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domingo, 22 de março de 2015

O jornal como proposta pedagógica !


O jornal é um meio de comunicação impresso, geralmente um produto derivado do conjunto de atividades denominado jornalismo. As características principais de um jornal são: o uso de "papel de imprensa" - mais barato e de menor qualidade que é utilizado por outros materiais impressos; a linguagem própria - dentro daquilo que se entende por linguagem jornalística; e é um meio de comunicação das massas - um bem cultural que é consumido pelas massas. Os jornais têm conteúdo genérico, pois publicam notícias e opiniões que abrangem os mais diversos interesses sociais. No entanto, há também jornais com conteúdo especializado em economia, negócios ou desporto, entre outros. A periodicidade mais comum dos jornais é a diária, mas existem também aqueles com periodicidade semanal, quinzenal e mensal.
Qual é a importância do uso do jornal como ferramenta pedagógica?
O jornal pode ser um ótimo instrumento para contextualizar o conhecimento do aluno. O jornal está comprometido com o momento histórico-social por relatar os fatos do dia-a-dia. Apresenta opiniões e possibilita ao leitor a reflexão e o questionamento. O jornal orienta e redimensiona o entendimento da realidade, o que diz parece ser a absoluta verdade.
Ao utilizar o jornal, o professor deve inter-relacionar as disciplinas, através de uma proposta interdisciplinar, possibilitar o questionamento por parte do aluno, ao ter contato com a realidade transmitida pelo jornal. As aulas tornam-se mais dinâmicas, provocadoras e participativas por parte do aluno, proporcionando discussões em sala de aula para produzir uma nova concepção e visão das coisas que acontecem no mundo.
É a possibilidade de formação da cidadania dos alunos, a partir do momento que há interação com a comunidade, que faz parte de sua história e cultura, traz influencia na relação com a família, com a escola, com a igreja e com o Estado. Assim é fundamental que pense na produção jornalística como produção de palavra. Não é um ato inocente, é uma cadeia de significante e significado. Pode criar novas realidades, pode dar novo sentido à realidade da vida humana. O objetivo é possibilitar ao educando o desenvolvimento de sua capacidade de compreensão e redimensionamento da existência.
Trabalhar com o jornal em sala de aula é utilizar um recurso gerador e provocador do conhecimento, é uma dinâmica que possibilita ao educando interagir com seu momento histórico-social. Assim não se cria indivíduos somente para atuar no mercado de trabalho, mas pessoas sensíveis aos projetos de desenvolvimento de seu país, cidade, enfim, pessoas atentas à sua condição de cidadania.
Nem todos os professores compartilham desta proposta de ensino, pois estão habituados a trabalharem apenas com o material didático a ser utilizado em sala de aula, conforme o conteúdo programático pré-estabelecido. Agir de forma inovadora e ampliar as possibilidades faz o educador mudar sua postura, e também ser diferente como pessoa.
Para os tempos atuais, a escola como instituição deve promover o surgimento de um novo profissional, mas infelizmente o que se vê, é tanto na área cognitiva, como ideologicamente padrões anacrônicos, que não desperta o interesse do educando.
Segundo Idmeia S. Siqueira, professora de linguística e semiótica, o homem atual precisa ser desautomatizado, sensibilizado para ler crítica e criativamente os diversos tipos de mensagens. É na apreensão do conhecimento e do mundo, que se produzir a reflexão. A escola deve abrir suas portas e janelas para o mundo da leitura, que possibilite a relação com os diversos imaginários, viabilizando uma nova dimensão de estar no mundo. O mundo contemporâneo deve preocupar-se em gerar sentido e estimular a cidadania, motivando o potencial de dignidade e amor pela vida.
O importante é buscar o bem comum, e essa busca só sedimenta-se através de uma educação que gere a busca de sentido. O educar é dar sentido e possibilitar a significância do ser humano. Segundo Paulo Feire, o homem deve aprender a falar sua própria palavra e não apenas repetir a do outro.
Hoje está superada a escola, que apenas se preocupa em repassar o conhecimento, reprodutora de padrões ultrapassados, de preconceitos, pouco preocupada com a formação integral do indivíduo, e principalmente com a sua capacidade crítica e reflexiva.
O jornal como proposta pedagógica representa a possibilidade de uma leitura transformadora, na qual o educando pode encontrar o sentido de sua subjetividade, e sua capacidade de mudança e significado. É a oportunidade do aluno, de comunicar-se com a sua comunidade. A educação torna-se um veículo dinâmico de transformação social.
O professor deve proporcionar ao aluno um ambiente de descobertas, de trocas, de inserção na realidade, e o jornal pode ser uma grande descoberta, que torne o futuro do aluno mais amplo para as possibilidades da vida.


