miséria?
O país que não é capaz de valorizar a sua
classe trabalhadora demonstra ser inviável a longo prazo. O caso das Americanas
e o potencial problema em outras companhias sinaliza que o problema é estrutural,
e não de gestão.
O mercado brasileiro vem demonstrando inviabilidade
operacional para as grandes companhias, umas perguntas ficam: qual a liquidez
seca das grandes companhias? O que está financiando o crescimento delas? Será
que estão realizando lucros operacionais, capazes de financiar novos projetos?
Parece que o limite de retorno sobre o
investimento no mercado brasileiro está batendo no teto, é como se por mais que
que as grandes companhias façam de melhor, é insuficiente, pois as vendas, que
formam a receitas das companhias, são insuficientes.
O problema é estrutural, pois como se pode
vender mais para um mercado que se encolhe ano a ano? Ou seja, a inflação está
corroendo a massa salarial do trabalhador ano a ano, e não existe nenhuma
política salarial que proteja a renda e faça crescer o poder de compra do
trabalhador.
A ilusória vitória da elite econômica,
será a sua derrota a longo prazo, é insustentável um crescimento econômico se
não houver também o crescimento da renda do trabalhador. O maior sinal é o
nível de endividamento das famílias, os baixos salários, uma inflação alta,
juros altos, um conjunto de eventos que forma a tempestade perfeita para tornar economicamente
inviável as grandes companhias no Brasil.
Para organizações centenárias, que tem a
sua origem em mercados maduros, elas conhecem bem esta realidade e foram
capazes de encerrar as suas operações no Brasil, por não terem um horizonte
promissor no longo prazo, exemplo: Ford, Walmart etc. Está na hora do Brasil
amadurecer se quiser ser um país viável a longo prazo. O objetivo não é jogar
contra o país, mas é ver a realidade como é, e fazer uma reflexão realista, objetiva
e pragmática. Eu sonho por um país mais próspero, mas os sinais não são bons,
pois como as Americanas podem existir mais companhias em apuros, e como será?
Será o Estado que irá salvá-las para preservar os empregos e fornecedores? Esse
é só um sinal de que um mercado livre sem a mão do Estado é uma falácia, sem
políticas públicas, estabilidade e previsibilidade, as próprias companhias se
tornam autofágicas, até não poderem existir mais.
A reflexão serve para que a elite
econômica comece a perguntar que tipo de mercado consumidor quer ter no Brasil,
um mercado que seja capaz de tornar sustentável os seus empreendimentos, ou um
mercado que dá um retorno de curto prazo, e passa a viver um processo entrópico
ao ponto de inviabilizar os grandes investimentos de longo prazo. A escolha
está na mão de quem tem o capital, ou seja, os meios para mudar a trajetória
econômica do Brasil, que um dia pode ser um mau negócio para todos.
O Brasil tem um problema estrutural
para solucionar, o atendimento da demanda interna do mercado (potencial),
através de uma oferta de bens e serviços a um preço justo, para possibilitar o
equilíbrio de mercado. O caminho a ser trilhado é a criação de uma política salarial
para ampliar o mercado consumidor.
Um país como o Brasil, com uma
população acima de 200 milhões de habitantes tem muitas carências e necessidades
a serem satisfeitas, só precisa ter uma renda capaz de gerar uma massa salarial
que torne viável o investimento da iniciativa privada. Caso contrário, por mais
que o Brasil receba investimento nacional e internacional, sem a existência de
um mercado consumidor, os investimentos não irão gerar lucro de forma
sustentável, e se não há retorno sobre do investimento significa menos impostos
recolhidos pelo Estado e menos empregos para a classe trabalhadora.
A política salarial é um tema de
urgente importância a ser debatido pelos empresários, Estado e trabalhadores (representados
pelos sindicatos). Qual é o benefício de se criar uma política salarial? É a
previsibilidade, os empresários poderão calcular o tamanho da massa salarial do
país, para poder dimensionar o tamanho do seu investimento, pois saberá o
quanto o mercado crescerá a cada ano, o Estado terá um aumento na arrecadação
de impostos de forma sustentável e os trabalhadores terão a sua qualidade de
vida melhorada a cada ano, sem retrocesso.
