O Brasil pode liderar a implantação de
um o Estado do Bem-estar Social Verde (Welfare State Verde a Moda Brasileira).
O país necessita de respostas políticas à crise social instalada, sobretudo o
desemprego, abrindo assim espaço para a mudança na ordem de ação do Estado, no
que diz respeito a questão econômica.
A inspiração parte do modelo do Estado
do Bem-estar Social:
“Serviu como uma rede de proteção social contra os rigores e excessos da competição concorrencial. O consenso reinante na época falava da incapacidade de a política liberal dar conta das grandes questões sociais”. Carmo, Paulo Sérgio (1997 p.33)
Passa-se da economia política a uma
política econômica propriamente dita (economia orientada e direcionada pelo
Estado), mantendo os direitos de liberdade como fundamento da constituição.
O que significa que a economia capitalista
e a livre concorrência, inclusive dos salários pagos aos trabalhadores no
território em questão, não atuaria sem um certo controle e direcionamento estatal.
Nesse momento o Estado passa a ser visto
como necessário para regulamentar decisões econômicas, direcionando o capital
de particulares e os rumos econômicos da nação, opondo-se assim a ideia de
Estado Mínimo, presente no ideário do Estado Liberal.
Significa um maior controle da esfera
econômica, uma ação estatal de cunho social uma vez que parte desta produção
livre, mas direcionada, seria taxada, através de impostos, os quais seriam distribuídos
em diferentes áreas sociais, entre elas, sobretudo a educação, a saúde pública
e o transporte. Sendo o sentido mais próximo do chamado Estado Providência.
A inovação está no investimento e promoção
da iniciativa privada em direção a “Economia Verde”, de base científica tecnológica
a partir do investimento maciço na educação da população, o que permite o
surgimento de oportunidades de renda e salários de qualidade para os empreendedores
e trabalhadores envolvidos.
Portanto a política de Estado passa a
atuar na área social e na “ECONOMIA VERDE” aumentando consideravelmente as
possibilidades de trabalho e consumo das classes trabalhadoras, diminuindo em
grande parte situações de miséria e equacionando um nível de vida altamente
satisfatório.
A intensa acumulação tecnológica ocorrida
em menos de meio século revolucionou a base técnica e o processo produtivo (Quarta
Revolução Industrial) com impactos significativos sobre o trabalho humano. Novas
demandas de qualificação humana são requeridas pela nova base produtiva, que
induzem a força de trabalho a se adaptar constantemente às novas exigências
técnicas. Ocorrem, mudanças no conteúdo, quantidade e qualidade do trabalho direcionado
pela microeletrônica, biotecnologia e engenharia genética, internet, computação
etc.
A “Economia Verde” é a grande oportunidade
de desenvolvimento sustentável no século XXI. A pacificação entre a relação do
capital e trabalho deve ser mediada pela ação do Estado, não há como ser um
país rico sem a solução da miséria e da fome. O tem espaço e recursos naturais,
o que falta é uma ação inovadora por parte do Estado, que defina um norte e
coloque a economia na direção da construção de uma sociedade mais justa e
próspera.
Fonte:
SANTOS, Lia Mara Dib Ferreira. Teoria Política Contemporânea. Lia Mara Dib Ferreira. Santos, 2015. 128 f. Universidade Metropolitana de Santos, Ciências Sociais, 2015.
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