 
 
 
 

sábado, 21 de março de 2015

OS QUATRO PILARES DA EDUCAÇÃO PARA O SÉC. XXI !

 
No livro de Jacques Delors “Educação: um tesouro a descobrir”, de 1998, o autor aponta que a educação no século XXI deve ser sustentada por quatro pilares. “À educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo, constantemente, agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permite navegar através dele”. (p. 89) É da necessidade da sociedade do conhecimento, que se tenha uma aprendizagem que dure a vida toda.
Vivemos um momento de transição na sociedade contemporânea, o novo paradigma da educação está em construção para atender as novas demandas. A sociedade do momento é a sociedade da informação, estamos imersos em um mar de dados que nos remete a lugares até então inexplorados, estamos diante da fronteira do desenvolvimento humano, assim se faz necessário a releitura da educação, sua aplicação, sua pedagogia, seu objetivo e sua meta. Uma população bem educada é o começo de um país desenvolvido, integrado e inserido no atual contexto de desenvolvimento sustentável. Os quatro pilares da educação do séc. XXI são:
a) Aprender a Conhecer: O ato de descobrir, construir, desconstruir e reconstruir o conhecimento deve ser agradável para que dure para sempre. Deve-se pensar o novo, reconstruir o velho e reinventar o pensar.
O ato de aprender é uma constante construção e desconstrução feita de forma metodológica, é o uso da dialética que possibilita o diálogo entre o educador e o educando. Com o fácil acesso a informação, o processo de educar tornou-se democrático, já não há um detentor da informação e um aprendiz ainda alheio ao mundo que o rodeia. Este aprendiz quer participar do processo, está envolvido, motivado por aprender. O como fazer é o desafio do séc. XXI.
b) Aprender a Fazer: O aluno deve estar preparado para os desafios que se apresentam. Deve ser estimulado a trabalhar em equipe e, a participar das trocas coletivas. Deve ter iniciativa e comunicar-se de forma a solucionar conflitos. Deve ser flexível.
Em um planeta que tem mais de 7 bilhões de pessoas é de extrema necessidade saber viver em sociedade, realizar os trabalhos em equipe, está preparado a se sacrificar pelo bem da coletividade, para assim poder administrar e solucionar os conflitos. Para poder suportar tamanha pressão, é necessário ser flexível, permeável, ao mesmo tempo um catalisador promotor de transformações sistêmicas importantes para a sociedade.
c) Aprender a Conviver: Aprender com os outros, compreender os demais, esforçar-se para alcançar o bem comum, ser um agente transformador da sociedade.
A cada dia que passa saber conviver com os outros é uma virtude, ter uma atitude de alteridade, a concepção que parte do pressuposto básico de que todo o homem social interage e é interdepende do outro. Assim, como muitos antropólogos e cientistas sociais afirmam a existência do "eu-individual" só é permitida mediante um contato com o outro. Relação de sociabilidade e diferença entre o indivíduo em conjunto e a unidade, onde os dois sentidos interdependem na lógica de que para constituir uma individualidade é necessário um coletivo. Dessa forma eu apenas existo a partir do outro, da visão do outro, o que me permite também compreender o mundo a partir de um olhar diferenciado, partindo tanto do diferente quanto de mim mesmo, sensibilizado que estou pela experiência do contato.
d) Aprender a Ser: Desenvolvimento da sensibilidade, da ética, da responsabilidade. Observar as potencialidades de cada indivíduo.
O saber Ser talvez seja um dos grandes objetivos da educação. Constituir uma formação ética fundante de uma moral a ser seguida, promotora de virtudes que torne o educando um Ser eticamente responsável por seus próprios atos, este é um fim da educação. O Ser humano pode ser melhor a cada dia, depende do processo educacional que se tem.
 
 
 
 
 
 

sábado, 14 de março de 2015

O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM !

 
Devemos responder a duas perguntas:
O que é ensino?
O ensino é uma forma sistemática de transmissão de conhecimentos utilizada pelos humanos para instruir e educar seus semelhantes, geralmente em locais conhecidos como escolas. O ensino pode ser praticado de diferentes formas. As principais são: o ensino formal, o ensino informal e o ensino não-formal. O ensino formal é aquele praticado pelas instituições de ensino, com respaldo de conteúdo, forma, certificação, profissionais de ensino, etc. O ensino informal está relacionado ao processo de socialização do homem. Ocorre durante toda a vida, muitas vezes até mesmo de forma não intencional. O ensino não-formal, por sua vez, é intencional. Em geral é aquele relacionado a processos de desenvolvimento de consciência política e relações sociais de poder entre os cidadãos, praticadas por movimentos populares, associações, grêmios, etc. Os limites entre essas três categorias de educação não são extremamente rígidos, são permeáveis. Pois estamos aprendendo constantemente e por diferentes vias e agentes.
O que é aprendizagem?
Aprendizagem é o processo pelo qual as competências, habilidades, conhecimentos, comportamento ou valores são adquiridos ou modificados, como resultado de estudo, experiência, formação, raciocínio e observação. Este processo pode ser analisado a partir de diferentes perspectivas, de forma que há diferentes teorias de aprendizagem. Aprendizagem é uma das funções mentais mais importantes em humanos e animais e também pode ser aplicada a sistemas artificiais. Aprendizagem humana está relacionada à educação e desenvolvimento pessoal. Deve ser devidamente orientada e é favorecida quando o indivíduo está motivado.
          O processo de ensino-aprendizagem se confunde com a história da humanidade. Relação direta entre a atividade do professor (ensino) e a atividade de estudo do aluno (aprendizagem). Professor, aluno, matéria = processo dinâmico. Ensino tradicional = reducionista = aula baseada na transmissão do conteúdo e realização de exercícios repetitivos. No entanto, a realidade encontrada nas escolas brasileiras contribui para o ensino tradicional e reducionista com aula baseada na transmissão do conteúdo e realização de exercícios repetitivos.
Com a revolução da informação, o processo de ensino-aprendizagem sofrerá mudanças radicais. O pedagogo, O termo que surgiu na Grécia Clássica, da palavra παιδαγωγός cujo significado etimológico é preceptor, mestre, guia, aquele que conduz. Pedagogo é um educador profissional da Pedagogia, tal como o pedagogista, capaz de atuar em espaços escolares e em não-escolares, na implantação do ensino de sujeitos em diferentes fases de desenvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades do processo educativo. O que se deve questionar é:
Quais são as fases existentes do desenvolvimento humano no mundo contemporâneo?
Quais níveis e modalidades do processo educativo atendem as necessidades atuais?
Os espaços escolares e em não-escolares devem sofrer uma modernização?
Processo de ensino = conjunto de atividades organizadas do professor e dos alunos, com o objetivo de alcançar resultados planejados. É preciso ter como ponto de partida o nível atual cognitivo e de conhecimento dos alunos. Visto como processo deve-se contribuir para a transformação progressiva do aluno. Nesse sentido, é necessário rever o planejamento prévio para que exista um direcionamento eficaz. O processo de ensino une tanto a assimilação dos conteúdos e desenvolvimento das capacidades e habilidades. O professor colabora com a aprendizagem do aluno, no entanto, os resultados dependem do estudante.
 

 
 

sábado, 7 de março de 2015

Uma Reflexão Sobre a Escola Pública e Escola Privada !


