O professor é o
mediador, é o tutor do aluno, deve inspirar e motivar o sentido da
aprendizagem. Fazer o aluno, da rede pública, ir além dos limites impostos pela
sua condição socioeconômica. Conscientizá-lo de que terá que lutar muito para
superar a sua condição de vida, e mostrar que é possível vencer os desafios a
partir de muito empenho e dedicação. O desafio da vida está em existir de forma
digna e libertadora, inserido na sociedade, executando um trabalho que faça
sentido para vida e traga a felicidade para o seu próximo. A escola não só educa
como forma o cidadão do amanhã, o mesmo que irá formar a sociedade de um Estado
Democrático de Direito. Para sabermos como será o Brasil nas próximas gerações,
é só perguntar como está a educação pública do país, se o aluno é formado para
ser um cidadão, se a escola tem uma infraestrutura ágil e atualizada para os
desafios do século XXI e se o professor é valorizado como profissional, sejam
nas atitudes, seja na remuneração mensal. Um país sem educação pública de qualidade
é um país sem futuro, ainda mais quando 70% da população dependem do ensino
público para se desenvolver com pessoa e profissionalmente. Uma revolução no
ensino público para melhor é possível, muitos países desenvolvidos atualmente
fizeram a sua revolução educacional e abriram uma nova perspectiva de vida para
a sua população, algo que ocorreu em duas gerações. O Estado brasileiro tem que
olhar para frente e seguir o seu próprio destino, para o bem de seus cidadãos.
A constituição da
educação como uma política que atende a determinadas demandas sociais, o papel
fundamental do professor nesse contexto e, como consequência, um perfil de
habilidades e competências necessárias a esse professor. O modo como a escola
está cuidando do desenvolvimento cognitivo dos alunos é uma variável
estratégica para a sociedade. A forma de estudar, aprender, escutar, ler,
escrever, interpretar, expressar e tomar decisões. O desenvolvimento depende
cada vez mais de conhecimento, a inteligência é mais importante que a parte
física, são as competências sociais e cognitivas superiores.
Se o Estado brasileiro
não implementar políticas públicas que valorize a origem social, o respeito a
cultura, a melhoria da qualidade de vida, as condições de higiene e moradia das
famílias. Não será possível para os filhos destas famílias, terem uma qualidade
sociocultural, que os façam terem um desempenho escolar ao nível dos países de
primeiro mundo, tendo como exemplo os países nórdicos. O problema da educação
no Brasil começa na família, que está desestruturada, por ser tratada como uma
coisa na economia capitalista neoliberal, e não como uma instituição da
sociedade, que deve ser preservada, protegida e valorizada.
Uma escola, que possa
fornecer uma educação de qualidade, para um aluno da classe social menos
favorecida, faz enorme diferença no seu futuro. É o diferencial entre o
fracasso e o sucesso deste aluno. A qualidade do trabalho do professor é
fundamental, para isso este profissional tem que ser valorizado, ser bem
remunerado, ser respeitado como profissional que tem um curso superior, quando
não é pós-graduado. Uma política de Estado que tenha como fundamento a
valorização da educação e do profissional da educação é estratégico para o
desenvolvimento da sociedade. O desenvolvimento sustentável do Brasil passa
pela educação e a valorização do professor.
Um comentário:
INCRÍVEL!
Postar um comentário