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domingo, 11 de março de 2018

O Limite do Agir !



         Imagina se pudéssemos pensar junto com outra pessoa, sobre ideias e questões diversas. Às vezes o que poderia ser um absurdo, na visão do senso comum, poderia ser uma grande descoberta, algo que revolucionaria o mundo. Sendo assim, não temos o direito de destruir, sufocar ideias e comportamentos, só porque fogem a um padrão.

         O homem pode ser a medida de todas as coisas no que se refere a sua própria vida, quando seu comportamento foge totalmente aos padrões por opção, onde se conhece as relações entre mente e cérebro. Cada pessoa é singular, deve-se preservar a sua integridade.

         Muitas vezes nada sabemos sobre a pessoa que está diante de nós, o significado mais profundo das coisas que a pessoa faz ou diz a importância e pertinência dessas coisas no todo de sua vida, por quais vias passou e como significou tais vivências, como foi se tornando o que é como sobreviveu às adversidades, nada sabemos. Como nada sabemos e nada podemos afirmar sem sabê-lo, o primeiro passo é conhecer.

         Só podemos conhecer uma pessoa, se ela contar a sua história, desde suas lembranças mais antigas, até o momento presente. A história da pessoa contada por ela mesma, sem direcionamentos. Só assim, pode-se ter dados significativos a serem compreendidos e contextualizados. O objetivo é compreender a circunstância existencial da pessoa, sua visão de mundo e a razão par ser no mundo.

         Não há verdades pré-estabelecidas quando se trata da forma de vida de uma pessoa, o que há é uma razão para ser no mundo, o que leva a pensar e agir de forma singular, onde os padrões não são reconhecidos e nem identificados. Só assim evolui a humanidade, através de pessoas originais, que estão libertas do senso comum e passam a trilhar o próprio caminho. Somos chamados à vida para ser, existir no mundo é ser.

         A humanidade precisa de pessoas originais para poder liderar e até superar os desafios do terceiro milênio, não será pela repetição de antigos modelos existências que a humanidade irá encontrar a sustentabilidade, o equilíbrio, a longevidade, a justiça social. O que se faz necessário é o estabelecimento de um novo a paradigma existencial, onde se redefina o sentido da vida, da sociedade, de um Estado. A humanidade tem que decidir se é um valor o bem comum, que  deve ser cultivado e até almejado.

         O limite do agir está diretamente conectado com o modelo ético que se quer para a humanidade. A busca da felicidade com alteridade. A felicidade do sujeito singular vai além de si e alcança o próximo, existe uma conexão íntima entre o Eu e o Outro, tudo vive uma interseção existencial.

         O imperativo categórico de Kant faz sentido, onde o dever de toda pessoa é agir conforme princípios os quais considera que seriam benéficos caso fossem seguidos por todos os seres humanos. Aí talvez esteja o limite de todo agir, mesmo que os fins justifique uma ação.





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