         Conforme a história do Brasil Pós-Independência houve iniciativas para promover a educação no império.
Em 1834, o governo central transfere a responsabilidade pelas escolas primárias e secundárias para os governos provinciais, o que faz com que as escolas não fossem instaladas em todas as localidades. “Reforma Couto Ferraz”, de 17/02/1854, obriga que os pais garantissem aos seus filhos, ao menos, o ensino elementar. Caso contrário, os familiares pagariam multas. A partir de 1870, ampliam-se as discussões acerca da organização de um sistema nacional de educação.
Várias propostas de reformas surgem no país. Mas nenhuma das medidas é suficientemente transformadora e libertadora, o ensino de qualidade continua restrito a elite com maior poder econômico, que envia seus filhos para Europa para serem bem educados.
Com proclamação da República a escola se torna laica, assim há abolição do ensino religioso. No entanto, a organização nacional da educação foi postergada, a educação é responsabilidade dos Estados. A partir de 1930 as discussões se intensificam (desenvolvimento industrial e a urbanização) e o analfabetismo é considerado uma doença que precisava ser erradicada. Em 1930, é criado o Ministério da Educação e da Saúde. Apenas em 1946, surge uma lei nacional referente ao ensino primário.
Embora a Constituição de 1946 e a LDB de 1947 garantissem o acesso ao ensino como direito de todos, existiam pontos que limitavam o cumprimento das leis, como por exemplo, a insuficiência de escolas. Até hoje: estímulo à descentralização, diferenciação e diversificação do processo de ensino. O sistema brasileiro é igual o sistema americano tem uma descentralização e gera desigualdades.
Ainda hoje no Brasil República segundo Teixeira a educação é:
“Obrigatória, gratuita e universal. A educação só poderia ser ministrada pelo Estado; Impossível deixá-la confiada a particulares, pois estes somente podiam oferecê-la aos que tivessem posses (ou a “protegidos”) e daí operar antes para perpetuar as desigualdades sociais, que para removê-las. A escola pública, comum a todos, não seria, assim, o instrumento de benevolência de uma classe dominante, tomada de generosidade ou de medo, mas um direito do povo, sobretudo das classes trabalhadoras, para que, na ordem capitalista, o trabalho (não se trata, com efeito, de nenhuma doutrina socialista, mas do melhor capitalismo) não se conservasse servil, submetido e degradado, mas igual ao capital na consciência de suas reivindicações e dos seus direitos”. (Teixeira, 2007, p.85)
Ao conhecermos um pouco da história do sistema de educação de nosso país, o Brasil, podemos concluir que estamos longe de aplicarmos uma educação libertadora, justa, que prepare seus alunos para oportunidades da vida de forma igualitária. O que há é um aprofundamento das desigualdades, das diferenças que comprometem o futuro do país, fazendo-o permanecer como um país em desenvolvimento. Há a necessidade de criarmos uma ruptura com o modelo vigente, e esta ruptura pode começar com o tratamento da educação como uma “Política de Estado”, ou seja, passar a organização nacional da educação para responsabilidade da Federação, eliminar a descentralização, diferenciação e diversificação do processo de ensino, utilizar as tecnologias vigentes para aplicação de um Curriculum unificado, promover o ensino integral nos períodos de ensino, Infantil, Fundamental, Médio e Escolas Técnicas. A educação é um direito do povo, sobretudo das classes trabalhadoras, deve promover o crescimento e ter um processo libertador frente os desafios do mundo globalizado. A saída está em olhar para frente, enfrentar o presente e não se apegar ao passado. O passado se foi, o presente está e o futuro está por vir, depende de atitudes atuais. Um governo do povo é um governo que promove a sua libertação e felicidade para o mundo.

quarta-feira, 4 de março de 2015

O Filme o Palhaço !

