Vamos conversar da vida, das singularidades, possibilidades, construir conceitos, encontrar caminhos que possam auxiliar nas questões existenciais e realizarmos trocas e reflexões.
Existe um mito que não permite o Estado
Brasileiro realizar aumentos do Salário-Mínimo acima da inflação. Segundo dados
da Receita Federal do Brasil, 70% das famílias brasileiras tem uma renda média até
de dois Salários-Mínimos. Ou seja, permitir o aumento do Salário-Mínimo acima
da inflação significa aumentar o poder de compra da maior parte da população brasileira,
pois a renda da população da base da pirâmide social brasileira gasta toda a
sua renda, não há sobra para fazer poupança. O dinheiro circula, a economia não
fica estagnada e o PIB cresce.
É verdade que para cada R$1,00 que
aumenta no valor do Salário-Mínimo, aumenta também as despesas do Estado brasileiro
com os benefícios assistenciais e previdenciários. Mas, também há um aumento de
receitas com impostos, contribuições que supera e muito os efeitos do aumento
das despesas.
O Auxílio Emergencial pago pelo Estado
brasileiro a sua população, para enfrentamento da crise econômica provocada pela
pandemia do COVID-19, provou que é a base da população que sustenta e mantém a
economia brasileira funcionando. Os efeitos da crise econômica foram
minimizados e possibilitou a continuidade de muitas atividades econômicas.
O Brasil só irá conseguir criar as
condições estruturais de crescimento sustentável de longo prazo, se e somente
se aumentar o tamanho da sua classe média. Para ocorrer o milagre econômico, o
país tem que aumentar o poder de compra do Salário-Mínimo e criar políticas
públicas que incentivem a mobilidade social para o aumento do tamanho da sua
Classe Média.
O aumento do consumo promove o aumento
do PIB, pois o campo produz mais alimentos, a indústria amplia a sua produção
com novos investimentos e o setor de serviços cresce nas pequenas, médias e
grandes cidades. O país passa a viver um círculo virtuoso de prosperidade econômica,
que será sustentável a longo prazo na medida em que a Classe Média cresce de
forma irreversível. Portanto, os benefícios do aumento do Salário-Mínimo são
maiores e uma política pública que o Estado brasileiro pode implementar sem
prejuízo para a sociedade brasileira.
VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO EM 2021 E QUANTO DEVERIA SER NOVO SALARIO MINIMO QUE VAI AUMENTAR EM 2021
NOVO SALÁRIO MÍNIMO 2021 | VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO
2021 | salário mínimo atual | REAJUSTE SALARIAL
Para o Brasil atrair um volume de
capital estrangeiro que venha alterar a sua atual posição para um país mais
próspero e sustentável a longo prazo, o Estado tem que incentivar a criação de empresas
de última geração científica tecnológica.
Em primeiro lugar o país tem saber o
que quer ser, em segundo lugar tem que fazer um plano de longo prazo que se
configure como um projeto de Estado, não um projeto de governo. Onde o Brasil
pode estar daqui 10 anos, 20 anos, 30 anos, 40 anos e 50 anos?
Seremos um país com uma economia
predominantemente agrícola, ou também desenvolveremos os potenciais latentes no
país, que passam pela sua biodiversidade, miscigenação, territorialidade,
diversidade, pluralidade, continentalidade, para posteriormente se inserir no
mundo.
A solução para o desenvolvimento do
Brasil está presente em si mesmo, não há por que esperar a boa vontade do
investidor estrangeiro, temos que fazer o nosso dever de casa e caminhar na
direção de políticas públicas convergentes com o desenvolvimento sustentável.
O Estado pode não ser o executor do
desenvolvimento, mas pode ser o agente sinalizador dos futuros modelos de
desenvolvimento, que têm como base uma infraestrutura científica tecnológica. É
o momento de se investir nas Universidades Públicas, nos Centros de Pesquisa,
motivarem os pesquisadores a traçarem um planeamento estratégico de Estado para
os próximos 50 anos, revistos a cada 10 anos.
O país tem que utilizar toda a sua
criatividade potencial para criar caminhos na direção do desenvolvimento
sustentável. Vivemos imersos no século da criatividade, a era do conhecimento
científico tecnológico, que caminha na direção de uma ‘ECONOMIA VERDE”, onde
não haverá espaço para um outro tipo de economia.
O processo entrópico do capitalismo conduz
a sociedade a uma grande ruptura, onde as bases para a sobrevivência ocorrerão
através de uma elevada ação criativa. A energia do trabalho coletivo tem que
ser canalizada para resolver os problemas e a superação dos desafios impostos
pelo século XXI.
O país que irá liderar no futuro é o país
que melhor souber dar respostas para os questionamentos impostos pela “ECONOMIA
VERDE”. Fingir que nada está ocorrendo, é agir como uma avestruz, quando está
frente a um problema coloca a cabeça em um buraco no chão, mas seu corpo está
todo exposto, uma pequena lenda que serve de reflexão.
A inação é a pior forma de ação, pois
além de omissão não permite o avanço. O país não venceu a crise de 2015 até o
presente momento porque não está agindo, apenas reagindo. Agir é algo que vai
além, é caminhar em direção ao futuro. A nação é administrada com um olhar no
retrovisor, estamos presos em modelos do passado, o que nos impede a imersão no
futuro.
O futuro é a “ECONOMIA VERDE” sustentada
por uma infraestrutura científica tecnológica. É neste futuro que o país deve
colocar todos os seus esforços e investimentos para a constituição de uma sociedade
próspera, feliz, sustentável e longeva. O caminho existe, o que falta é uma
ação em direção ao futuro por parte de nossas lideranças políticas.
Soberania em debate - Tecnologia, inovação e
desenvolvimento: O futuro do Brasil
As eleições para presidente dos Estados
Unidos da América representam uma nova luz para o mundo, o partido Democrata
representado pelo político eleito a presidente de forma democrática, Joe Biden,
promoverá mudanças no rumo das políticas públicas ambientais. A agenda “VERDE”
será retomada, o Acordo do Clima será refeito pela a maior potência do planeta.
Os USA exercerão a sua liderança global na direção de uma economia “VERDE”, com
a promoção de processos científicos e tecnológicos para a implantação de
modelos industriais que respeitam o meio ambiente, busquem a preservação e
conservação dos biomas naturais que regulam o clima e possibilitam a vida de
milhares espécies da flora e da fauna.
É a oportunidade do mundo se unir para
enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas, a liderança pode ser
realizada pelos Estados Unidos da América e o Brasil pode compartilhar esta
liderança, em virtude da sua importância e dimensão ambiental.
Onde entra o Brasil nesta história?
É o momento do Governo Federal do
Brasil rever a sua política ambiental praticada pelo Ministério do Meio
Ambiente através da pessoa do atual ministro Ricardo Salles. O Brasil precisa
de técnicos que entendam de temas relativos ao meio ambiente para serem
Ministros do Meio Ambiente no Brasil, uma restruturação do IBAMA - Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e do ICMBio - Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade com maiores recursos financeiros
para o exercício de suas funções constitucionais.
É uma oportunidade ímpar no sentido de
realizar parcerias com governos, institutos de pesquisa, empresas estrangeiras
que viabilizem investimentos para a construção de uma infraestrutura científica
e tecnológica para a criação de oportunidades de negócios sustentáveis e empregos
“VERDES” que promovam a conservação e a preservação dos principais biomas
brasileiros, em especial a Amazônia.
O Brasil está diante de uma nova
oportunidade, de se inserir de forma irreversível na nova economia “VERDE”, reverter
a atual política pública, criar empregos sustentáveis a longo prazo, e tornar
os produtos destinados a exportação mais valorizados e aceitos pelos
estrangeiros.
Caso o Brasil assuma a nova realidade
que está sendo imposta neste início do século XXI, o acordo comercial do Merco
Sul com a União Europeia poderá ser retomado e teremos uma nova perspectiva
futura. O Brasil tem mais a ganhar do que a perder com o novo presidente dos
Estados Unidos da América, mas é também necessário que o Brasil faça a sua
parte, reveja a sua política ambiental e assuma a direção do atual cenário
econômico que vem sendo apresentado pela economia “VERDE”.
Conservar
a Amazônia: uma questão ambiental, social e econômica
O Brasil vive um fenômeno político que
é o fundamentalismo em uma crença
ideológica da extrema direita capaz de turvar a capacidade de ver a verdade. O
movimento bolsonarista é a prova cabal da existência deste fenômeno. Existem
muitas pessoas bem formadas, esclarecidas que são capazes de apoiar este
movimento obscurantista, negacionista da ciência, sem compromisso com o meio
ambiente nem com a educação do país no desenvolvimento da ciência e tecnologia.
O atual governo federal promove o
momento histórico da Era Medieval brasileira, não há valorização da
diversidade, respeito étnico racial, intolerância religiosa e de costumes e uma
promoção do eurocentrismo na medida em que não se evidencia diversidade cultural
e artística do Brasil como padrões nacionais. A comunidade artística brasileira
vivencia um momento de desvalorização e perda prestígio.
O líder do governo federal não
representa a população brasileira na sua maioria, que é diversa, embasada em raízes
profundas dos índios brasileiros, negros africanos e portugueses europeus. A
base cultural do Brasil nasce com a união destes três povos.
O povo brasileiro ainda está aprendendo
a votar e a esperança ocorre quando conseguir eleger um líder que a represente,
comprometido com o bem estar da maior parte da população. A conscientização está
na visualização da verdade liberta do fundamentalismo político de extrema
direita promovido pelo movimento bolsonarista que cega as pessoas, que não as
deixa perceber o que de fato está por trás desta ideologia política. O nosso
atual presidente não está preocupado em melhorar a qualidade de vida das
pessoas, ele apenas quer se manter no poder, desta forma usa algumas crenças de
cidadão do bem para convencer as pessoas que ele é o cara mais apropriado para
comandar o país, contudo se observarmos bem, o Brasil está vivenciando o
momento dramático com perdas de emprego, diminuição salarial, inflação em
disparada. Como podemos concordar com um líder que nega tal situação?
Infelizmente há cidadãos que preferem se fechar à sua ideologia a fazer a
crítica necessária para cobrar do presidente do país políticas públicas de
melhoria da qualidade de vida, de melhoria nos índices de IDH. Vamos aguardar
até a próxima eleição para que tudo isso se reverta ou vamos tentar fazer algo
para melhorar a situação do país? Fica aí a dica!
