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sábado, 8 de agosto de 2020

O Risco Econômico do Desmatamento da Amazônia para o Estado de São Paulo !´

Closeup de uma terra seca recém cultivada, com muitas pedras

         O risco do desmatamento da Amazônia não é somente ambiental, é econômico. A região que poderá sofrer o maior impacto negativo é o Sudeste do Brasil, em especial o Estado de São Paulo. Esta é uma tese que cabe o estudo e pronunciamento da ciência.

         O Estado de São Paulo pode apresentar um relatório completo que tenha a participação de várias áreas da ciência, como: Matemática, economia, administração, ciências contábeis, história, geografia, sociologia, filosofia, biologia, química, física, engenharia florestal, engenharia agrônoma, etc., pois todos serão afetados de uma forma ou de outra, façamos a seguinte reflexão:

         Já se tem a ideia de que o aumento do desmatamento da Amazônia interfere no regime de chuvas do Sudeste, em especial no Estado de São Paulo, ou seja, está havendo uma alteração climática lenta e progressiva. Caso o desmatamento vá além do ponto de equilíbrio, o que pode acontecer com o agronegócio do Estado de São Paulo? Esta é uma pergunta que a ciência pode responder com precisão, mas podemos inferir com um dado importante, o ciclo de chuvas alterado, a diminuição de chuvas, causando a escassez de água.

         Com menos água, há a possibilidade do surgimento de áreas parecidas com o semiárido, tornando difícil e elevado o custo da produção de alimentos e a criação de rebanhos. A produtividade e produção por hectare paulista poderá diminuir, ocasionando a desvalorização das terras, aumentando o risco da atividade econômica. A desvalorização das terras significa menor capacidade de contrair empréstimos junto a instituições financeiras, pois as garantias serão menores. Os efeitos resultantes de uma dura realidade possível representam um risco alimentar para a população de São Paulo.

         Este potencial cenário pode ser confirmado ou não pela ciência, por isso, os pesquisadores de diversas áreas têm um papel importante no enfrentamento deste problema. O objetivo não é difundir o alarmismo e o pânico, mas promover a orientação de políticas públicas que apresentem maior benefício do que custo.

         O Estado de São Paulo pode fazer algo como utilizar de sua estrutura tecnológica e científica para a preservação da floresta e a criação de atividades econômicas sustentáveis na Amazônia. É um investimento para as futuras gerações, é a possibilidade da continuidade viável do agronegócio paulista. Esta é uma questão que não dá para ser resolvida de forma isolada, cada ente da federação será atingido de alguma forma caso não seja criada uma alternativa para a Amazônia.

O efeito da atual política ambiental do governo federal causa um maior custo do que benefício para a sociedade. Os impactos vão além da região amazônica. Caso não haja uma mudança de rota, os malefícios poderão apresentar seus efeitos nas gerações futuras.

A sobrevivência do agronegócio de São Paulo pode estar em risco, o que torna urgente uma atitude por parte das nossas lideranças políticas, econômicas e financeiras, fundamentada no parecer científico de várias áreas. Houve um momento em que a Amazônia era exclusivamente uma preocupação ambiental, agora é uma preocupação de todos, e mais ainda dos detentores dos meios de produção, que dependem do clima e das chuvas para tornarem suas atividades econômicas viáveis. Ainda dá tempo para reverter a tragédia anunciada, só que a mobilização e a atitude construtiva é dever de  todos. Caso o governo federal não seja capaz de solucionar o problema, isso significará a perda de soberania interna, os Estados da federação terão que se unir e apresentar alternativas que venham a surtir resultados na real preservação da floresta Amazônica, pois o problema atinge a todos.

Os Estados da federação brasileira devem se unir como fizeram para enfrentar a pandemia da COVID-19 e criar uma estratégia para solucionar o problema da Amazônia, pois o governo federal vem demonstrando incapacidade de realizar este enfrentamento. Ainda dá tempo, o problema é de todos, a solução está na ação conjunta por parte de todos.

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