 
         O Palhaço conta a história vivida pelo palhaço Benjamin (Selton Mello) e seu pai Valdemar (Paulo José) num circo mambembe durante os anos 70. Benjamim (Selton Mello) trabalha no Circo Esperança junto com seu pai Valdemar (Paulo José). Juntos, eles formam a dupla de palhaços Pangaré & Puro Sangue e fazem a alegria da plateia. Mas a vida anda sem graça para Benjamin, que passa por uma crise existencial e assim, volta e meia, pensa em abandonar o circo. Seu pai e amigos lamentam o que está acontecendo com o companheiro, mas entendem que ele precisa encontrar seu caminho por conta própria. Benjamin, então, decide viver como um funcionário comum e isto afeta todos ao seu redor e ele próprio. Posteriormente, triste, cai na real e vê que ser palhaço é a única coisa que sabe fazer e que faz as pessoas rirem espontaneamente, assim volta feliz a trabalhar no circo.
         É um filme que revela a violação de vários princípios éticos que fundamentam as ações morais. Existe o momento em que Lola (Giselle Mota), a mulher que cospe fogo esconde para si parte do dinheiro que o circo tinha arrecadado com a venda dos ingressos. O que pode ser caracterizado como roubo.
         Também existe o momento em que um grupo de funcionários do circo suborna o delegado de uma pequena cidade, para não ficarem presos pelos problemas que causaram na cidade. Tanto o delegado da cidade está cometendo o erro de aceitar ser subornado, como os funcionários do circo estão errados por realizarem o suborno.
         O drama principal do filme é a crise existencial que o palhaço Benjamin (Selton Mello) tem. Ele está se perguntando qual o sentido e a finalidade de sua vida. A Ética pode ajudar a enfrentar esta crise, pois a finalidade última da ética é o bem e o bem mais excelente. E para tal, faz-se necessário que o Homem conheça este bem mais excelente, que é muito importante para a conduta de vida. Na medida em que o Homem conhece o bem mais excelente, ele se torna melhor capacitado para atingir o que é adequado. Seu pai Valdemar (Paulo José) diz a todo instante para seu filho Benjamin (Selton Mello): “Na vida tem que fazer aquilo que sabe fazer !”
         O palhaço Benjamin (Selton Mello) busca a resposta em sua mudança de vida, e descobre, qual é a conduta de vida, que tem que ter. É como se conhecesse o bem mais excelente, e se torna mais capacitado para atingir o que é mais adequado para sua vida, e decide voltar para o circo e continuar a ser um palhaço, mas um palhaço muito melhor, pois desta vez tem a consciência do sentido existencial de sua vida e conhece o bem mais excelente que sabe fazer, assim decide qual conduta de vida quer ter. O filme é uma jornada existencial com um final feliz, realizada pela livre escolha de uma vida.
 
 

segunda-feira, 2 de março de 2015

Uma Reflexão Sobre a Ética a Nicômaco !

 
         A palavra “ética” vem do grego ἠθικός (ethikos), e significa aquilo que pertence ao ἦθος (ethos), que significava “bom costume”, “costume superior”, ou “portador de caráter”. Com Aristóteles a ética é a ciência da moral. A ética diferencia-se da moral, pois, enquanto esta se fundamenta na obediência a costumes e hábitos recebidos, a ética, ao contrário, busca fundamentar as ações morais.
         E qual é a finalidade da ética segundo Aristóteles?
         A finalidade última da ética é o bem e o bem mais excelente. E para tal, faz-se necessário que o Homem conheça este bem mais excelente, que é muito importante para a conduta de vida. Na medida em que o Homem conhece o bem mais excelente, ele se torna melhor capacitado para atingir o que é adequado.
         A ética é um importante objeto de estudo da ciência política, pois o bem humano tem que ser a finalidade da ciência política. É ela quem determina quais ciências devem existir no Estado e quais ramos do conhecimento cada diferente classe de cidadãos devem aprender e até que ponto aprender. Segundo Aristóteles, “mesmo que o bem seja idêntico para o indivíduo e para o Estado, o bem do Estado é visivelmente um bem maior e mais perfeito, tanto para ser alcançado como para ser preservado.”
Sendo assim, a meta política tem que ser o bem do Estado, só assim o Homem atingirá o bem maior, e estará sendo ético, torna-se livre para conduzir a própria vida. Esta é uma observação importante para percebermos como o homem pode viver bem, dar-se bem, ser feliz. Na medida em que o Homem busca o bem comum, subjugando os seus próprios interesses em prol de um bem maior, torna-se bom em si mesmo, e se coloca acima do prazer, da riqueza, da honra, da saúde, da glória, tornando-se livre e feliz.
         Se fizermos uma reflexão em nosso tempo, sobre as duas correntes políticas vigentes, o socialismo e o liberalismo, o socialismo é a que mais se aproxima dos ideais e da busca de um bem maior, o liberalismo não está comprometido com o bem comum. Assim o Homem tem que fazer uma escolha ética, e perguntar a si mesmo, de que forma quero ser feliz?
         Esta resposta tem que vir com a prática de uma vida virtuosa, onde todos os hábitos constantes na vida do Homem sejam capazes de levá-lo para o bem maior, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente.
 
 
 

domingo, 1 de março de 2015

O Papel do Educador no Brasil !

 
Ao Realizarmos uma reflexão sobre o motivo pelo qual o professor estuda a disciplina didática, concluímos que é para o desenvolvimento da capacidade de questionamento, pois tem a necessidade de uma visão ampla e profunda de sua atividade.

