Segundo Gadamer, “a harmonia de todos os detalhes com o todo
é o critério da compreensão correta.”
O leitor ao interpretar
um texto, move-se de um significado projetado do todo para as partes, e então
volta para o todo. É a forma como se move a hermenêutica na história efetiva.
Segundo Gadamer, “este processo de compreensão é a interação
entre o movimento da tradição e o movimento do intérprete.”
Um exemplo são as
formas como a República de Platão é interpretada, entre o movimento da tradição
e o movimento do intérprete, e com base na leitura do texto original, efetua-se
um exame dessa leitura à luz de outras interpretações de Platão, que
estabelecem uma unidade de significado para o texto.
Segundo Gadamer, “a tradição enquanto linguagem herdada,
oferece a antecipação do significado, enquanto o intérprete, através de seu
juízo crítico, continua a formar a tradição.”
Ou seja, a hermenêutica
na história efetiva ocorre ao longo da formação da tradição, pelo processo de
compreensão do intérprete, constroem-se formas textuais que se deslocam de
forma harmônica do todo para as partes, e então volta para o todo. Assim
forma-se a epistemologia da verdade e método, que explica como justificamos
nossos preconceitos no evento da compreensão filosófica.
A
percepção do mundo da vida é a experiência realmente vivida, tema universal da
meditação filosófica. Os fenômenos do mundo da vida são dados essenciais. Sua
justificação possível é a partir da descrição da intencionalidade da
consciência. Que ocorre na hermenêutica da história efetiva ao longo da
formação da tradição, pelo processo de compreensão do intérprete, o que explica
como justificamos nossos preconceitos no evento da compreensão filosófica.
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