Segundo
o conto mítico de Gláucon, que é o do “Anel de Giges”. “Giges era um pastor ao serviço de Candaules, o rei da Lídia. Um dia,
após um tufão e um terremoto, a terra rasgou-se exatamente no lugar onde ele
pastoreava o seu rebanho. Completamente maravilhado, Giges desceu para a
abertura e viu, no interior de um cavalo de bronze, um homem enorme sem roupas,
mas com um anel de ouro no dedo. Pegou nele e saiu do buraco. Mais tarde,
enquanto participava num encontro de pastores, virou o engaste do anel para a
parte interna da mão e notou que se tornara invisível, porque os outros
pastores falavam dele como se ele tivesse ido embora. Quando virou de novo o
anel, ficou visível. Depois de ter verificado que este era o poder do anel, foi
ao palácio do rei, invisível a todos, seduziu-lhe a mulher e com a sua ajuda
matou o rei e tomou-lhe o trono.” (II 359c – 360b)
Segundo
Glaúcon, “se dois homens, um justo e um
injusto, tivessem à disposição este anel, agiriam de maneira exatamente igual,
por sua vez, isto demonstra que ninguém é justo voluntariamente, mas só porque
é obrigado: No seu íntimo, ninguém considera a justiça um bem, e considera a
injustiça muito mais vantajosa.” (II 360b-d)
Fazendo
uma reflexão sobre os tempos atuais, coloco a seguinte pergunta:
Existe um político
justo no Brasil?
Hoje
estamos presenciando uma corrida eleitoral pelo cargo da presidência da
república, e percebe-se uma divisão política no Brasil, mas também um elevado
número de votos bancos e nulos. E fica uma segunda pergunta:
Qual
dos dois candidatos é mais justo?
Entendo
que seja difícil responder esta pergunta, pois vivemos uma realidade cheia de
contradições paradoxais. Pois há uma dúvida:
É
possível ser justo na política brasileira?
Para
aprofundarmos a reflexão, faça-se o entendimento de justo como o que é conforme
a equidade, à justiça, à razão, à retidão, ao direito. É justo o homem reto, equânime,
imparcial, que realiza a justiça em seus atos e em seus julgamentos, e pratica
a virtude.
Já
a justiça é a situação virtuosa na qual cada um recebe o que lhe cabe, como
resultado de seus atos ou de acordo com os princípios e as leis da sociedade em
que vive. Capacidade ou qualidade de ser imparcial ao julgar, e de ser conforme
a lei e a ética. Funcionamento harmonioso de uma sociedade, com direitos e deveres
iguais para todos os cidadãos.
Em
um futuro próximo espero ter um líder, que seja justo e haja com justiça para
ser ter um Brasil mais feliz.
“Quem
quiser alcançar um objetivo distante
tem
de dar muitos passos curtos.”
(Helmut Schmidt)
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