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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

O Objetivo da Filosofia !




         O objetivo da filosofia, para Adam Smith, é “revelar as conexões ocultas que unem os vários fenômenos naturais”. Na contemporaneidade, o comunismo talvez seja a mais bem-sucedida ideologia política já planejada no papel, mas ao ser colocado em prática demonstra ser uma falácia. Já outras ideologias menos planejadas surgem no seio da sociedade de forma espontânea, como: O conservadorismo, o liberalismo e o republicanismo e são bem sucedidas ao serem colocadas em prática, não resolvem todos os problemas, mas formam uma visão de mundo e constroem no presente o futuro. Existem também ideologias sombrias, como: O nazismo, o fascismo e o racismo que marcaram e mancharam a história da humanidade.
         A tradição filosófica europeia sofre influência de uma série de notas de rodapé a Platão, nascido há quase dois mil e quinhentos anos. De uma forma ou de outra os filósofos que vieram depois desenvolveram e aperfeiçoaram suas ideias através de uma interação criativa ou uma reação às suas ideias.
         Ser platônico é aceitar como verdadeiras as doutrinas de Platão sobre ética, política, estética e mais. Acreditar na existência de um reino das realidades eternas e imutáveis, distinto do mundo mutável das experiências cotidianas. Parecido com a concepção cristã, que crê na existência de um DEUS (Ser) que vive em um lugar para além da vida terrena, o céu, onde as realidades são eternas e imutáveis.
         As entidades platônicas são a causa de tudo quanto à fonte de todo valor e significado; o exame de sua natureza transcendental e a maneira como adquirimos conhecimento a respeito delas é a característica mais distintiva da filosofia de Platão.
         Para Platão o conhecimento do mundo que nos rodeia é imperfeito e mutável. O que julgamos saber do mundo não é conhecimento, mas uma opinião uma conjectura. O que é conhecido deve ser perfeito, eterno e imutável, e como nada na nossa experiência cotidiana (no “reino do vir-a-ser”) se encaixa nessa descrição, deve haver um “reino do Ser” transcendental com paradigmas ou modelos perfeitos e imutáveis. A isso, Platão chama de Formas ou Ideias, e é em virtude da imitação ou cópia que as coisas da nossa vivência em nosso mundo terreno são como são.
         E como adquirimos conhecimento dessas Formas transcendentais? Para Platão devemos ter conhecido as Formas quando estávamos em um estado anterior e que agora estamos envolvidos em um processo não de aprendizagem, mas de recordação. A nossa alma imortal existe antes de ocupar um corpo físico. É o processo de corporificação que sobrecarrega a alma e faz com que esqueça o conhecimento adquirido anteriormente no contato direto com as Formas e o reino do ser.

“Devemos fugir da terra em direção ao céu tão
rapidamente quanto possível; e fugir significa
tornar-se semelhante a Deus, tanto quanto isso
é possível; e tornar-se semelhante a Ele quer
dizer tornar-se divino, justo e sábio.”
(Platão, Teeteto, c. 369 a.C.)

         Talvez, esse seja o objetivo da Filosofia na vida do Homem, torná-lo divino, imagem e semelhança do Ser, tão justo e sábio quanto o Ser. Mostrar que o mundo, o reino da matéria não é o fim último, mas o céu, o “reino do Ser” transcendental com paradigmas ou modelos perfeitos e imutáveis. No mais tudo é mutável, é passageiro, é efêmero, não é capaz de dar significado e sentido a vida humana.



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