O ser humano está inserido na realidade
social para modificar, planejar, incentivar e buscar soluções completas e ao
mesmo tempo incompletas a sua existência em busca do saber, enquanto indivíduo
racional. Sua necessidade de desvelar a “consciência está relacionada com a sua
vivência e experiência, em que vai percebendo os fenômenos ao seu entorno,
atrelados ao “ato e a potência” da capacidade do seu cérebro.
A dualidade da “vivência e experiência”
são distintas na fenomenologia, por ter significados diferentes, mas possui uma
interdependência. Pois a vivência parte do pressuposto, em que trata a
“subjetividade humana” na “estrutura psíquica” como caráter do ato de percepção,
atrelada a consciência como tendência aos fenômenos. Porém a experiência se
fundamenta na experimentação através dos ‘sentidos’, com o qual o indivíduo
humano está relacionado com os objetos, através das próprias “tendências das
vivências psíquicas”. Como por exemplo: “O mundo está como uma forma de representações,
imagens, objetos e nós seres humanos, estamos inseridos nele. Destarte, surge a
indagação filosófica, de como podemos relacionar e desvendar o entendimento, pelo
que nos é apresentado? Logo, “eu” enquanto ser dotado de razão tenho a
capacidade de dizer que, minha consciência tende ao objeto apresentado. Pelos
simples fatos de que, a vivência está fomentando no indivíduo humano, o gosto
pelo ‘experimento’ das coisas, cuja vivência tende as coisas”. Pois:
A
vivência é a situação psicológica, as disposições dos sentimentos que a experiência
produz na subjetividade humana. São as emoções e valorações que antecedem,
acompanham ou se seguem à experiência dos objetos que se fazem presentes no
interior da psique humana. (...) É consequência e resultado da experiência na
psique humana. Ela pertence ao fenômeno total da experiência, mas este é mais
amplo e profundo do que aquele, a vivência. (BOFF, 2002, p. 43 apud SILVA,2016,
p.24)
Segundo o filósofo Aristóteles, ao qual
descreve o comentador e historiador italiano, Giovanni Realle, que: “O ato tem
absoluta “prioridade” e superioridade sobre a potência: de fato não podemos
conhecer a potência como tal, senão reportando-a ao ato do qual é potência.
Ademais o ato é condição, regra e fim da potencialidade. Enfim, o ato é
superior à potência, porque é o modo de ser das substâncias”. (Reale, 1992,
p.55). Esta relação de ato e potência, de primeira instância é que, o ato é
superior à potência, pois sendo ele causa inicial e final da potência, rege uma
feição da ordenação dos elementos naturais do universo. Por esse mesmo sentido
de “vivência e experiência”, “ato e potência”. Prosseguimos nesse artigo, como
tentativa em explicar a fundamentação do surgimento das bases e as funções dos
seres vivos inseridos na natureza, e, em seu processo da dinamização, com a
“criatividade”, que vai se tonando “fenômeno" ativo, nas relações “biopsicossociais”.
Através desses pressupostos filosóficos, é
possível explicar a criatividade na fenomenologia, e em quais patamares sociais
ela pode ser despertada. Nesse caso, ela contribui com todo rigor nas teorias socioeducativas,
referente ao “professor e aluno”, como capacidade de ato e potencialidade numa
esfera fenomenológica.
Pressupomos cientificamente que, toda a
capacidade do indivíduo humano, esteja sujeita a esta asserção filosófica e psicológica
supracitadamente. Nesta perspectiva, entendemos que o cérebro parte superior e
fundamental do corpo humano, é capaz de despertar várias dinâmicas de “ato e
potência” criativas na relação “professor e aluno”, que conduz o sujeito humano,
a luz deste fenômeno que é a “criatividade”. Pois é nessa perspectiva, que:
O ser criativo
expressa seu potencial no mundo em que vive, manifesta o que lhe torna
singular, na rede de relacionamentos que possui, o que em outras palavras quer
dizer que o ser humano manifesta sua criatividade a partir da sua singularidade
e na pluralidade do existir humano. (Sakamato, 2004, p.29).
Nos dias atuais e nas histórias passadas, toda
criação humana está relacionada às fontes das suas vontades e a potência genial
dela própria, na busca do clareamento salvífico, daquilo que subjetivamente se
encontra obscuro no intelécto. É uma necessidade da criatividade, dominar o
intelecto, parte de integração do próprio humano, para vislumbrar o belo no
“cosmo”.
Estes fenômenos da criatividade ocorrem no
gosto pela leitura de mundo e a interpretação do mundo. Sendo assim, o
movimento, exercício fundamental da capacidade do cérebro, vai se gesticulando
para o processo investigativo, começando a refletir seguintes problemáticas:
“De onde vim, como surge as coisas? Quem sou eu? Qual é o meu objetivo? Estas
perguntas são inquietudes, da própria intelecção humana, para tentar solucionar
problemas através das respostas, daquilo que o põe em posição de provocações.
As primeiras ações
criadoras do ser humano em sua existência são neste sentido: 1- a constituição
de uma noção de que somos alguém, ou a construção de uma noção de identidade
pessoal; 2- a representação mental do mundo que habitamos, ou a constituição do
mundo que nos circunda. Estas duas criações iniciais permitem ao ser humano
articular uma relação entre o eu e o mundo, que estão na base da construção e
manutenção da existência, garantindo o estabelecimento de uma adaptação ao
ambiente, que encontra e está vinculado a um sentimento de bem estar. (Sakamato,
2004, p.30).
