O
ano de 2020 será marcado pelo início da conscientização, de que estamos vivendo
um ponto de inflexão na história econômica do mundo vigente. A relação de
trocas e geração de riqueza é uma técnica, que pode existir em na dinâmica de
qualquer ideologia política. A questão é: Quais princípios serão valorizados e
defendidos para definir um modo de ser? O princípio do bem comum, da liberdade,
da sustentabilidade, da justiça, do amor e respeito ao próximo, do desenvolvimento,
do crescimento, da cidadania, da autodeterminação? Essas são as questões, que
estão no jogo do mundo dos negócios, e mais ainda, na formação de uma ética que
define o sentido da destinação do lucro de um empreendimento. Vejo como um
ponto de luz na escuridão do modelo econômico vigente, no artigo: “O ano em
que o capitalismo se tornou fofo” [...] Mundo dos negócios parece ávido por
se provar um agente social construtivo. (Folha de São Paulo, Tradução de
Paulo Migliacci)
O
que irá sobreviver ao turbilhão de mudanças do século XXI? Esta é uma resposta
que está em construção, e existem princípios e direitos fundamentais da vida
humana que devem ser preservados, com a definição do que é normal, e o que o
que não é normal e inaceitável por uma sociedade civilizada e próspera, como
está dito nas palavras do filósofo Mário Sérgio Cortella: “Não é Normal”
[...] “Não é normal gente ter fome. Não ter socorro médico, não ter trabalho,
nada disso pode ser entendido como normal. Se não aceitamos a morte da
esperança”. O ponto de inflexão é a morte, ou não, do futuro. Não seremos
nós, mas as futuras gerações que viverão as consequências das decisões do
presente, todos nós somos os responsáveis pela construção de um caminho de
esperança, e mais ainda mais responsáveis os detentores dos meios de construção
de uma sociedade mais justa e sustentável, com perspectiva de continuidade de
sua existência no planeta terra.
O
mundo está em transição, na verdade buscando um novo caminho, existem os
otimistas e pessimistas, mas a história humana sempre foi capaz de apresentar
novas utopias, o momento é de diálogo maduro, sem pré-conceitos, na busca de soluções
sustentáveis independente do espectro ideológico da política. Não é o
capitalismo, socialismo ou comunismo que devem sobreviver, mas a técnica de
relação de trocas para o atendimento das necessidades de sobrevivência e
reprodução. Assim, pergunta-se: Qual é o fim da vida? Para que vivemos? Em que
mais acreditamos? O que podemos entender como normal, justo e capaz de gerar o
bem comum, a partir do respeito da liberdade e direitos civis de cada ser
humano? Se construirmos os caminhos e as respostas, um novo mundo surgirá,
capaz de gerar prosperidade para todos.
Referências:
- ANDREW Edgecliffe-Johnson. O ano
em que o capitalismo se tornou fofo. Attracta Mooney – Publicado
na: Financial Times. Disponível na Folha de São Paulo em: < https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/12/o-ano-em-que-o-capitalismo-se-tornou-fofo.shtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwa
>. Acesso em 25/12/2019.
- CORTELLA, Mário Sérgio. Não é Normal.
Disponível no Instagram em: < https://www.instagram.com/tv/B6VQ7HeJdIi/?igshid=1nrrnvk800vit
>. Acesso em 25/12/2019.