Eu,
como cidadão brasileiro, só tenho uma impressão do atual governo brasileiro: quando
um governo é incompetente, não há gestão que funcione. Esta conclusão surge a
partir da presente confusão institucional presente no poder executivo do país.
O
ministério da saúde não tem contribuído para minimizar os impactos do que estamos
vivendo, a pandemia da COVID-19, e não conseguimos ter um Ministro da Saúde que
seja médico e especializado em assuntos respectivos à área da saúde. Está sendo
demonstrado uma total incapacidade de tomada de decisões estratégicas no
combate à crise de saúde pública.
O
ministério da educação até o presente momento não foi capaz de apresentar um
projeto de Estado para a educação da população. A educação básica foi desestruturada
e penalizada com o governo militar na década de 1970 e se não mudarmos, podemos
estar vivendo a mesma situação, um total desgoverno que provocará efeitos
perversos duradouros.
O
ministério do meio ambiente atual está a serviço de quem promove o desmatamento
e quer a desconstrução de instituições que fiscalizam e monitoram o que ocorre
no meio ambiente, principalmente na Amazônia. O INPE - Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais está sob ataque do próprio poder executivo por não
concordar das revelações técnicas sobre o desmatamento da Amazônia.
O
silêncio ou, talvez, a omissão do ministério da economia quanto aos efeitos dos
desgovernos do poder executivo podem vir a causar um prejuízo financeiro e
econômico para o país. E quem será o responsável? O presidente do país.
O
tema é tão sensível e real, que fundos de investimentos externos e presidentes
de grandes empresas no Brasil querem uma mudança de rumo para que o país possa
recuperar a sua credibilidade e passar a ser respeitado. O que significa a
mudança de rumo? É percebermos e aceitarmos que iniciamos a era VERDE, uma economia
responsável, comprometida com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável:
17 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Se
o governo brasileiro atual não for capaz de realizar a mudanças necessárias que
coloque o Brasil no rumo ao desenvolvimento sustentável, a população terá a
oportunidade de eleger um novo líder na próxima eleição. Pois, o que está sendo
demonstrado até o presente momento é um profundo desconhecimento e incapacidade
para lidar com a realidade que prefiro acreditar que a causa seja incompetência
ao invés de ser má fé.
Para
ser grande, o Brasil precisa de um presidente Estadista, com uma visão mais
ampla do seu entorno e mais longa no tempo. Hoje, vivemos uma realidade que só
apresenta uma piora não adiantando esconder a informação. Com os recursos
tecnológicos atuais, a verdade sempre está à vista de todos, e em um regime
democrático, os canais de imprensa oficiais têm um papel fundamental de trazer
para o público a verdade que incomoda, mas que é tão necessária para o
desenvolvimento do país.
Se
eu tivesse que dizer uma verdade para um investidor, diria que o país está
totalmente confuso, desorganizado, sem um horizonte de curto, médio e longo
prazo. Existe muito discurso, mas poucas ações efetivas, um exemplo é a questão
do meio ambiente. Geopoliticamente o Brasil está se isolando, tornando-se um pária
para a comunidade internacional.
Diria
que não é o momento de investir no Brasil, mas aguardar as próximas eleições
gerais, principalmente para presidente, cobrar dos candidatos um projeto de
país, com ações objetivas, previsibilidade, transparência, sem ingerência em
instituições sérias de prestígio internacional. Pois, o dinheiro não aceita
desaforo, não aceita ser manipulado e nem ser enganado e quando se tem um
prejuízo, quem paga é o investidor, não é o país. O país pode crescer ou não
com o investimento, depende de como está sendo gerido e comprometido com o
futuro das novas gerações.
Crise, Caos e Desgoverno no Brasil •
LEANDRO KARNAL
Saúde Ambiental: pandemia e desgoverno
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