A
sociedade marginalizada do mundo do trabalho grita por justiça social. O que forma
o preço de um produto são os impostos, a soma dos custos, mais a soma das despesas
e a margem de lucro, para tornar a atividade econômica sustentável.
O
trabalho humano é visto pelo sistema capitalista atual como um custo e como uma
despesa, o que é capaz de reduzir a margem de lucro, quando o preço de venda
tem que ser competitivo. Assim, o trabalho humano não tem agrega valor é uma
coisa, um objeto, um recurso que tem que ser minimizado na atividade econômica.
Ser
socialmente comprometido com o valor humano é pensar de forma diferente, ou
seja, é ter como valor máximo o trabalho humano, que gera mercado de consumo e
justiça social, na medida em que a renda proporciona uma vida digna.
O
capitalismo pode ser socialmente justo se passar a valorizar as atividades
econômicas, que empregam pessoas e pagam salários capazes de proporcionar uma
vida digna. A sociedade do futuro terá uma Ethos Social, valorizará as
atividades econômicas, que vejam o trabalho humano como uma forma de agregar
valor a sociedade. Serão capazes de pagar mais para poder gerar justiça social.
A pergunta que farão, será: Onde o meu dinheiro pode fazer a diferença no
mundo?
O
Brasil é um país que está por definir o seu Ethos Social, pois politicamente tem
um movimento pendular entre uma economia Capitalista Neoliberal e uma economia regulada
pelo aparato estatal, voltada para uma sociedade sustentada por programas
sociais, e que por um longo período de tempo se demonstra economicamente
insustentável.
A
política ideal é promover atividades econômicas que forem Socialmente
Comprometidas com o Valor Humano. E inibir atividades econômicas que não forem
Socialmente Comprometidas com o Valor Humano. Que sentido há para a existência
de uma atividade econômica, na medida em que não traz benefício social? O
Capitalismo do Futuro responderá a essa pergunta, mostrará nas suas operações
que muito mais que lucro, ele é capaz de gerar emprego e pagar salários dignos.
E o que é um salário digno no Brasil? Segundo a CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988.
Art.
3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma
sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o
desenvolvimento nacional;
III
- erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais;
IV - promover o bem de
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação.
Como podemos ver, para
que o inciso III, do artigo 3º da Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988 se torne realidade existencial no Brasil é preciso que a
economia adote um modelo de Capitalismo Socialmente Comprometido com o Valor
Humano, na medida em que gera valor com o trabalho humano. E a forma de inviabilizar
a atividade econômica, que não esteja comprometida com o Valor Humano é elevar
a taxação de impostos a níveis que não tenha como se desenvolver e crescer tal
atividade. Realizar a importação de bens e serviços de países que estejam
comprometidos com o Valor Humano, que tenham modelos de proteção social e
paguem salários justos.
Conforme a CLT,
Consolidação das Leis do Trabalho – o Salário Mínimo no Art. 76 - Salário
mínimo é a contraprestação mínima devida e paga diretamente pelo empregador a
todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distinção de sexo, por
dia normal de serviço, e capaz de satisfazer, em determinada época e região do
País, as suas necessidades normais de alimentação,
habitação, vestuário, higiene e transporte. Fica a pergunta: O Salário
Mínimo no Brasil é capaz de satisfazer as necessidades do trabalhador? Com, alimentação, habitação, vestuário, higiene
e transporte? Uma sociedade com um sistema economicamente justo tem que ser
capaz de proporcionar salários justos, este é o Capitalismo Socialmente
Comprometido o Valor Humano, é o Capitalismo Social, onde o Ser Humano não é um
recurso, um custo ou despesa, mas um valor a partir de um Ethos Social.