O permear da solução da criatividade,
não se camufla as necessidades da limitação do conhecimento, mas sim, a
inconclusão do conhecimento. Este fenômeno, é, um motor científico, que desperta
no intelecto humano, e, é acionando para potencialização da sua própria existência,
se tornando exploradores da vida. Pois a condição natural da existência humana,
o leva para o encontro consigo mesmo, ao interesse próprio de quando, se chega
a uma meta alcançada. Assim, sempre haverá interesses desafiadores para tentar
justificar problemas. Ser “gênio” criativo é não inserir na “superficialidade
da normalização social”, mas deve estar fomentado, para o prazer amoroso da
crítica, tendo ‘consciência’ e praticando essa ‘consciência’ como seu “dom”
real.
Referências:
-
BOFF, Leonardo. Do iceberg à arca de Noé: o nascimento de uma ética planetária.
Rio de Janeiro: Garamond, 2002. 159 p. (Coleção Os Visionatas).
-
CAPALBO, Creusa. Historicidade e
ontologia. São Paulo: Edições Humanidades, 2004.
-
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 9. ed. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1998.
-
REALLE,Giovanni. Aristóteles- Hitória da
filosofia Grega e romana. Tradução. Henrique Cláudio de Lima Vaz, Marcelo
Perine. 9ª edição Rio de Janeiro: Edições Loyola, de 1994.
-
SAKAMOTO, Cleusa kazue. O Gênio Criador/
Cleusa Kazue Sakamoto. – São Paulo: Casa do psicólogo.
-
HUSSERL, Edmund. La filosofía como
ciencia estricta. TABENING, Elsa (Trad.)
Buenos Aires: Editorial Almagesto, 1992.
-
CAPALBO, Creusa. Historicidade e
ontologia. São Paulo: Edições Humanidades, 2004.
O
que é criatividade - Prof. Ilíada de Castro
[1]Graduado em Filosofia pela FAPCOM-SP, Psicologia
pela PUCMG, especializando em saúde mental e pesquisador debioética. Email para contato:
marcos.trindade2014@gmail.com.
O século XXI apresenta enormes desafios
para a continuidade da atividade econômica, e o que irá impactar diretamente as
empresas e corporações? Os recursos naturais serão escassos, o que limitará o
crescimento do PIB – Produto Interno Bruto das nações através das atuais
atividades econômicas. O maior impacto ocorrerá na geração de trabalho e renda,
o que representará o maior problema social, pois o padrão de consumo será baixo
inviabilizando o investimento em novos projetos baseados nos modelos atuais. Só
o aumento da renda de forma distributiva é capaz de fazer aumentar o
crescimento do PIB de um Estado Nação.
As empresas e corporações do futuro são
aquelas capazes de solucionar os problemas sociais, ou seja, sua atividade
econômica mais acrescenta do que minimiza o valor da sociedade. Elas serão
responsáveis pela geração de valor e manutenção de um elevado padrão de vida vinculado
com a necessidade de preservação ambiental e sustentabilidade da economia.
A maior oportunidade das empresas e corporações,
que se apresenta no momento presente é a geração de trabalho e renda. Aquela
que souber solucionar este problema terá um longo futuro garantido, pois
vivemos a redução dos postos de trabalho e renda com o emprego das novas e
atuais tecnologias. A necessidade da criação de novas oportunidades é o maior
negócio.
Quando se fala na geração de trabalho e
renda, se fala na criação de novas oportunidades. Novas formas laborais que são
criadas para a ocupação do tempo útil, por onde o capital circula, possibilitando
o consumo consciente de forma sustentável.
O Estado soberano é responsável pela
criação de políticas públicas que gerem trabalho e renda. Será impossível falar
em crescimento econômico se este não estiver vinculado a solução de problemas
da sociedade que compõe o Estado. E maior dos problemas é a geração de trabalho
e renda.
O viés político de uma nação não será
mais o condutor das políticas públicas, mas sim, a necessidade de solucionar os
problemas que afligem as nações, que a conduz a um cenário de instabilidade e incerteza.
A sustentabilidade é o caminho para a estabilidade e a certeza, capaz de criar
cenários perenes e longevos.
O Neoliberalismo promete muitas coisas,
menos a sustentabilidade, a estabilidade e a certeza. As empresas e corporações
do futuro são aquelas que estiverem vinculadas a atividades sustentáveis,
estáveis projetando uma certeza para o futuro.
O que mais está em jogo é a
continuidade do futuro, não do planeta, mas das empresas e corporações. E onde
os Estados Nações entram nesta equação? Eles como sempre, se adaptam aos novos
desafios, deixando para traz velhas estruturas incapazes de atender as
necessidades de suas populações.
O trabalho e a renda são a base do futuro,
dependendo das bases em que estiver fundamentado, as empresas e corporações que
forem capazes de responder aos desafios do século XXI terão continuidade e
longevidade.
O capitalismo está diante de seu maior
desafio existencial, o seu futuro e continuidade dependerá da resposta que for capaz
de dar aos questionamentos presente e futuro. O grande negócio é a solução de
problemas das populações dos Estados Nações, e o maior problema é o trabalho e
a renda, a mola mestra que move a economia, seja de esquerda ou de direita. Não
há espectro político ideológico capaz de resolver este desafio, mas políticas
públicas conjugadas com os interesses das empresas e corporações. A ação humana
só tem sentido quando representa a solução de um problema.
