O século XXI está marcado pela mudança
comportamental da sociedade, os desafios ambientais e a necessidade da
implantação de uma economia verde para permitir a sustentabilidade da vida no
planeta terra, torna nobre a profissão de professor. Esse ser, que trabalha
muito, preparando, dando aulas, corrigindo as atividades e realizando todas as tarefas
burocráticas em casa para atender a legislação vigente.
Uma profissão pouco valorizada
financeiramente, onde professores graduados, especialistas, mestres, doutores e
até pós-doutores atuam no ensino básico e recebem salários abaixo da média de
outras profissões. São os agentes da construção do futuro de uma nação, mas são
mal tratados pela estrutura de ensino do país.
A pandemia da COVID-19 chegou no Brasil
e revelou o que todos de alguma forma já sabem, a importância do professor do
ensino básico, o quanto é fundamental para a formação dos jovens alunos. A
sociedade percebeu o quanto é a escola, o ambiente de socialização, de
construção dos saberes ocultos, da aceitação e convivência com a adversidade
reveladora do mundo pela janela do saber é fundamental para formação da pessoa
humana.
A escola é a fonte onde jorra a
criatividade, a disciplina, o saber, a avaliação, é o ambiente de descobertas,
de espanto que possibilita o caminhar da sociedade, rumo a um horizonte que
está eternamente em definição. O ponto fixo são os princípios, valores, a moral
que se aprendem na convivência, no falar, no agir, no ser. É o espaço que
possibilita os sonhos, onde o céu não é o limite da imaginação, da fantasia, da
expressão, do poder, mesmo que seja em um instante do tempo, o ser de si mesmo.
Quando um jovem diz o que pensa,
interpreta uma realidade, expressa sua visão de mundo, compõe um enredo para a
sua vida e sonha com uma profissão, uma forma de ser no mundo, é a realização
da educação básica, é tudo que um
professor espera, é a sua missão cumprida, é a realização de uma dedicação,
surda, oculta, sutil, mas extremamente eficiente, que torna possível as futuras
gerações construírem o mundo, a vida neste momento é um flash, um instante de
realização da consciência humana.
É com base em todo este contexto que o
professor é tão importante para o Séc. XXI, ele representa o agente que irá
catalisar a transformação na juventude, educando para o futuro em profunda
transformação. Se quisermos ter uma sociedade capaz de assimilar uma economia
verde, esta sociedade do futuro passa pelo professor de educação básica, que se
torna o tutor de agentes que serão os protagonistas do futuro sustentável.
O país que for capaz de valorizar o
professor da educação básica será o país do futuro, aquele que terá uma
sociedade preparada para interagir com o mundo tecnológico, criativo,
desafiador. O futuro pertencerá a quem mais dominar o conhecimento, habilitada
a se adaptar, se transformar e criar alternativas para o inesperado e até
inevitável.
Sociedade menos preparadas, sofreram
mais e não terão um futuro longínquo e sustentável. Seu pseudo-desenvolvimento
não será real, pois a sociedade não conseguirá se libertar de suas necessidades
básicas para alçar voos maiores. A sociedade será escrava de sua própria
limitação, aumentado ainda mais a injustiça social e suas próprias mazelas.
O caminho libertador passa pela
educação através de professores valorizados, com condições técnicas para
exercer a sua profissão na medida que a realidade do século XXI exige. O futuro
do Brasil está diretamente ligado com a qualidade da educação que é oferecida
para a sua população, um povo bem formado será um povo preparado para economia
verde com uma infraestrutura tecnológica.
O papel dos líderes políticos deve
estar comprometido com o futuro. Eles devem criar políticas públicas que
viabilizem o avanço e desenvolvimento da nação. A educação é o futuro de um
povo livre e feliz, incapaz de ser marginalizado do mundo e da vida que está ao
seu redor. Existe um caminho e este está pavimentado pelo conhecimento, ciência
e técnica que são construídos pela educação.