O
líder político tem como dever ser justo, praticar a justiça e defender a justiça.
Uma sociedade justa se faz na construção histórica do processo político desta sociedade.
Nada surge do nada, mas é constituído de um passado histórico. O presente
representa os sonhos futuro do passado, se quisermos ter um futuro mais justo,
temos que no presente romper com as amarras do passado, e direcionar as ações
para um futuro sonhado. A justiça social é possível, basta que a sociedade
tenha como princípio político a prática da justiça social.
A justiça social é a
que tende ao bem coletivo, à prosperidade de todos para que todos vivam na
plenitude da sua dignidade pessoal. Existe a justiça infra social, própria de
toda sociedade, a que se funda na coordenação da comunidade humana pelo
exercício da política, na subordinação aos princípios de ordenação social. Para
aprofundarmos o conceito do princípio de justiça vejamos o que diz Aristóteles:
“Justiça:
descrita como disposição do caráter que funda o agir com justiça, fazendo
desejar o que é justo. A atividade do homem (na ética, o seu agir) revela e ao
mesmo tempo constitui o seu modo de ser (o seu caráter), explicitando-se a
circularidade constitutiva entre ser (estar constituído com um determinado
caráter) e o agir.” (ARISTÓTELES)
Assim
podemos fazer as seguintes perguntas: Onde cada cidadão político se situa na
sua prática de cidadania? Como podemos definir o perfil de nossos líderes
políticos? Eles são justos? A sociedade brasileira é justa? Como podemos
renovar o mandato de políticos injustos?
O
exercício da política tem o seu ápice no voto, nas eleições. Está na hora de
mudarmos o futuro a partir do presente. Eleger políticos realmente justos,
comprometidos com a prática da justiça social. Que façam de seus mandatos a
oportunidade de transformação da sociedade.
O
futuro só existe porque houve um passado, e há um presente com o compromisso de
criar o futuro. Ao olhar a história, faz surgir o novo e impede que o passado
perpetue. Esta é a oportunidade para a mudança, de não impedir o inevitável, mas fazer surgir o
princípio de justiça social capaz de modelar o comportamento social. Chauí afirma que:
“Vivemos num mundo dominado por aquilo que a
ideologia dominante convencionou designar como “progresso tecnológico”.
Resultado da exploração física e psíquica de milhares de homens, mulheres e
crianças, da domesticação de seus corpos e espíritos por um processo
fragmentado desprovido de sentido, da redução de sujeitos à condição de objetos
sócio-econômicos, manipuláveis politicamente e pelas estruturas da organização
burocrático-administrativa, o “progresso” sequestra a identidade pessoal, a
responsabilidade social, a direção política e o direito à produção da cultura
por todos os não-dominantes.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário