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sábado, 21 de janeiro de 2023

Política Salarial para ampliar o mercado consumidor !

 


         O Brasil tem um problema estrutural para solucionar, o atendimento da demanda interna do mercado (potencial), através de uma oferta de bens e serviços a um preço justo, para possibilitar o equilíbrio de mercado. O caminho a ser trilhado é a criação de uma política salarial para ampliar o mercado consumidor.

         Um país como o Brasil, com uma população acima de 200 milhões de habitantes tem muitas carências e necessidades a serem satisfeitas, só precisa ter uma renda capaz de gerar uma massa salarial que torne viável o investimento da iniciativa privada. Caso contrário, por mais que o Brasil receba investimento nacional e internacional, sem a existência de um mercado consumidor, os investimentos não irão gerar lucro de forma sustentável, e se não há retorno sobre do investimento significa menos impostos recolhidos pelo Estado e menos empregos para a classe trabalhadora.

         A política salarial é um tema de urgente importância a ser debatido pelos empresários, Estado e trabalhadores (representados pelos sindicatos). Qual é o benefício de se criar uma política salarial? É a previsibilidade, os empresários poderão calcular o tamanho da massa salarial do país, para poder dimensionar o tamanho do seu investimento, pois saberá o quanto o mercado crescerá a cada ano, o Estado terá um aumento na arrecadação de impostos de forma sustentável e os trabalhadores terão a sua qualidade de vida melhorada a cada ano, sem retrocesso.

         A lógica a ser seguida é a mesma lógica do mercado financeiro, que precisa ter uma previsão da taxa de juros, o tamanho do endividamento do Estado e déficit público, para saber se é sustentável e viável investir nos títulos da dívida do Estado brasileiro. Assim, como o mercado financeiro, os setores do campo, indústria e serviço precisam da criação de um cenário previsível de curto, médio e longo prazos. Saber o quanto a população tem em dinheiro para consumir anualmente é estratégico, pois assim é possível projetar os investimentos para atender a demanda compatível com a demanda, estabelecendo um equilíbrio de mercado.

         As organizações empresariais só podem crescer e aumentar as vendas efetivamente, se os trabalhadores tiverem um aumento da renda acima da inflação, o que torna possível um aumento das receitas do Estado e o equilíbrio das contas públicas.

         A política salarial é um tema espinhoso, difícil, mas tem que ser enfrentado pela população brasileira deixar de ser um tabu. O crescimento efetivo do país passa pelo aumento do consumo, o que só é possível se houver aumento da renda do trabalhador. Cabe ao governo federal promover o debate de forma democrática, convidar os empresários, trabalhadores (representados pelos sindicatos) e o próprio Estado para superarem os desafios e criarem uma política salarial que torne sustentável e viável os investimentos de curto, médio e longo prazo no país.

ESG: como fazer investimentos mais sustentáveis !


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sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

DISTRIBUTISMO: economia para além do capitalismo e do socialismo !

 


“Enquanto o liberalismo atai-nos para a direita, o socialismo, para a esquerda. Talvez, o valor “navegacional” do distributismo é não é não nos apontar nem para a direita, nem para esquerda, direciona-nos simplesmente para frente.

         Hoje, na presença de um “livre mercado”, o qual se comporta, às vezes, mais metodológica do que logicamente, e de projetos socialistas que alternam entre sonhos inebriantes e pesadelos infernais, não é pouca coisa aprender a encarar a realidade econômica na direção certa. Portanto quem realmente olha para frente verá que a economia e seu horizonte moral são inseparáveis”. (Scott Randall Paine – Professor de Filosofia da Universidade de Brasília - UnB)

         O conceito do Distributismo parece ser uma síntese entre o Capitalismo (tese) e Socialismo (antítese). A “Economia Verde” para ser sustentável a longo prazo para o Brasil e até para o mundo, cobra que a elite política, econômica e financeira tenha um olhar para frente, para além dos modelos econômicos capitalista e socialista. Existe um novo paradigma econômico surgindo no horizonte do século XXI.

         “Esta abordagem econômica procura tornar prática a Doutrina Social da Igreja, a qual se extrai das encíclicas papais a partir de Leão XIII, muito especialmente da encíclica Rerum Novarum, de 1891.

         A ideia-chave era a necessidade de uma melhor distribuição da propriedade privada dentro de uma visão teológica da inseparabilidade da ordem econômica da ordem moral. Também frisada era a importância de três valores inseparáveis – como princípio fundamental para toda reflexão sobre a ordem social, política e econômica: a dignidade intrínseca da pessoa humana; depois, a subsidiariedade na atribuição da autoridade, priorizando sempre competências subordinadas quando viável; no que diz respeito à dignidade de todas as pessoas, uma forte promoção da solidariedade humana. Mais corretamente, também faziam parte do programa de identificação e a proteção das três intuições naturais, quase como encarnações desses valores: a propriedade privada, a família e o Estado.

         Segundo Chesterton e Belloc, na ordem econômica, esses valores e instituições requerem não apenas a melhor distribuição de bens (o que, também, o socialismo busca de uma forma radical), nem a simples liberdade de todos os agentes econômicos (o ideal capitalista), mas também a maior distribuição possível de meios de produção. Isso é visto como a melhor garantia para que a pessoa humana possa ter uma propriedade privada que seja produtiva e fecunda.

         A melhor distribuição desses meios exige, de um lado, um Estado que os crie e proteja (uma demanda da subsidiariedade), e, de outro, leis que assegurem que os bens alheios sejam igualmente respeitados (uma demanda da solidariedade). O ideal de distribuição equitativa do socialismo e o aspecto de liberdade sem amarras do capitalismo/liberalismo devem sujeitar-se a esses valores. Assim, há melhor garantia para que a pessoa (família) humana possa ter uma propriedade privada que seja produtiva e moralmente fecunda.

         Para um distributista, a promoção desses valores e instituições envolve a priorização do pequeno (“small is beautiful”), da cultura local e do mundo doméstico. Caberia reduzir as chances de que os pequenos (as pessoas individuais, as famílias, as miniempresas, os modestos investimentos etc.) fossem dominados por grandes empreendimentos ou eles mesmos se agigantassem dominando outros negócios familiares. Portanto o distributismo cogita um Estado não apenas antitruste, mas também antigrandeza, apesar de os proponentes dessa abordagem econômica reconhecerem as dificuldades práticas de implementá-la”. (Scott Randall Paine – Professor de Filosofia da Universidade de Brasília - UnB)

         O Distributismo é muito mais que uma nova ideologia econômica, mais um novo modelo econômico com as possibilidades de superar as contradições do capitalismo/liberalismo e socialismo. Uma economia forte e sustentável a curto, médio e longo prazos se faz uma melhor distribuição da riqueza gerada pelo trabalho de todos. Está na hora do Brasil fazer algo diferente e ser um protagonista na edificação de uma sociedade mais próspera e justa para todos. Não há ambiente de negócios sustentável, para os empreendimentos econômicos, sem um mercado consumidor forte com renda suficiente para consumir produtos e serviços. A edificação de uma sociedade forte com capacidade de consumo é a missão do atual governo brasileiros e uma também para os futuros governos, como uma ação de patriotismo e amor ao povo brasileiro.

         Fonte:

         Distributismo: economia para além do capitalismo e do socialismo/ Alessandro Garcia da Silva, Rhuan Reis do Nascimento (orgs). – 1.ed. – Curitiba: Appris, 2020. 213p.;23cm. (Ciências sociais).

Distributismo !


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domingo, 15 de janeiro de 2023

Qual o sentido da reindustrialização do Brasil !



          O segundo maior desafio do Brasil é o governo atual promover políticas públicas de Estado que possibilite a reindustrialização do país, com a geração de empregos de qualidade nos centros urbanos.

         O paradigma a ser seguido é a “ECONOMIA VERDE”, ou seja, o desenvolvimento sustentável. Este deve ser o Norte, o objetivo da industrialização do Brasil, existem carências e necessidades da população a serem atendidas, muito se tem por fazer e a indústria aliada ao campo podem criar soluções e inúmeras oportunidades de negócios, e qual é o papel do Estado?

         O Estado, seja mínimo ou não, deve ser o indutor do desenvolvimento econômico, existem investimentos que a iniciativa privada jamais irá fazer por não atenderem a lógica do retorno sobre o investimento, mas existem investimentos que o Estado é capaz de fazer por atender uma lógica que vai além do retorno financeiro sobre o investimento, este é o real sentido e missão do Estado, ir aonde a iniciativa privada não é capaz de ir e promover o bem-estar da população.

         As universidades públicas e privadas, os centros de pesquisa públicos e privados têm uma função estratégica para o país, eles podem fazer a ligação entre os três setores, campo, indústria e serviço, com a criação de oportunidades de negócios, a superação de desafios, geração de renda e empregos para o desenvolvimento sustentável da “ECONOMIA VERDE” do século XXI. A inclusão de toda população no processo faz parte da promoção de uma sociedade mais justa e próspera, neste sentido o Brasil pode ser tornar um modelo para o mundo contemporâneo.

         O Brasil vive o momento histórico ideal, a defesa da democracia e a vitória de uma frente democrática possibilita o diálogo entre o Estado, Capital e Trabalho para construção de uma estrada pavimentada rumo ao desenvolvimento sustentável. Para se ter êxito nos projetos e empreitadas dois conceitos são fundamentais: harmonia e diálogo. Todos devem estar preparados para situações adversas, e só com muita harmonia e diálogo que seremos capazes de superar os desafios impostos pela vida.

         O caminho para a solução de questões desafiadoras é: “Os conselhos de políticas públicas são aqui entendidos como espaços públicos vinculados a órgãos do Poder Executivo, tendo por finalidade permitir a participação da sociedade na definição de prioridades para a agenda política, bem como na formulação, no acompanhamento e no controle das políticas públicas”. Sempre devemos lembrar que o bom é inimigo do ótimo, é melhor ter uma boa decisão do que não termos decisão alguma.

         A realização de cada projeto ocorrerá a cada dia, por isso será exigido muita paciência, perseverança e constância, nunca perder o norte e o horizonte vislumbrado, mas além de tudo nunca perder o sentido de cada ação, que é promover o bem-estar da população, com a criação de oportunidades, prosperidade e uma vida mais justa.

O que é ESG? Entenda porque as empresas estão correndo atrás da sigla | CNN Soft Business


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Começamos 2023, ano de muito trabalho !

 


         O ano de 2023 é um ano de muito trabalho, o governo eleito tema a missão de alinhar os interesses da iniciativa privada com as necessidades sociais da população. O Brasil tem todas as condições naturais para ser uma terra próspera para todos, não há razões racionais para a existência da miséria e fome em nosso país. O amor ao próximo, a fraternidade e a cidadania se fazem por políticas públicas que direcionam o país e o torna mais justo. O Estado tem o papel de preparar as condições macroeconômicas para o investimento da iniciativa privada, independente de ser um Estado mínimo ou não, uma sociedade saudável se constitui a partir de um modelo distributivo da riqueza, que supera as ideologias capitalista e socialista. A convivência harmoniosa entre o Estado e a iniciativa privada permite a produção, geração e a distribuição da riqueza.

         O Brasil precisa definir o sentido da sua existência como nação no mundo, reconhecer, assumir e fazer o bom uso de suas riquezas naturais, físicas, sociais, culturais e religiosas. A sua localização e a relação com os países vizinhos, coirmãos, deve promover a esperança e prosperidade para todos. Um país tão extenso e rico em diversidade deve criar, inovar e gerar novas oportunidades a cada dia, e seu povo deve usufruir do que o país pode possibilitar a todos.

         O desenvolvimento e a sustentabilidade são dois conceitos que podem coexistir, um não anula o outro, mas estabelece parâmetros para a longevidade de planos, projetos de curto, médio e longo prazos. A vida ser torna próspera na medida que pode se realizar ao longo de um tempo que haja estabilidade e previsibilidade. Só há investimentos duradouros e lucrativos para os projetos que podem sobreviver ao longo do tempo.

         O mundo não tem falta de dinheiro, tem falta de estabilidade e previsibilidade e o Brasil pode oferecer ao mundo este cenário, que viabiliza projetos que gerem desenvolvimento e a sustentabilidade, beneficiando o investidor e a população do país. O que fazer? O governo atual sabe o que fazer, mas como fazer será o diferencial, os sinais são positivos, pois existe a valorização e a busca das vias democráticas através dos conselhos, que são: “Os conselhos de políticas públicas são aqui entendidos como espaços públicos vinculados a órgãos do Poder Executivo, tendo por finalidade permitir a participação da sociedade na definição de prioridades para a agenda política, bem como na formulação, no acompanhamento e no controle das políticas públicas”. Esta é a oportunidade democrática da sociedade participar, colocar suas ideias e defender as suas posições, e chegar ao ponto de criar soluções por consenso que atendam em algum aspecto a todos. A ideia que se deve ter é: o bom é inimigo do ótimo, se não pudermos ter uma ótima solução, talvez possamos ter uma boa solução.

         O Brasil vive o momento de intenso trabalho, está na hora de recuperarmos o tempo perdido, há muito o que fazer e existe uma abertura democrática para a participação de todos. O que não se pode perder de vista é o sentido existencial para cada decisão, a qual deve promover o desenvolvimento, prosperidade e justiça para todos. O momento histórico que vivemos permite e possibilita sonharmos com uma país melhor para se viver...

O Brasil que tem tudo para dar certo!