A lógica a ser seguida é a mesma lógica
do mercado financeiro, que precisa ter uma previsão da taxa de juros, o tamanho
do endividamento do Estado e déficit público, para saber se é sustentável e
viável investir nos títulos da dívida do Estado brasileiro. Assim, como o
mercado financeiro, os setores do campo, indústria e serviço precisam da
criação de um cenário previsível de curto, médio e longo prazos. Saber o quanto
a população tem em dinheiro para consumir anualmente é estratégico, pois assim é possível
projetar os investimentos para atender a demanda compatível com a demanda,
estabelecendo um equilíbrio de mercado.
As organizações empresariais só podem
crescer e aumentar as vendas efetivamente, se os trabalhadores tiverem um
aumento da renda acima da inflação, o que torna possível um aumento das
receitas do Estado e o equilíbrio das contas públicas.
A política salarial é um tema
espinhoso, difícil, mas tem que ser enfrentado pela população brasileira deixar de ser um tabu. O
crescimento efetivo do país passa pelo aumento do consumo, o que só é possível
se houver aumento da renda do trabalhador. Cabe ao governo federal promover o
debate de forma democrática, convidar os empresários, trabalhadores (representados pelos sindicatos)
e o próprio Estado para superarem os desafios e criarem uma política salarial que
torne sustentável e viável os investimentos de curto, médio e longo prazo no
país.
“Enquanto o liberalismo
atai-nos para a direita, o socialismo, para a esquerda. Talvez, o valor “navegacional”
do distributismo é não é não nos apontar nem para a direita, nem para esquerda,
direciona-nos simplesmente para frente.
Hoje, na presença de um “livre mercado”, o qual se comporta,
às vezes, mais metodológica do que logicamente, e de projetos socialistas que
alternam entre sonhos inebriantes e pesadelos infernais, não é pouca coisa
aprender a encarar a realidade econômica na direção certa. Portanto quem realmente
olha para frente verá que a economia e seu horizonte moral são inseparáveis”.
(Scott Randall Paine – Professor de Filosofia da Universidade de Brasília - UnB)
O conceito do Distributismo parece ser uma síntese entre o
Capitalismo (tese) e Socialismo (antítese). A “Economia Verde” para ser sustentável
a longo prazo para o Brasil e até para o mundo, cobra que a elite política,
econômica e financeira tenha um olhar para frente, para além dos modelos
econômicos capitalista e socialista. Existe um novo paradigma econômico surgindo
no horizonte do século XXI.
“Esta abordagem econômica procura tornar prática a
Doutrina Social da Igreja, a qual se extrai das encíclicas papais a partir de
Leão XIII, muito especialmente da encíclica Rerum Novarum, de 1891.
A ideia-chave era a necessidade de uma melhor distribuição
da propriedade privada dentro de uma visão teológica da inseparabilidade da
ordem econômica da ordem moral. Também frisada era a importância de três
valores inseparáveis – como princípio fundamental para toda reflexão sobre a
ordem social, política e econômica: a dignidade intrínseca da pessoa humana;
depois, a subsidiariedade na atribuição da autoridade, priorizando sempre
competências subordinadas quando viável; no que diz respeito à dignidade de todas
as pessoas, uma forte promoção da solidariedade humana. Mais corretamente,
também faziam parte do programa de identificação e a proteção das três intuições
naturais, quase como encarnações desses valores: a propriedade privada, a
família e o Estado.
Segundo Chesterton e Belloc, na ordem econômica, esses
valores e instituições requerem não apenas a melhor distribuição de bens (o
que, também, o socialismo busca de uma forma radical), nem a simples liberdade
de todos os agentes econômicos (o ideal capitalista), mas também a maior
distribuição possível de meios de produção. Isso é visto como a melhor garantia
para que a pessoa humana possa ter uma propriedade privada que seja produtiva e
fecunda.