Economia Solidária é alternativa para geração de
emprego e renda
Por um Brasil Cooperativo e Solidário: mais trabalho e
renda
Sou um cidadão brasileiro de meia idade
e sonho com um Brasil melhor, maior do que já é. E por onde andas este sonho?
Pelas possibilidades do novo milênio, início do século XXI, o Brasil pode ser um
país inclusivo, sem distinção de cor ou raça, condição socioeconômica e a
convivência pacífica dos vários tipos de religiões.
O Brasil pode assumir a sua maior idade,
ter uma “ECONOMIAVERDE”, sustentável com elevado padrão de vida para os
seus cidadãos. Capaz de promover justiça social, secar as lágrimas dos
famintos, desesperados, sem-teto e sem-terra. O Brasil tem tanto a oferecer
para todos, no seu berço esplêndido cabem todos. Tem uma vocação natural para a
liderança da “ECONOMIA VERDE”. Pode vir a ser grande para além de sua
extensão territorial e fazer emergir as suas qualidades ocultas que
transformarão a sua sociedade.
O horizonte tem que ser a educação para
criação de uma mão de obra capaz de implantar a infraestrutura da “ECONOMIA VERDE”,
fundamentada na ciência e tecnologia. Espaço temos, mas o que falta são
políticas públicas que alinhem o país nesta direção, para que os investidores
alinhem seus esforços em parceria coma as instituições de ensino e pesquisa.
A preservação e sustentabilidade do meio ambiente
não são valores que inibem o desenvolvimento econômico, apenas muda o paradigma.
Existe tudo por fazer, existe no que investir e colher frutos no futuro. Façamos
uma reflexão, quando se corta uma árvore, desmata uma área, destrói um ecossistema,
o que podemos colher no futuro? Muito menos do que uma floresta preservada pode
proporcionar. Com a preservação das florestas preservamos a possibilidades de
descobertas futuras que venham a impactar na sociedade, além da preservação da estabilidade
do clima.
Só que há um desafio que o Brasil tem que
enfrentar, o desenvolvimento em ciência e tecnologia capaz de emancipar o país das
potenciais aflições futuras que o planeta Terra passará. Negar os efeitos da
alteração climáticas no mundo é como negar a ciência, é negar a verdade e se
recusar a viver conforme a manifestação da realidade. É viver como um avestruz,
que para se proteger do perigo enfia a cabeça no buraco, e seu corpo fica todo
exposto sem ver a realidade que o aflige. Os problemas só serão superados se
forem enfrentados e não omitidos.
Se não for nesta geração, será na próxima
que o Brasil irá assumir a sua vocação natural para liderar a “ECONOMIAVERDE”. A
consciência desta possibilidade tem aumentado, e não serão as forças
conservadoras, anacrônicas e obscurantistas que serão capazes de impedir esta
evolução.
O investidor de longo prazo já tem a
consciência ecológica, sabe que que sem o meio ambiente a humanidade não tem futuro,
e não há retorno sobre o capital investido. A forças anacrônicas que estão no
poder não têm futuro, elas serão rejeitadas pelo capital e trocados por líderes
que têm uma consciência ambiental.
O futuro não está no passado, mas no
horizonte da incerteza que aguarda uma atitude sábia da humanidade. Até quando
permitiremos a liderança de pessoas negacionistas das ciências que têm medo da
verdade e são incapazes de pensar o novo? O continuísmo não é a forma ideal de
liderança, pois não possibilita a obtenção de resultados inesperados.
O século XXI é marcado pelo novo, que está
em combate com as forças conservadoras anacrônicas, que impossibilitam a “ORDEM E O PROGRESSO”.
O motivo é o medo do novo, mas ao longo da história o novo sempre vence, mesmo
que leve um tempo. A humanidade está acordando, e os poderosos que têm os meios
para transformar a realidade também já estão acordando. No mundo não haverá
espaço para retrocesso e obscurantismo, na medida que tentam criar um discurso
incapaz de enganar as pessoas lúcidas. A verdade prevalecerá, e se sairá melhor
aquele que estiver mais bem alinhado com a realidade.
Será que é querer demais? Viver em um
Brasil capaz de fazer uma leitura da realidade, e se posicionar para se beneficiar
do mundo conforme lhe apresenta? A “ECONOMIAVERDE” é o maior presente que o momento histórico da
humanidade pode nos apresentar, perder esta oportunidade é como perder a
possibilidade de um desenvolvimento longevo, sustentável capaz de preservar os
nossos recursos naturais. O espaço temporal está passando, abraçar esta
realidade é assumir o curso que o destino traçou para o Brasil. Eu, como
brasileiro, quero viver em um país capaz de ser aquilo que é, o “LIDER DA ECONOMIA
VERDE DO SÉCULO XXI”.
O Brasil é um país que está deitado em
um berço esplendido, a Amazônia, terra virgem que tem inúmeras riquezas naturais.
Queimar a Amazônia é como rasgar dinheiro, e não há como falar da Amazônia sem
mencionar os outros dois biomas, o Cerrado e o Pantanal que também têm a sua
importância estratégica, cada uma cumprindo o seu papel.
