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domingo, 25 de março de 2018

O Professor é o Mediador !


O professor é o mediador, é o tutor do aluno, deve inspirar e motivar o sentido da aprendizagem. Fazer o aluno, da rede pública, ir além dos limites impostos pela sua condição socioeconômica. Conscientizá-lo de que terá que lutar muito para superar a sua condição de vida, e mostrar que é possível vencer os desafios a partir de muito empenho e dedicação. O desafio da vida está em existir de forma digna e libertadora, inserido na sociedade, executando um trabalho que faça sentido para vida e traga a felicidade para o seu próximo. A escola não só educa como forma o cidadão do amanhã, o mesmo que irá formar a sociedade de um Estado Democrático de Direito. Para sabermos como será o Brasil nas próximas gerações, é só perguntar como está a educação pública do país, se o aluno é formado para ser um cidadão, se a escola tem uma infraestrutura ágil e atualizada para os desafios do século XXI e se o professor é valorizado como profissional, sejam nas atitudes, seja na remuneração mensal. Um país sem educação pública de qualidade é um país sem futuro, ainda mais quando 70% da população dependem do ensino público para se desenvolver com pessoa e profissionalmente. Uma revolução no ensino público para melhor é possível, muitos países desenvolvidos atualmente fizeram a sua revolução educacional e abriram uma nova perspectiva de vida para a sua população, algo que ocorreu em duas gerações. O Estado brasileiro tem que olhar para frente e seguir o seu próprio destino, para o bem de seus cidadãos.

A constituição da educação como uma política que atende a determinadas demandas sociais, o papel fundamental do professor nesse contexto e, como consequência, um perfil de habilidades e competências necessárias a esse professor. O modo como a escola está cuidando do desenvolvimento cognitivo dos alunos é uma variável estratégica para a sociedade. A forma de estudar, aprender, escutar, ler, escrever, interpretar, expressar e tomar decisões. O desenvolvimento depende cada vez mais de conhecimento, a inteligência é mais importante que a parte física, são as competências sociais e cognitivas superiores.

Se o Estado brasileiro não implementar políticas públicas que valorize a origem social, o respeito a cultura, a melhoria da qualidade de vida, as condições de higiene e moradia das famílias. Não será possível para os filhos destas famílias, terem uma qualidade sociocultural, que os façam terem um desempenho escolar ao nível dos países de primeiro mundo, tendo como exemplo os países nórdicos. O problema da educação no Brasil começa na família, que está desestruturada, por ser tratada como uma coisa na economia capitalista neoliberal, e não como uma instituição da sociedade, que deve ser preservada, protegida e valorizada.

Uma escola, que possa fornecer uma educação de qualidade, para um aluno da classe social menos favorecida, faz enorme diferença no seu futuro. É o diferencial entre o fracasso e o sucesso deste aluno. A qualidade do trabalho do professor é fundamental, para isso este profissional tem que ser valorizado, ser bem remunerado, ser respeitado como profissional que tem um curso superior, quando não é pós-graduado. Uma política de Estado que tenha como fundamento a valorização da educação e do profissional da educação é estratégico para o desenvolvimento da sociedade. O desenvolvimento sustentável do Brasil passa pela educação e a valorização do professor.