A melhor distribuição desses meios exige, de um lado, um
Estado que os crie e proteja (uma demanda da subsidiariedade), e, de outro,
leis que assegurem que os bens alheios sejam igualmente respeitados (uma demanda
da solidariedade). O ideal de distribuição equitativa do socialismo e o aspecto
de liberdade sem amarras do capitalismo/liberalismo devem sujeitar-se a esses
valores. Assim, há melhor garantia para que a pessoa (família) humana possa ter
uma propriedade privada que seja produtiva e moralmente fecunda.
Para um distributista, a promoção desses valores e
instituições envolve a priorização do pequeno (“small is beautiful”), da
cultura local e do mundo doméstico. Caberia reduzir as chances de que os
pequenos (as pessoas individuais, as famílias, as miniempresas, os modestos
investimentos etc.) fossem dominados por grandes empreendimentos ou eles mesmos
se agigantassem dominando outros negócios familiares. Portanto o distributismo
cogita um Estado não apenas antitruste, mas também antigrandeza, apesar de os
proponentes dessa abordagem econômica reconhecerem as dificuldades práticas de
implementá-la”. (Scott Randall Paine – Professor de
Filosofia da Universidade de Brasília - UnB)
O Distributismo é muito mais que uma nova ideologia econômica,
mais um novo modelo econômico com as possibilidades de superar as contradições
do capitalismo/liberalismo e socialismo. Uma economia forte e sustentável a
curto, médio e longo prazos se faz uma melhor distribuição da riqueza gerada
pelo trabalho de todos. Está na hora do Brasil fazer algo diferente e ser um
protagonista na edificação de uma sociedade mais próspera e justa para todos. Não
há ambiente de negócios sustentável, para os empreendimentos econômicos, sem um
mercado consumidor forte com renda suficiente para consumir produtos e
serviços. A edificação de uma sociedade forte com capacidade de consumo é a
missão do atual governo brasileiros e uma também para os futuros governos, como
uma ação de patriotismo e amor ao povo brasileiro.
Fonte:
Distributismo: economia para além do capitalismo e do
socialismo/ Alessandro Garcia da Silva, Rhuan Reis do Nascimento (orgs). – 1.ed.
– Curitiba: Appris, 2020. 213p.;23cm. (Ciências sociais).
O segundo maior desafio do Brasil é o
governo atual promover políticas públicas de Estado que possibilite a
reindustrialização do país, com a geração de empregos de qualidade nos centros urbanos.
O paradigma a ser seguido é a “ECONOMIA
VERDE”, ou seja, o desenvolvimento sustentável. Este deve ser o Norte, o
objetivo da industrialização do Brasil, existem carências e necessidades da
população a serem atendidas, muito se tem por fazer e a indústria aliada ao
campo podem criar soluções e inúmeras oportunidades de negócios, e qual é o
papel do Estado?
O Estado, seja mínimo ou não, deve ser
o indutor do desenvolvimento econômico, existem investimentos que a iniciativa
privada jamais irá fazer por não atenderem a lógica do retorno sobre o
investimento, mas existem investimentos que o Estado é capaz de fazer por
atender uma lógica que vai além do retorno financeiro sobre o investimento,
este é o real sentido e missão do Estado, ir aonde a iniciativa privada não é
capaz de ir e promover o bem-estar da população.
As universidades públicas e privadas,
os centros de pesquisa públicos e privados têm uma função estratégica para o
país, eles podem fazer a ligação entre os três setores, campo, indústria e
serviço, com a criação de oportunidades de negócios, a superação de desafios,
geração de renda e empregos para o desenvolvimento sustentável da “ECONOMIA
VERDE” do século XXI. A inclusão de toda população no processo faz parte da
promoção de uma sociedade mais justa e próspera, neste sentido o Brasil pode
ser tornar um modelo para o mundo contemporâneo.
O Brasil vive o momento histórico
ideal, a defesa da democracia e a vitória de uma frente democrática possibilita
o diálogo entre o Estado, Capital e Trabalho para construção de uma estrada
pavimentada rumo ao desenvolvimento sustentável. Para se ter êxito nos projetos
e empreitadas dois conceitos são fundamentais: harmonia e diálogo. Todos devem
estar preparados para situações adversas, e só com muita harmonia e diálogo que
seremos capazes de superar os desafios impostos pela vida.