É assumindo a preservação do meio
ambiente que o Brasil pode promover a defesa e segurança da Amazônia. O caminho
do desenvolvimento da região passa pela implantação de uma infraestrutura científica
e tecnológica que venha a valorizar e monetizar a terra, a sua floresta e seus
recursos naturais.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovações, o Ministério da Educação, o Ministério da Cidadania, o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério
da Economia, o Ministério do Desenvolvimento Regional e o Ministério da
Infraestrutura devem assumir o protagonismo para transformar a realidade
presente a favor do Brasil, e não um problema que venha arranhar a imagem do país
no exterior. O trabalho começa com programas de Estado que invistam em ciência,
tecnologia e inovações, em parceria com universidades e os centros de pesquisa
existentes no Brasil. Temos a Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária que promove a agropecuária das mais eficientes e sustentáveis do
planeta, também a Emater que tem como foco a ação da extensão rural onde busca
contribuir com o desenvolvimento rural sustentável, através de ações de
assistência técnica e extensão rural, voltadas à melhoria da renda dos
agricultores em seus negócios, melhoria da qualidade de vida das famílias do meio
rural, melhoria da competitividade da agricultura.
Além destes dois importantes centros de
pesquisa, o Governo Federal deveria realizar convênios com os centros de
pesquisa existentes nas Universidades Federais e Estaduais e Municipais para
promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia, com a criação de soluções
rentáveis para população local, de forma que preserve a floresta Amazônica.
Seria uma ação conjunta com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e o
Ministério da Educação. Adotar esta estratégia é de fundamental importância
para o país, pois colocaria o país na vanguarda do desenvolvimento sustentável
no mundo. Caberia ao Ministério da Economia criar projetos e políticas públicas
que incentive o investimento de empresas nacionais e estrangeiras, é a
oportunidade de criação de novas formas de negócios. O Brasil deve começar a
precificar o valor da floresta em pé, o seu benefício e a sua capacidade de
gerar formas de renda sustentável para a população local.
É a oportunidade da reformulação das
relações entre o Estado e as empresas privadas e públicas, na construção de uma
economia “VERDE”,capaz de atender os objetivos de uma economia responsável
comprometida com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável: os 17 -
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
A agenda de desenvolvimento sustentável
deve ser um paradigma para o Brasil, temos todas as características e o
potencial pleno para liderar esta agenda no mundo, atrair investimentos nacionais
e estrangeiro, monetizar as nossas riquezas naturais, e construir alianças e
parcerias estratégicas com países que têm o mesmo objetivo. É a oportunidade de
fazer renascer o Fundo Amazônia que tem por finalidade captar doações para
investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate
ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia
Legal, que também apoia o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e
controle do desmatamento no restante do Brasil e em outros países tropicais.
As medidas propostas seriam uma mudança
de rumo nas políticas públicas do atual governo federal, representa a
oportunidade de revisão e valorização da imagem do Brasil no exterior, o que acarretaria
a possibilidade de realização de acordos internacionais, como os países do
Mercosul e da União Europeia criando uma área de livre comércio que representa
cerca de 25% da economia mundial e um mercado de 780 milhões de pessoas. Chegou
a hora do Governo Federal ser pragmático, precificar e avaliar o custo e
benefício das suas ações quanto aos atos e as omissões com relação a
preservação da Floresta Amazônica. Novos caminhos viáveis e rentáveis existem,
que podem ser um bom negócio para todos os envolvidos, o que faltam são ações
concretas de Estado que tragam resultados duradouros e a eliminação de uma
retórica que não engana ninguém, apenas arranha a imagem do país no exterior.
O século XXI é a “ERA VERDE”que precisa
da infraestrutura construída pela ciência e tecnologia e pode criar um mundo de
oportunidades econômicas sustentáveis capazes de colocar o Brasil na posição de
liderança. Caso o país perca esta oportunidade seria a recusa de perceber as
tendências do futuro para os quais a humanidade deve ser direcionada. Para
aprofundar estes pontos, nunca foi tão necessário escutar e aprender com a
ciência, ouvir o que tem a dizer, aumentar o investimento em pesquisa e
valorizar os nossos atuais e futuros pesquisadores. O líder do futuro será aquele
capaz de assumir um papel de estadista, representa a pessoa que fará o país trilhar
o caminho do desenvolvimento sustentável.
SUSTENTABILIDADE E BIOTECNOLOGIA | Natalia Pasternak
Hoje é 7 de setembro de 2020, o dia que
marca o aniversário de independência do Brasil. Um país grande de dimensões
continentais, vocacionado para a liderança da “ERA VERDE”. Temos todos
os atributos necessários para nos colocarmos como expoente da nova economia, a
que preserva, que é sustentável, de baixo carbono com elevadíssimo padrão de
vida fundamentada na ciência e tecnologia. Este é o destino de uma país solar
que têm uma diversidade de biomas e importantes bacias hidrográficas com uma
enorme costa para o Oceano Atlântico.
