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quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

O que podemos esperar para 2020 ?





         O ano de 2020 será marcado pelo início da conscientização, de que estamos vivendo um ponto de inflexão na história econômica do mundo vigente. A relação de trocas e geração de riqueza é uma técnica, que pode existir em na dinâmica de qualquer ideologia política. A questão é: Quais princípios serão valorizados e defendidos para definir um modo de ser? O princípio do bem comum, da liberdade, da sustentabilidade, da justiça, do amor e respeito ao próximo, do desenvolvimento, do crescimento, da cidadania, da autodeterminação? Essas são as questões, que estão no jogo do mundo dos negócios, e mais ainda, na formação de uma ética que define o sentido da destinação do lucro de um empreendimento. Vejo como um ponto de luz na escuridão do modelo econômico vigente, no artigo: “O ano em que o capitalismo se tornou fofo” [...] Mundo dos negócios parece ávido por se provar um agente social construtivo. (Folha de São Paulo, Tradução de Paulo Migliacci)
         O que irá sobreviver ao turbilhão de mudanças do século XXI? Esta é uma resposta que está em construção, e existem princípios e direitos fundamentais da vida humana que devem ser preservados, com a definição do que é normal, e o que o que não é normal e inaceitável por uma sociedade civilizada e próspera, como está dito nas palavras do filósofo Mário Sérgio Cortella: “Não é Normal” [...] “Não é normal gente ter fome. Não ter socorro médico, não ter trabalho, nada disso pode ser entendido como normal. Se não aceitamos a morte da esperança”. O ponto de inflexão é a morte, ou não, do futuro. Não seremos nós, mas as futuras gerações que viverão as consequências das decisões do presente, todos nós somos os responsáveis pela construção de um caminho de esperança, e mais ainda mais responsáveis os detentores dos meios de construção de uma sociedade mais justa e sustentável, com perspectiva de continuidade de sua existência no planeta terra.
         O mundo está em transição, na verdade buscando um novo caminho, existem os otimistas e pessimistas, mas a história humana sempre foi capaz de apresentar novas utopias, o momento é de diálogo maduro, sem pré-conceitos, na busca de soluções sustentáveis independente do espectro ideológico da política. Não é o capitalismo, socialismo ou comunismo que devem sobreviver, mas a técnica de relação de trocas para o atendimento das necessidades de sobrevivência e reprodução. Assim, pergunta-se: Qual é o fim da vida? Para que vivemos? Em que mais acreditamos? O que podemos entender como normal, justo e capaz de gerar o bem comum, a partir do respeito da liberdade e direitos civis de cada ser humano? Se construirmos os caminhos e as respostas, um novo mundo surgirá, capaz de gerar prosperidade para todos.

         Referências:

- ANDREW Edgecliffe-Johnson. O ano em que o capitalismo se tornou fofo. Attracta MooneyPublicado na: Financial Times. Disponível na Folha de São Paulo em: < https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/12/o-ano-em-que-o-capitalismo-se-tornou-fofo.shtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=social&utm_campaign=compwa >. Acesso em 25/12/2019.

- CORTELLA, Mário Sérgio. Não é Normal. Disponível no Instagram em: < https://www.instagram.com/tv/B6VQ7HeJdIi/?igshid=1nrrnvk800vit >. Acesso em 25/12/2019.

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