O caminho para a solução de questões desafiadoras
é: “Os conselhos de políticas públicas são aqui entendidos como espaços
públicos vinculados a órgãos do Poder Executivo, tendo por finalidade permitir
a participação da sociedade na definição de prioridades para a agenda política,
bem como na formulação, no acompanhamento e no controle das políticas públicas”.
Sempre devemos lembrar que o bom é inimigo do ótimo, é melhor ter uma boa
decisão do que não termos decisão alguma.
A realização de cada projeto ocorrerá a
cada dia, por isso será exigido muita paciência, perseverança e constância,
nunca perder o norte e o horizonte vislumbrado, mas além de tudo nunca perder o
sentido de cada ação, que é promover o bem-estar da população, com a criação de
oportunidades, prosperidade e uma vida mais justa.
O ano de 2023 é um ano de muito
trabalho, o governo eleito tema a missão de alinhar os interesses da iniciativa
privada com as necessidades sociais da população. O Brasil tem todas as
condições naturais para ser uma terra próspera para todos, não há razões
racionais para a existência da miséria e fome em nosso país. O amor ao próximo,
a fraternidade e a cidadania se fazem por políticas públicas que direcionam o
país e o torna mais justo. O Estado tem o papel de preparar as condições
macroeconômicas para o investimento da iniciativa privada, independente de ser
um Estado mínimo ou não, uma sociedade saudável se constitui a partir de um
modelo distributivo da riqueza, que supera as ideologias capitalista e socialista.
A convivência harmoniosa entre o Estado e a iniciativa privada permite a
produção, geração e a distribuição da riqueza.
O Brasil precisa definir o sentido da
sua existência como nação no mundo, reconhecer, assumir e fazer o bom uso de
suas riquezas naturais, físicas, sociais, culturais e religiosas. A sua
localização e a relação com os países vizinhos, coirmãos, deve promover a
esperança e prosperidade para todos. Um país tão extenso e rico em diversidade
deve criar, inovar e gerar novas oportunidades a cada dia, e seu povo deve
usufruir do que o país pode possibilitar a todos.
O desenvolvimento e a sustentabilidade
são dois conceitos que podem coexistir, um não anula o outro, mas estabelece
parâmetros para a longevidade de planos, projetos de curto, médio e longo prazos.
A vida ser torna próspera na medida que pode se realizar ao longo de um tempo
que haja estabilidade e previsibilidade. Só há investimentos duradouros e lucrativos
para os projetos que podem sobreviver ao longo do tempo.
O mundo não tem falta de dinheiro, tem
falta de estabilidade e previsibilidade e o Brasil pode oferecer ao mundo este
cenário, que viabiliza projetos que gerem desenvolvimento e a sustentabilidade,
beneficiando o investidor e a população do país. O que fazer? O governo atual
sabe o que fazer, mas como fazer será o diferencial, os sinais são positivos,
pois existe a valorização e a busca das vias democráticas através dos
conselhos, que são: “Os conselhos de políticas públicas são aqui entendidos
como espaços públicos vinculados a órgãos do Poder Executivo, tendo por
finalidade permitir a participação da sociedade na definição de prioridades
para a agenda política, bem como na formulação, no acompanhamento e no controle
das políticas públicas”. Esta é a oportunidade democrática da sociedade
participar, colocar suas ideias e defender as suas posições, e chegar ao ponto
de criar soluções por consenso que atendam em algum aspecto a todos. A ideia
que se deve ter é: o bom é inimigo do ótimo, se não pudermos ter uma ótima
solução, talvez possamos ter uma boa solução.
O Brasil vive o momento de intenso
trabalho, está na hora de recuperarmos o tempo perdido, há muito o que fazer e
existe uma abertura democrática para a participação de todos. O que não se pode
perder de vista é o sentido existencial para cada decisão, a qual deve promover
o desenvolvimento, prosperidade e justiça para todos. O momento histórico que
vivemos permite e possibilita sonharmos com uma país melhor para se viver...