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segunda-feira, 27 de julho de 2020

A Importância do Professor para o Séc. XXI !



        O século XXI está marcado pela mudança comportamental da sociedade, os desafios ambientais e a necessidade da implantação de uma economia verde para permitir a sustentabilidade da vida no planeta terra, torna nobre a profissão de professor. Esse ser, que trabalha muito, preparando, dando aulas, corrigindo as atividades e realizando todas as tarefas burocráticas em casa para atender a legislação vigente.
         Uma profissão pouco valorizada financeiramente, onde professores graduados, especialistas, mestres, doutores e até pós-doutores atuam no ensino básico e recebem salários abaixo da média de outras profissões. São os agentes da construção do futuro de uma nação, mas são mal tratados pela estrutura de ensino do país.
         A pandemia da COVID-19 chegou no Brasil e revelou o que todos de alguma forma já sabem, a importância do professor do ensino básico, o quanto é fundamental para a formação dos jovens alunos. A sociedade percebeu o quanto é a escola, o ambiente de socialização, de construção dos saberes ocultos, da aceitação e convivência com a adversidade reveladora do mundo pela janela do saber é fundamental para formação da pessoa humana.
         A escola é a fonte onde jorra a criatividade, a disciplina, o saber, a avaliação, é o ambiente de descobertas, de espanto que possibilita o caminhar da sociedade, rumo a um horizonte que está eternamente em definição. O ponto fixo são os princípios, valores, a moral que se aprendem na convivência, no falar, no agir, no ser. É o espaço que possibilita os sonhos, onde o céu não é o limite da imaginação, da fantasia, da expressão, do poder, mesmo que seja em um instante do tempo, o ser de si mesmo.
         Quando um jovem diz o que pensa, interpreta uma realidade, expressa sua visão de mundo, compõe um enredo para a sua vida e sonha com uma profissão, uma forma de ser no mundo, é a realização da educação básica, é  tudo que um professor espera, é a sua missão cumprida, é a realização de uma dedicação, surda, oculta, sutil, mas extremamente eficiente, que torna possível as futuras gerações construírem o mundo, a vida neste momento é um flash, um instante de realização da consciência humana.
         É com base em todo este contexto que o professor é tão importante para o Séc. XXI, ele representa o agente que irá catalisar a transformação na juventude, educando para o futuro em profunda transformação. Se quisermos ter uma sociedade capaz de assimilar uma economia verde, esta sociedade do futuro passa pelo professor de educação básica, que se torna o tutor de agentes que serão os protagonistas do futuro sustentável.
         O país que for capaz de valorizar o professor da educação básica será o país do futuro, aquele que terá uma sociedade preparada para interagir com o mundo tecnológico, criativo, desafiador. O futuro pertencerá a quem mais dominar o conhecimento, habilitada a se adaptar, se transformar e criar alternativas para o inesperado e até inevitável.
         Sociedade menos preparadas, sofreram mais e não terão um futuro longínquo e sustentável. Seu pseudo-desenvolvimento não será real, pois a sociedade não conseguirá se libertar de suas necessidades básicas para alçar voos maiores. A sociedade será escrava de sua própria limitação, aumentado ainda mais a injustiça social e suas próprias mazelas.
         O caminho libertador passa pela educação através de professores valorizados, com condições técnicas para exercer a sua profissão na medida que a realidade do século XXI exige. O futuro do Brasil está diretamente ligado com a qualidade da educação que é oferecida para a sua população, um povo bem formado será um povo preparado para economia verde com uma infraestrutura tecnológica.
         O papel dos líderes políticos deve estar comprometido com o futuro. Eles devem criar políticas públicas que viabilizem o avanço e desenvolvimento da nação. A educação é o futuro de um povo livre e feliz, incapaz de ser marginalizado do mundo e da vida que está ao seu redor. Existe um caminho e este está pavimentado pelo conhecimento, ciência e técnica que são construídos pela educação.


