A Universidade de hoje forma ou modela?
Um
estudante de hoje caminha para a verdade, busca a verdade e está rumo ao
conhecimento capaz de se formar?
Ou
está em busca de um diploma para atender as necessidades e interesses do “Mercado
de Trabalho”?
Por
uma reflexão sobre o que significa estudar, se formar e poder informar,
influenciar, criar e desenvolver.
Estamos
rumo a direção do que? De um mundo mais concreto, edificante ou fragmentado,
sem coordenação?
Acredito
que a causa passa pela falta de visão de longo prazo, que possibilite a
construção de modelos filosóficos para a edificação social.
Hoje
não há mais idealismo, uma “utopia” para viver, um sonho para construir, que
possibilite o surgimento de líderes comprometidos com a ética, moral, valores e
verdades.
Quem
são nossos professores? Formadores de opinião, construtores e questionadores de
ideias, por onde podemos caminhar?
Será
que iremos cair no empirismo existencial? Onde não sejamos mais capazes de usar
a razão para se aproximar da verdade, mas acreditar e aceitar apenas as
experiências sensíveis que fazemos do mundo?
É
a momentânea vitória do mito das verdades das ciências exatas, naturais e utilitárias.
E o que é útil?
A busca da verdade pelo
uso da razão, ou o uso de metodologias científicas baseadas nas experiências sensíveis?
Não podemos esquecer
que a base do conhecimento humano parte do questionamento, de uma visão crítica
oriunda do estudo profundo e constante da realidade material e imaterial. Na
realidade humana, as verdades são relativas conforme a localização do Homem no
espaço e tempo de sua história. Não há verdades absolutas oriundas na razão
humana, mas um cenário, uma perspectiva da verdade, a qual a cada passo vai
descortinando o mito, o sonho e posicionando o Homem para o futuro, para a
verdade descoberta.
Estamos diante do
deslumbre material, com a fartura de recursos tecnológicos e científicos, a
sociedade contemporânea está afetada pelo mundo materialista, sensível aos
sentidos humanos e menos racionais, intelectualizados pelo profundo estudo da
realidade humana.
Tenho a opinião de que
a verdade transcende a capacidade humana, a possibilidade de compreendê-la na
sua totalidade, ou seja:
“Só sei, que
nada sei.”
(Sócrates)
Se existe um caminho, é
o caminho do estudo, da busca constante, do inconformismo com a dúvida
intelectualmente responsável. É a postura ideal de um estudante de nível
superior. Somos o que nos permitimos ser.
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