A verdade que todos nós sabemos é que a
Terra é uma só e seus recursos são limitados, o que determina a impossibilidade
de haver um crescimento indefinidamente, ou seja, sem limite. Será?
A Economia “VERDE” pode ser um
novo modelo de crescimento econômico, baseado em novas formas de consumo,
dentro dos limites possíveis da Terra.
O Homo Sapiens tem que mudar de
comportamento, passar a criar bens serviços que não têm como base o consumo dos
recursos naturais da Terra. Este é um grande desafio, mas esta é a urgência que
irá dizer se teremos um futuro sustentável.
A economia pode crescer com serviços,
como: educação, ciência, tecnologia, arte, esporte, saúde, alimentação,
habitação, beleza, turismo, comunicação etc. Todo tipo de atividade que faça cada cidadão do
planeta consumir menos recursos naturais e tenha motivos para preservar o meio
ambiente. Pode parecer contraditório, mas a economia pode crescer nesta direção
com menos uso de carbono e recursos naturais.
O modelo industrial movido por
combustíveis fósseis não é sustentável, por isso não tem futuro. Se eu
representasse um fundo de investimento com bilhões de dólares para investir, em
qual modelo de negócio eu apostaria o capital?
O futuro pertence a sociedade
inteligente, fundamentada em uma sólida base científica e tecnológica, que promova
políticas públicas sustentáveis. Só conseguiremos superar o desafio presente
com inovações e mudança de comportamento.
Quanto a economia global pode crescer
se forem alterados os destinos do capital dos grandes fundos de investimento?
Segundo III Relatório do Clube de Roma: Para Uma Nova Ordem Mundial (1976). “Muito
antes de esgotarmos os limites físicos do nosso planeta ocorrerão graves
convulsões sociais provocadas pelo grande desnível existente entre a renda dos países
ricos e dos países pobres.” Necessidade de redução da pobreza no mundo.
Nós chegamos nos anos 2020 do século
XXI e convivemos com uma grande desigualdade de renda no planeta Terra. Segundo
EL PAÍS, no caderno de economia – desigualdade econômica e social - 1% da
população mundial concentra metade de toda a riqueza do planeta. (IGNACIO
FARIZA - Madri - 17 OCT 2015) Passaram-se 5 anos e a situação não apresenta
nenhuma mudança.
Qual será o futuro da humanidade?
Encontraremos o equilíbrio ou continuaremos a viver com as nossas contradições.
Para um estilo de vida que seja duradouro ou não há um preço a pagar. Cabe a nós
escolhermos qual preço queremos pagar.
Ano de 2010: Relatório Vision 2050. Objetivo
a atingir em 2050: “Nove bilhões de habitantes, todos vivendo bem – com
alimentos suficientes, moradia, água potável, saneamento, mobilidade, educação
e saúde, dentro dos limites do que este pequeno e frágil planeta pode oferecer
e renovar, cada dia”.
Vision 2050: The new agenda for
business* Propõe mudanças fundamentais nas estruturas de governança, na
economia, nos negócios e no comportamento humano. “Business as usual”: não vai
atingir a sustentabilidade nem assegurar prosperidade econômica e social.
“Acabou a Era da Abundância,
e estamos entrando na Era da Escassez”.
Fontes:
*Encontros
FIESP de Sustentabilidade - São Paulo, 23 de julho de 2015.
*Produzido
por 29 empresas do CEMDS (WBCSD), discutido em 20 países com centenas de
empresas e especialistas.
*Haroldo Mattos de Lemos - hmlemos@globo.com
Resumo do debate - Limites ecológicos do crescimento,
com Kate Raworth
CLUBE DE ROMA DECLARA PLANO DE EMERGÊNCIA PLANETÁRIO...E VERDE