Embora o Brasil esteja entre as dez
maiores economias do mundo, esta riqueza não beneficia a população, pois temos
uma distribuição de renda extremamente injusta. Existem pessoas que passam fome
em um país com uma das agriculturas mais pujantes do mundo.
Esta realidade pode ser comprovada
pelos dados da Receita Federal do Brasil, que tem o registro da renda da
população, e que demonstra que 70% da população tem uma renda familiar em torno
de 2 salários-mínimos. Mas o que esta realidade demonstra?
A maior parte da população brasileira
trabalha para ter uma renda e poder se alimentar. As outras necessidades
básicas mal são contempladas, como: educação, saúde, moradia, saneamento básico
etc.
A COVID-19 só veio a agravar o caos
social que a maior parte da população vive, hoje existem aproximadamente 66
milhões de brasileiros que vivem do auxílio financeiro de R$600,00 do governo,
caso não existisse esse programa social, o povo estaria passando fome em um
país agrícola.
Isto prova que em um país detentor de
uma política econômica liberal não é capaz de satisfazer as necessidades
básicas da população, tornando necessária a implementação de políticas públicas
sociais. E o mais contraditório é que uma política pública social de
transferência de renda aquece a economia, sendo benéfica para os donos do
capital, ou seja, uma economia liberal.
O Brasil é um país que não tem pernas
para ser 100% liberal, terá que conviver com políticas sociais que venham
minimizar a injustiça social, materializada na má distribuição de renda. A
solução do Brasil passa pela educação, investimento em ciência e tecnologia e a
criação de soluções originais que venham libertar a população do círculo
vicioso, onde a pobreza e a miséria geram mais pobreza e miséria.
O círculo virtuoso passa pelo
fortalecimento e ampliação da classe média, com poder de consumo e renda justa,
capaz de satisfazer todas as necessidades sem depender do governo. Resolver o
problema da classe menos favorecida é resolver os problemas de todos. A elite continuará
a se beneficiar se a massa da população que forma a base for beneficiada. Todos
podem ganhar.
O líder ideal é aquele que venha a
atender a todos os interesses de todas as estratificações sociais, na medida
certa, da forma certa, com os recursos certos. As políticas são sempre
públicas, por terem a suas origens no ente público, o Estado.
O Brasil necessita do Estado para
atender os objetivos da sua população, é um país rico em recursos, todavia
pobre em iniciativas científica-tecnológicas. A estrada pavimentada para o
crescimento sustentável e longínquo passa pela educação de qualidade e o
investimento maciço em inovação tecnológica, em parceria com as universidades
públicas e privadas, com o objetivo de apresentar soluções para os problemas
presentes na sociedade brasileira.
O Estadista do futuro é o sujeito que
alia a tecnologia na liderança e gestão da sociedade, compreenda a mudança da
economia para uma era “VERDE”, desenvolva e incentive projetos que promovam a preservação
do meio ambiente para as gerações futuras.
O Brasil pode dar um salto tecnológico, na
medida em que tenha um líder que compreenda o novo paradigma do desenvolvimento
sustentável. O país tem potencial, recursos, população a ser formada e a
necessidade de crescimento para atender as novas gerações.
Mesmo que não sejamos capazes de trilhar
este caminho agora, em um momento da nossa história teremos que mudar e criar
políticas públicas “VERDES”, que gerem novos negócios, formas de trabalho, novas
demandas e soluções. A base é a inovação tecnológica, a pesquisa, a educação, a
melhoria constante.
A boa notícia é que o Brasil é um país carente,
que tem muito por fazer e existem inúmeras áreas necessitando de investimentos.
O que falta são políticas públicas que apontem a direção e torne viável a ação
da iniciativa privada. A qualidade de vida do povo brasileiro pode melhorar muito
desde que esteja alinhada com as novas tendências da economia “VERDE”.
Os Programas Sociais no Brasil deixam de
ser um projeto da esquerda e passam a atender as necessidades da população
menos favorecida. Tornam-se um projeto de país na construção de uma sociedade
mais justa. A era “VERDE” é uma oportunidade para o Brasil, por ser um
país vocacionado para a preservação do seu meio ambiente, que pode gerar muitos
empregos na indústria tecnológica do futuro.
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