Como membros da
humanidade, cada um de nós em sua singularidade é um político.
Em que medida?
Ao utilizar das
próprias habilidades para lidar com opiniões divergentes, estamos sendo
políticos.
E por que não entender
a política?
O que no sentido grego
é o que trata da vida coletiva de um grupo de homens.
E também é tudo que
concerne ao Estado, ao Governo, ou à arte de alcançar o poder ou dominá-lo,
conservá-lo, etc. Como, também ao que se refere às questões sociais, à justiça,
à administração e a todas as atividades da vida coletiva. É a habilidade na
vida social ao tratar com os outros.
Sendo assim, é
impossível deixarmos o ser político e exercer a política, seja na vida privada
ou coletiva, de forma amadora ou profissional. Está na natureza das
possibilidades existenciais da relação humana.
Se quisermos crescer do
ponto de vista humano, temos que estudar compreender, praticar e até sonhar com
a política. A sociedade é constituída de relações humanas e depende da política
para subsistir. Então sejamos políticos na política.
Segundo Platão, o
perfil ideal de um líder político é o de um filósofo: “Alguém que ama a sabedoria, tem disciplina, possui sinceridade
intelectual, amor pela verdade e ódio à falsidade, ser temperante,
despreocupado da riqueza, sem baixeza nem mesquinhez, possuir grandeza de alma,
saber contemplar a totalidade do tempo e da realidade, não temer a morte,
harmonioso em si mesmo, desprendido de bens materiais, sem pequenez, engano e
vileza, possuir facilidade em aprender, boa memória, estar sempre pronto para
aprender coisas novas, ser magnânimo, gracioso, amigo da verdade, da justiça,
da coragem, da temperança.” Com qualidades tornadas perfeitas pela educação
e pela idade.
O perfil que Platão
pensa, é um perfil muito elevado, uma pessoa madura, perfeitamente formada nos
seus conhecimentos e caráter, que tem como fim, o bem estar e a felicidade de
todos os cidadãos. Parece ser um modelo ideal de líder político, presente
apenas no mundo das ideias, mas devemos ter em mente que a construção teórica
de Platão nunca é um fim em si mesmo, mas pensada com vista a uma práxis
revolucionária do futuro. É a práxis que deve ser mudada, se a teoria for
justa, e não estar a dever e adaptar-se a uma práxis injusta.
Vivemos tempos de
mudanças possíveis e a possibilidade de promovermos uma alternância no poder
vigente, cada cidadão é senhor de sua escolha, que se materializa no voto,
assim sejamos idealistas, vamos votar em um líder mais próximo dos ideais
platônicos, capaz de fazer do presente uma revolução para o futuro, é a teoria
justa movendo à práxis política.
Temos além da
liberdade, a oportunidade e o momento de pensarmos sobre as
possibilidades do presente. Por um Brasil mais justo, conto com a união de
todos em torno desta ideia...
“O
Mundo Real e as coisas são apenas reflexo
de
uma realidade perfeita contida
no
Mundo das Ideias !”
(Platão)
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