“O Brasil é formado por seis biomas
de características distintas: Amazônia,
Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Cada um desses ambientes
abriga diferentes tipos de vegetação e de fauna. Como a vegetação é um dos
componentes mais importantes da biota, seu estado de conservação e de
continuidade definem a existência ou não de hábitats para as espécies, a
manutenção de serviços ambientais e o fornecimento de bens essenciais à
sobrevivência de populações humanas. Para a perpetuação da vida nos biomas, é
necessário o estabelecimento de políticas públicas ambientais, a identificação
de oportunidades para a conservação, uso sustentável e repartição de benefícios
da biodiversidade.” (Ministério do Meio Ambiente)
O povo brasileiro está deitado em um
berço esplêndido, que corre o risco de não conseguir materializar no tempo e no
espaço todo o seu potencial. E quais são as razões para tal insucesso? A
existência de políticas públicas fundamentadas em princípios que remontam
valores e conceitos ultrapassados. Os nossos atuais líderes não conseguem
perceber o valor e a importância que o Brasil tem na liderança de uma agenda
ambiental para o século XXI. O desmatamento irregular, as queimadas são
práticas de uma nação atrasada, que ainda não tem como referência o uso da
ciência e tecnologia para criar alternativas ambientalmente sustentáveis que
venham a valorizar ainda mais o seu maior patrimônio: o seu “VERDE”.
O que fazer para despertar o gigante
para as suas reais potencialidades? Quando grupos ambientais lutam para
preservar e tornar sustentável o que o Brasil tem, não é para reprimir o
potencial de crescimento do país, mas para conscientizar e alterar o modelo
econômico que mais depreda do que sustenta. O resultado da atividade econômica
sem princípios ambientas significa um enorme prejuízo para o presente e para as
futuras gerações.
Com as atuais políticas públicas
ambientais praticadas pelo atual governo, o povo brasileiro tem mais a perder
do que a ganhar e deixar de surfar na onda da “ERA VERDE” que se inicia.
O 7 de setembro de 2020 tem que ser um momento de reflexão, onde faça o país
rever as suas prioridades e redirecionar as suas estratégias de desenvolvimento
para o futuro, se libertando de um passado que nada tem a contribuir. Essa é
uma oportunidade que não podemos perder, o Brasil tem que ser o que realmente
é, e não um conceito abstrato desvinculado da realidade mundial.
A preservação e a sustentabilidade são
valores que ao serem aplicados na economia geram dividendos por um longo
período, não é imediatista e passageiro como as práticas predatórias. Já não há
mais tempo para abrirmos mão deste destino, ou então a juventude brasileira
terá que ver passar a atual geração que está no poder e terá que corrigir a
rota do país.
O futuro está a frente do Brasil,
demonstra ser promissor, repleto de novas oportunidades, mas imperceptível pela
atual geração que está no poder. Estamos sendo governados conforme as crenças e
ideologias do século passado e nos recusamos a dar um passo rumo ao futuro. A
esperança é a próxima eleição, onde poderemos escolher um novo líder, mais
preparado para enfrentar os desafios e não perder as oportunidades do século
XXI.
Economia
Verde - Sustentabilidade e oportunidades de novos negócios
Economia
verde: Preservação do planeta ou lucro mascarado?
Avanços
da Economia Verde no Brasil e seu papel no uso sustentável dos recursos
naturais
A verdade que todos nós sabemos é que a
Terra é uma só e seus recursos são limitados, o que determina a impossibilidade
de haver um crescimento indefinidamente, ou seja, sem limite. Será?
A Economia “VERDE”pode ser um
novo modelo de crescimento econômico, baseado em novas formas de consumo,
dentro dos limites possíveis da Terra.
O Homo Sapiens tem que mudar de
comportamento, passar a criar bens serviços que não têm como base o consumo dos
recursos naturais da Terra. Este é um grande desafio, mas esta é a urgência que
irá dizer se teremos um futuro sustentável.
A economia pode crescer com serviços,
como: educação, ciência, tecnologia, arte, esporte, saúde, alimentação,
habitação, beleza, turismo, comunicação etc. Todo tipo de atividade que faça cada cidadão do
planeta consumir menos recursos naturais e tenha motivos para preservar o meio
ambiente. Pode parecer contraditório, mas a economia pode crescer nesta direção
com menos uso de carbono e recursos naturais.
O modelo industrial movido por
combustíveis fósseis não é sustentável, por isso não tem futuro. Se eu
representasse um fundo de investimento com bilhões de dólares para investir, em
qual modelo de negócio eu apostaria o capital?
O futuro pertence a sociedade
inteligente, fundamentada em uma sólida base científica e tecnológica, que promova
políticas públicas sustentáveis. Só conseguiremos superar o desafio presente
com inovações e mudança de comportamento.
Quanto a economia global pode crescer
se forem alterados os destinos do capital dos grandes fundos de investimento?
Segundo III Relatório do Clube de Roma: Para Uma Nova Ordem Mundial (1976). “Muito
antes de esgotarmos os limites físicos do nosso planeta ocorrerão graves
convulsões sociais provocadas pelo grande desnível existente entre a renda dos países
ricos e dos países pobres.” Necessidade de redução da pobreza no mundo.
Nós chegamos nos anos 2020 do século
XXI e convivemos com uma grande desigualdade de renda no planeta Terra. Segundo
EL PAÍS, no caderno de economia – desigualdade econômica e social - 1% da
população mundial concentra metade de toda a riqueza do planeta. (IGNACIO
FARIZA - Madri - 17 OCT 2015) Passaram-se 5 anos e a situação não apresenta
nenhuma mudança.
Qual será o futuro da humanidade?