sábado, 18 de julho de 2020

O Estado Absolutista de Thomas Hobbes: O “Leviatã” no séc. XXI



         Para Hobbes, na base da sociedade e do Estado há dois pressupostos:
1)    O bem relativo originário, isto é, a vida e a sua conservação (“egoísmo”).
Para Hobbes, o homem é um átomo de egoísmo, razão pela qual nenhum homem está ligado aos outros homens por consenso espontâneo. A condição em que todos os homens naturalmente se encontram em guerra de todos contra todos.
O Brasil é um país violento, morre por ano 50.000 pessoas por causas violentas, aproximadamente o que morreu de soldados americanos na guerra do Vietnã. A COVID-19 já matou mais de 75.000 brasileiros de março de 2020 até o presente momento, em função de um total desgoverno no combate a pandemia. O que podemos pensar? O Brasil é formado de uma sociedade egoísta, incapaz de valorizar a vida e colocá-la como um bem maior. É um salve-se quem puder. Quem mais tem, mais pode.
2)    A justiça é uma convenção estabelecida pelos homens e cognoscível de modo perfeito e a priori (“convencionalismo”).
Nascem assim as leis de natureza, constituem na realidade a racionalização do egoísmo, as normas que permitem realizar de modo racional o instinto de autoconservação.
As leis que são formuladas na sua maioria atendem os interesses de uma pequena minoria, a elite, que oprime o povo na sua maioria. O índice que reflete esta realidade é o IDH - O Índice de Desenvolvimento Humano. O Brasil alcançou o IDH de 0,761, o Brasil está em 79º de 189 países no ano de 2019. O povo na sua maioria não está protegido e amparado pelas deis de seu país.
A conclusão de Hobbes é: “Para construir a sociedade, todavia, além dessas leis, é preciso também um poder que obrigue a respeitá-las: é preciso, portanto, que todos os homens deputem um único homem (ou uma assembleia) a representá-los. Nasce assim o pacto social, que é feito pelos súditos entre si, enquanto o soberano permanece fora do pacto e é o único e absoluto: ele está acima da justiça, pode intervir em matéria de opinião e de religião, concentra em si todos os poderes. Trata-se da mais radical teorização do Estado absolutista, o “Leviatã”, ao qual devemos a paz e a defesa de nossa vida”.
Embora a sociedade brasileira viva uma relativa liberdade por não ser regida por um Estado absolutista, ainda existem Estados absolutistas que governam seus povos. Os exemplos são: China, Cuba e Korea do Norte. A pergunta é? Com qual Estado o Brasil deve estar alinhado? Com um Estado absolutista ou um Estado livre que preserva os Direitos Civis e Humanos, de regime político autoritário ou democrático?
Essa é uma escolha que a sociedade brasileira terá que fazer no futuro, em nome da justiça e do bem comum, devemos buscar o equilíbrio entre uma sociedade individualista e egoísta para com uma sociedade coletivista que busca o bem estar social.
A maior discussão nos bastidores da política é o papel do Estado, qual o seu tamanho ideal, sua função e o seu sentido de ser. No momento, o governo atual, eleito em 2018, é um liberal. Entende que o Estado tem que diminuir de tamanho e estar a serviço do capital financeiro que financia os projetos sociais do Estado. Muitas empresas estratégicas serão privatizadas, o Estado diminuirá o investimento em políticas sociais, tudo para atrair o capital externo que não tem qualquer compromisso com a sociedade brasileira, apenas quer fazer o seu investimento e obter o seu retorno, se a sociedade será mais justa, se irá proporcionar um maior bem estar, são princípios que não existem em políticas liberais.
A boa notícia é que a história avança de forma dialética, hoje estamos vivendo a onda liberal que minimiza os direitos dos trabalhadores, mas uma próxima onda pode vir a reverter esta tendência perversa. Não se constrói uma sociedade saudável e sadia com baixos salários, precárias formas de emprego, sistema de saúde e estrutura de educação pública sucateados. Se o Brasil quiser crescer de forma sustentável e contínua terá que rever os princípios que possibilitam o desenvolvimento de uma nação. O liberalismo não é uma solução absoluta como o socialismo e o comunismo não é. Existe um ponto ótimo, um ponto de equilíbrio que converge para o bem da população de um Estado não absoluto.

1º Painel // O papel do Estado no século XXI


O QUE A ROMA ANTIGA ENSINA SOBRE O ESTADO DO SÉCULO XXI | Ari Solon


Papel do Estado no Século XXI


terça-feira, 14 de julho de 2020

Quando um governo é incompetente, não há gestão que funcione !



