Imagina
se pudéssemos pensar junto com outra pessoa, sobre ideias e questões diversas. Às
vezes o que poderia ser um absurdo, na visão do senso comum, poderia ser uma
grande descoberta, algo que revolucionaria o mundo. Sendo assim, não temos o
direito de destruir, sufocar ideias e comportamentos, só porque fogem a um
padrão.
O
homem pode ser a medida de todas as coisas no que se refere a sua própria vida,
quando seu comportamento foge totalmente aos padrões por opção, onde se conhece
as relações entre mente e cérebro. Cada pessoa é singular, deve-se preservar a
sua integridade.
Muitas
vezes nada sabemos sobre a pessoa que está diante de nós, o significado mais
profundo das coisas que a pessoa faz ou diz a importância e pertinência dessas
coisas no todo de sua vida, por quais vias passou e como significou tais
vivências, como foi se tornando o que é como sobreviveu às adversidades, nada
sabemos. Como nada sabemos e nada podemos afirmar sem sabê-lo, o primeiro passo
é conhecer.
Só
podemos conhecer uma pessoa, se ela contar a sua história, desde suas
lembranças mais antigas, até o momento presente. A história da pessoa contada
por ela mesma, sem direcionamentos. Só assim, pode-se ter dados significativos
a serem compreendidos e contextualizados. O objetivo é compreender a circunstância
existencial da pessoa, sua visão de mundo e a razão par ser no mundo.
Não
há verdades pré-estabelecidas quando se trata da forma de vida de uma pessoa, o
que há é uma razão para ser no mundo, o que leva a pensar e agir de forma
singular, onde os padrões não são reconhecidos e nem identificados. Só assim
evolui a humanidade, através de pessoas originais, que estão libertas do senso
comum e passam a trilhar o próprio caminho. Somos chamados à vida para ser,
existir no mundo é ser.
A
humanidade precisa de pessoas originais para poder liderar e até superar os
desafios do terceiro milênio, não será pela repetição de antigos modelos existências
que a humanidade irá encontrar a sustentabilidade, o equilíbrio, a longevidade,
a justiça social. O que se faz necessário é o estabelecimento de um novo a paradigma
existencial, onde se redefina o sentido da vida, da sociedade, de um Estado. A
humanidade tem que decidir se é um valor o bem comum, que deve ser cultivado e até almejado.
O
limite do agir está diretamente conectado com o modelo ético que se quer para a
humanidade. A busca da felicidade com alteridade. A felicidade do sujeito
singular vai além de si e alcança o próximo, existe uma conexão íntima entre o
Eu e o Outro, tudo vive uma interseção existencial.
O
imperativo categórico de Kant faz sentido, onde o dever de toda pessoa é agir
conforme princípios os quais considera que seriam benéficos caso fossem
seguidos por todos os seres humanos. Aí talvez esteja o limite de todo agir,
mesmo que os fins justifique uma ação.
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