Encontraremos o equilíbrio ou continuaremos a viver com as nossas contradições.
Para um estilo de vida que seja duradouro ou não há um preço a pagar. Cabe a nós
escolhermos qual preço queremos pagar.
Ano de 2010: Relatório Vision 2050. Objetivo
a atingir em 2050: “Nove bilhões de habitantes, todos vivendo bem – com
alimentos suficientes, moradia, água potável, saneamento, mobilidade, educação
e saúde, dentro dos limites do que este pequeno e frágil planeta pode oferecer
e renovar, cada dia”.
Vision 2050: The new agenda for
business* Propõe mudanças fundamentais nas estruturas de governança, na
economia, nos negócios e no comportamento humano. “Business as usual”: não vai
atingir a sustentabilidade nem assegurar prosperidade econômica e social.
“Acabou a Era da Abundância,
e estamos entrando na Era da Escassez”.
Fontes:
*Encontros
FIESP de Sustentabilidade - São Paulo, 23 de julho de 2015.
*Produzido
por 29 empresas do CEMDS (WBCSD), discutido em 20 países com centenas de
empresas e especialistas.
Embora o Brasil esteja entre as dez
maiores economias do mundo, esta riqueza não beneficia a população, pois temos
uma distribuição de renda extremamente injusta. Existem pessoas que passam fome
em um país com uma das agriculturas mais pujantes do mundo.
Esta realidade pode ser comprovada
pelos dados da Receita Federal do Brasil, que tem o registro da renda da
população, e que demonstra que 70% da população tem uma renda familiar em torno
de 2 salários-mínimos. Mas o que esta realidade demonstra?
A maior parte da população brasileira
trabalha para ter uma renda e poder se alimentar. As outras necessidades
básicas mal são contempladas, como: educação, saúde, moradia, saneamento básico
etc.
A COVID-19 só veio a agravar o caos
social que a maior parte da população vive, hoje existem aproximadamente 66
milhões de brasileiros que vivem do auxílio financeiro de R$600,00 do governo,
caso não existisse esse programa social, o povo estaria passando fome em um
país agrícola.
Isto prova que em um país detentor de
uma política econômica liberal não é capaz de satisfazer as necessidades
básicas da população, tornando necessária a implementação de políticas públicas
sociais. E o mais contraditório é que uma política pública social de
transferência de renda aquece a economia, sendo benéfica para os donos do
capital, ou seja, uma economia liberal.
O Brasil é um país que não tem pernas
para ser 100% liberal, terá que conviver com políticas sociais que venham
minimizar a injustiça social, materializada na má distribuição de renda. A
solução do Brasil passa pela educação, investimento em ciência e tecnologia e a
criação de soluções originais que venham libertar a população do círculo
vicioso, onde a pobreza e a miséria geram mais pobreza e miséria.
O círculo virtuoso passa pelo
fortalecimento e ampliação da classe média, com poder de consumo e renda justa,
capaz de satisfazer todas as necessidades sem depender do governo. Resolver o
problema da classe menos favorecida é resolver os problemas de todos. A elite continuará
a se beneficiar se a massa da população que forma a base for beneficiada. Todos
podem ganhar.
O líder ideal é aquele que venha a
atender a todos os interesses de todas as estratificações sociais, na medida
certa, da forma certa, com os recursos certos. As políticas são sempre
públicas, por terem a suas origens no ente público, o Estado.
O Brasil necessita do Estado para
atender os objetivos da sua população, é um país rico em recursos, todavia
pobre em iniciativas científica-tecnológicas. A estrada pavimentada para o
crescimento sustentável e longínquo passa pela educação de qualidade e o
investimento maciço em inovação tecnológica, em parceria com as universidades
públicas e privadas, com o objetivo de apresentar soluções para os problemas
presentes na sociedade brasileira.
O Estadista do futuro é o sujeito que
alia a tecnologia na liderança e gestão da sociedade, compreenda a mudança da
economia para uma era “VERDE”,desenvolva e incentive projetos que promovam a preservação
do meio ambiente para as gerações futuras.
O Brasil pode dar um salto tecnológico, na
medida em que tenha um líder que compreenda o novo paradigma do desenvolvimento
sustentável. O país tem potencial, recursos, população a ser formada e a
necessidade de crescimento para atender as novas gerações.
Mesmo que não sejamos capazes de trilhar
este caminho agora, em um momento da nossa história teremos que mudar e criar
políticas públicas “VERDES”,que gerem novos negócios, formas de trabalho, novas
demandas e soluções. A base é a inovação tecnológica, a pesquisa, a educação, a
melhoria constante.
A boa notícia é que o Brasil é um país carente,
que tem muito por fazer e existem inúmeras áreas necessitando de investimentos.
O que falta são políticas públicas que apontem a direção e torne viável a ação
da iniciativa privada. A qualidade de vida do povo brasileiro pode melhorar muito
desde que esteja alinhada com as novas tendências da economia “VERDE”.
Os Programas Sociais no Brasil deixam de
ser um projeto da esquerda e passam a atender as necessidades da população
menos favorecida. Tornam-se um projeto de país na construção de uma sociedade
mais justa. A era “VERDE” é uma oportunidade para o Brasil, por ser um
país vocacionado para a preservação do seu meio ambiente, que pode gerar muitos
empregos na indústria tecnológica do futuro.