         Eu, como cidadão brasileiro, só tenho uma impressão do atual governo brasileiro: quando um governo é incompetente, não há gestão que funcione. Esta conclusão surge a partir da presente confusão institucional presente no poder executivo do país.
         O ministério da saúde não tem contribuído para minimizar os impactos do que estamos vivendo, a pandemia da COVID-19, e não conseguimos ter um Ministro da Saúde que seja médico e especializado em assuntos respectivos à área da saúde. Está sendo demonstrado uma total incapacidade de tomada de decisões estratégicas no combate à crise de saúde pública.
         O ministério da educação até o presente momento não foi capaz de apresentar um projeto de Estado para a educação da população. A educação básica foi desestruturada e penalizada com o governo militar na década de 1970 e se não mudarmos, podemos estar vivendo a mesma situação, um total desgoverno que provocará efeitos perversos duradouros.
         O ministério do meio ambiente atual está a serviço de quem promove o desmatamento e quer a desconstrução de instituições que fiscalizam e monitoram o que ocorre no meio ambiente, principalmente na Amazônia. O INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais está sob ataque do próprio poder executivo por não concordar das revelações técnicas sobre o desmatamento da Amazônia.
         O silêncio ou, talvez, a omissão do ministério da economia quanto aos efeitos dos desgovernos do poder executivo podem vir a causar um prejuízo financeiro e econômico para o país. E quem será o responsável? O presidente do país.
         O tema é tão sensível e real, que fundos de investimentos externos e presidentes de grandes empresas no Brasil querem uma mudança de rumo para que o país possa recuperar a sua credibilidade e passar a ser respeitado. O que significa a mudança de rumo? É percebermos e aceitarmos que iniciamos a era VERDE, uma economia responsável, comprometida com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável: 17 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
         Se o governo brasileiro atual não for capaz de realizar a mudanças necessárias que coloque o Brasil no rumo ao desenvolvimento sustentável, a população terá a oportunidade de eleger um novo líder na próxima eleição. Pois, o que está sendo demonstrado até o presente momento é um profundo desconhecimento e incapacidade para lidar com a realidade que prefiro acreditar que a causa seja incompetência ao invés de ser má fé.
         Para ser grande, o Brasil precisa de um presidente Estadista, com uma visão mais ampla do seu entorno e mais longa no tempo. Hoje, vivemos uma realidade que só apresenta uma piora não adiantando esconder a informação. Com os recursos tecnológicos atuais, a verdade sempre está à vista de todos, e em um regime democrático, os canais de imprensa oficiais têm um papel fundamental de trazer para o público a verdade que incomoda, mas que é tão necessária para o desenvolvimento do país.
         Se eu tivesse que dizer uma verdade para um investidor, diria que o país está totalmente confuso, desorganizado, sem um horizonte de curto, médio e longo prazo. Existe muito discurso, mas poucas ações efetivas, um exemplo é a questão do meio ambiente. Geopoliticamente o Brasil está se isolando, tornando-se um pária para a comunidade internacional.
         Diria que não é o momento de investir no Brasil, mas aguardar as próximas eleições gerais, principalmente para presidente, cobrar dos candidatos um projeto de país, com ações objetivas, previsibilidade, transparência, sem ingerência em instituições sérias de prestígio internacional. Pois, o dinheiro não aceita desaforo, não aceita ser manipulado e nem ser enganado e quando se tem um prejuízo, quem paga é o investidor, não é o país. O país pode crescer ou não com o investimento, depende de como está sendo gerido e comprometido com o futuro das novas gerações.

Crise, Caos e Desgoverno no Brasil • LEANDRO KARNAL



Saúde Ambiental: pandemia e desgoverno


quinta-feira, 9 de julho de 2020

A Realidade Ambiental se Impõe para o Brasil !


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          O governo atual que se diz liberal, pró desenvolvimento econômico está diante de uma escolha de Sofia. A mudança de rumo na atual política ambiental e preservação do meio ambiente, em especial a floresta amazônica. Como conciliar “ORDEM E PROGRESSO” com uma política correta de preservação do meio ambiente?
         Até o presente momento, o atual governo tem demonstrado um desgoverno em relação a preservação do meio ambiente, o ministério do meio ambiente presidido pelo atual ministro Ricardo Salles adota medidas para o desmonte de instituições e a desregulamentação legal do combate ao desmatamento, a preservação da vida dos povos indígenas.
         O Brasil está sendo mal governado, pois perdemos a credibilidade em uma área que poderíamos ser líder no mundo. E as consequências negativas só aumentam: primeiramente perdemos o Fundo Amazônia que tem por finalidade captar doações para investimentos não reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. A Alemanha é um dos três doadores do fundo – além dela, participam Noruega e Petrobrás.
         Agora o Brasil pode perder os recursos que estão no país, mais os recursos futuros dos grandes fundos de investimentos do mundo capitalista, dirigidos por grandes instituições financeiras que tem um compromisso de preservação do meio ambiente. O mundo mudou, estamos no início de uma nova era, que é VERDE e tem como objetivo a preservação da vida. O nosso atual presidente está mal assessorado, com a atual política de preservação do meio ambiente, o país só tem a perder. A agenda mundial mudou, o conceito de desenvolvimento mudou. Ou o Brasil muda ou seremos isolados e não teremos recursos financeiros para fazer o país crescer.
         O Brasil tem que adotar medidas para reconquistar a sua credibilidade internacional, demonstrar que está comprometido com a preservação do meio ambiente. A primeira medida séria a troca do ministro do meio ambiente e as posteriores medidas são o fortalecimento das instituições de combate ao desmatamento e a revisão da regulamentação que imputa crime aos grupos organizados que não preservam o meio ambiente. A questão é séria e caso não seja implementada na prática, o Brasil vai perder investimentos e seus produtos de exportação podem passar a ser boicotados por países que valorizam a vida e a preservação do meio ambiente.

Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável:

17 - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Objetivo 1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.
Objetivo 2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável.
Objetivo 3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.
Objetivo 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.
Objetivo 5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.
Objetivo 6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos.
Objetivo 7. Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos.
Objetivo 8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos.
Objetivo 9. Construir infraestruturas robustas, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação.
Objetivo 10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles.
Objetivo 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resistentes e sustentáveis.
Objetivo 12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.
Objetivo 13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos (*)
Objetivo 14. Conservar e usar sustentavelmente dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.
Objetivo 15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade.
Objetivo 16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.
Objetivo 17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.

(*) Reconhecendo que a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima é o fórum internacional intergovernamental primário para negociar a resposta global à mudança do clima.
(**) Traduzido pelo Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), última edição em 25 de setembro de 2015.