As
eleições de 2018 no Brasil representam uma Guerra Antagônica, é a luta de
ideias opostas pela hegemonia de um modelo mental no imaginário do eleitor. O
país está dividido, não há um consenso em torno de uma modelo de pensamento que
venha unir o povo na direção de um destino comum.
A
vitória de uma ideia não representa uma estabilidade política por médio e longo
prazo, pois a história caminha de forma dialética, a cada momento uma tese é
superada por uma antítese e a nova tese se impõe historicamente, só que o
movimento dialético não para. Ou seja, a democracia brasileira caminha de
crises em crises, que são as demolições de paradigmas estabelecidos e a troca
por outros novos paradigmas.
A
polarização representa a falta de alternativas e criatividade da política por
parte dos políticos no Brasil. Podemos dividir basicamente em dois polos os
modelos de pensamento, como: Um modelo socialista estatizante com forte
participação do Estado na criação de riqueza e um modelo neoliberal
privatizante com a mínima participação do Estado na criação de riqueza.
Para
unir o país, nós eleitores precisamos ir por um caminho do meio, que valorize o
papel do Estado na criação de políticas sociais com a promoção da justiça social,
a diminuição da pobreza e miséria, e também a valorização da iniciativa privada
através da liberdade de ação e criatividade para a geração de negócios e
oportunidades de trabalho e renda.
A
função do Estado é de um agente regulador da iniciativa privada, que evite os
desiquilíbrios econômicos e sociais. É ser transparente, economicamente justo,
com uma carga tributária que não inviabilize a atividade econômica da
iniciativa privada e tenha um tamanho sustentável para viabilizar a longevidade
das gerações futuras. As despesas do Estado têm que ser menores que as
receitas, o Estado tem que ser superavitário responsável fiscalmente.
Cada
eleitor tem que estar atento para o tipo de discurso político econômico
realizado pelos candidatos a um cargo eletivo. Está na hora do eleitor
fiscalizar os orçamentos fiscais aprovados pelas câmaras legislativas, pois
representam o destino e a aplicação dos impostos pagos por cada eleitor. Deve votar
no candidato que estiver mais comprometido com a estabilidade econômica e o
equilíbrio fiscal do Estado. O cidadão brasileiro deve saber que o Estado é
formado pela Federação, Estados e Municípios. E em 2018 estamos elegendo
representantes para a Federação, Estados e Municípios.
O
equilíbrio só pode ser alcançado com a negociação entre os representantes
antagônicos de visões de mundo opostos, para tornar a sociedade mais próspera e
feliz é necessária à convergência para aspectos comuns, como políticas que
melhorem a educação, a saúde, o aumento da renda, a geração de oportunidades e
trabalho. A divisão enfraquece, a união fortalece para o enfrentamento dos
desafios do novo milênio, a mecanização massiva do campo, a revolução
industrial 4.0, o impacto da tecnologia aliada à internet nas áreas de serviço,
o inchaço urbano das grandes cidades, a geração de trabalho e renda para a população, a ecologia e
outros desafios mais.
Sé
há um novo paradigma político econômico emergindo é o paradigma do equilíbrio, da
sustentabilidade, do bem estar e da longevidade da vida social de uma nação, em
todos os aspectos possíveis, sejam na política, na economia, na ecologia e na
vida social. Devemos questionar: Para que objetivo serve a busca incessante de
eficiência para se obter a eficácia? Será que podemos obter a mesma eficácia
com menos eficiência? Onde possamos valorizar mais o tempo útil, o ócio
criativo, as artes, o filosofar, o ser religioso, o contemplar a natureza, o
ser Homo Humanus.
A
política brasileira tem que ir para além de uma guerra antagônica e viver um
momento de lucidez pacífica, na qual faça a nação se voltar para o futuro. As
mudanças na história não param e os impactos serão inevitáveis, podemos nos
preparar ou não para o futuro, é uma questão de posicionamento, eu como eleitor
gostaria de votar em um político que olhe para o frente, para o futuro, pois já
não temos mais condição econômica que mantenha as velhas estruturas que impeçam
a evolução do país, do povo brasileiro. A saída e solução para os problemas
estão no futuro, o presente serve para preparar a recepção do futuro.
O
caminho do meio é uma das soluções para a Guerra Antagônica na Política
Brasileira, as polarizações não fazem sentido, o que o eleitor quer são
representantes que catalisem soluções para os problemas atuais e dê uma direção
para o futuro, o eleitor quer mais que um político, quer um estadista. Aquele
que transforme democraticamente o modelo mental da sociedade, na qual passe a
pensar de forma conciliadora e unificada.
A
eleição de representantes políticos é um momento especial que o eleitor tem
para fazer política, para ser político, para sonhar e depois cobrar,
acompanhar, estar atento, na busca de um país mais justo, mais próspero. Se um
candidato não apresentar características democráticas que possam fazer o povo
feliz, este não merece os votos do eleitor. O futuro do eleitor está na sua
participação política, no seu ato cívico, que não termina com as eleições dos
representantes políticos, mas continua com o acompanhamento sistemático e a
cobrança da realização de suas promessas durante o período eleitoral.
A
atual crise política e econômica brasileira propicia o surgimento de um novo
cidadão, o Homo politicus economicus, mais consciente, mais exigente, mais
alerta, mais crítico, mais conectado, que pensa o macro e o micro de forma
pragmática, o que quer soluções e resultados. O político que terá longevidade
será o político que represente o futuro, que tenha um olhar para frente com
bases do passado, fundamentados no presente. E atenda o desejo democrático da
maioria do povo brasileiro, o seu cidadão brasileiro quer um político com características de um estadista.
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