         Devemos realizar as seguintes perguntas para o professor:

         Para que tipo de ensino?

O que torna um professor especial?

O que faz um docente ser lembrado com carinho pelos alunos?

         Como deve proceder, em sala de aula, o professor ideal?

         Assim pode-se falar da importância da comunicação, que pode ser vista como uma atividade pedagógica no momento em que uma pessoa transmite para um ou mais indivíduos os conhecimentos básicos para se viver em sociedade. Pois em algum momento da vida, o indivíduo necessitará de alguém que mostre como fazer um cálculo simples ou dirigir um veículo. E ensinar não é impor ou depositar conhecimento.
         Deve-se questionar a postura do professor em sala de aula, pois geralmente, os professores geram, em sala de aula, um “distanciamento” com os alunos, em que todas as classes parecem iguais. Nem sempre o professor cria um espaço adequado para a interação em sala de aula. O principal passo para “quebrar distâncias” é considerar que o aluno é um indivíduo pertencente à realidade do professor. O aluno também ensina com a sua personalidade, o seu contexto histórico, social e cultural. O professor deve estar atento para perceber se é um bom comunicador e sabe interagir com os alunos.
         Ao analisar o vídeo sobre o que é educação. Uma entrevista de pessoas realizada na rua onde se perguntava: O que é educação e cultura? Qual é a sua opinião? O público alvo foi o mais abrangente possível, de pessoas com menor nível de escolaridade até as pessoas com maior grau de escolaridade, as respostas foram as mais diversas, e cada um tinha a sua opinião.
         Percebe-se que não há uma forma única de educação. Cada país ou sociedade apresenta valores e realidades diversas. E quais são os valores aceitos nas escolas brasileiras?

a)     Através do estudo os que são mais capazes chegam os postos mais importantes.

b)    O trabalho manual á uma ocupação inferior.

c)     Os que “não querem estudar” ficam relegados às tarefas que nossa sociedade valoriza menos.

Foi demonstrado, que Segundo o filósofo e pedagogo Dermeval Saviani, os objetivos prioritários da educação brasileira são:

a)     Educação para a Subsistência;

b)    Educação para a libertação;

c)     Educação para a comunicação;

d)    Educação para a transformação.

Ao refletimos se a educação ocorre só na escola, e concluímos que mesmo em locais em que não existe escolas há educação, desde que exista a transferência de saber entre gerações. Locais em que a educação ocorre de maneira assistemática: a família (primeira “escola”), a igreja, os sindicatos, as empresas, meios de comunicação de massa. Escola é o local em que pais e professores devem promover, de forma conjunta, educação. Transformação da escola é a transformação da sociedade. Para Paulo Freire: o fracasso da escola é o fracasso geral da sociedade.
Então se perguntou: Qual é o papel do professor? E chega-se a seguinte resposta. Professor é quem convida ao aprendizado, estimula, incentiva os estímulos positivos. Assim definimos as características de um bom professor:

a)     Aquele que oferece um bom ambiente para o aprendizado;

b)    Que faz o seu melhor no trabalho;

c)     Que sente a necessidade de se aperfeiçoar;

d)    Que respeita o pensamento de seus alunos;

e)     Que é um agente transformador.

Ao final discutimos sobre a palavra pedagogia, demos a seguinte definição: Palavra de origem grega: pais, paidós = criança = agein = conduzir = logos = tratado, ciência. Na Grécia Antiga, o pedagogo era um escravo que conduzia a criança à escola. Hoje, o pedagogo é um especialista em assuntos educacionais; licenciado em Pedagogia leciona na Educação Infantil e/ou Ensino Fundamental I, atuando como professor polivalente; atua, também, como coordenador pedagógico e/ou gestor em escolas de educação básica (da Educação Infantil ao Ensino Médio). Pedagogia hoje = ciência da educação; ciência e arte de educar. Pedagogia = trabalha com outras ciências como a Filosofia, a Psicologia, a Sociologia, etc.
E concluo com a definição da palavra Didática: Principal campo de estudos da Pedagogia. Objeto de estudo = a técnica de ensino-aprendizagem = métodos de ensino-aprendizagem. O resultado atual da educação no Brasil e o fracasso da escola é o fracasso geral da sociedade? Em que medida?