O
Estado é a materialização da vida em comunidade. Cabe ao Estado a função
punitiva, de caráter ético e de elevação moral. Também cabe ao Estado fornecer
o maior bem aos cidadãos, aos homens, não propriamente de comodidades e de
gozos, porque estimulam a avidez e a intemperança e a injustiça, mas de bens
espirituais de primeira ordem.
O
caminho para a formação de cidadãos que possam exercer a cidadania é a educação
de qualidade, que deve ser dada a todas as classes sociais. Homens, mulheres,
crianças e bens devem estar a serviço do Estado, que representa a sociedade. A
educação deve ser dirigida pelo Estado, e a defesa da família, propriedade
privada e o domínio das leis tem que ser realizado pelo Estado.
Os
indivíduos devem ser escolhidos pela sociedade de forma democrática para
dirigirem o Estado. Os detentores do poder devem ser obrigatoriamente renovados
a cada período eletivo, definido em lei. Devem ser selecionados conforme a formação
e capacitação intelectual. É o governo dos melhores para ter um Estado ideal.
Mas
mesmo assim, a construção ideal do Estado sofre deformidades, a realidade
mostra violações da ordem justa. Pela ambição, a alma passional supera a
racional; o desejo das honrarias, do poder e do dinheiro substitui o amor à
justiça e a sabedoria, e a avidez da riqueza faz surgir à corrupção.
Assim,
desencadeiam os apetites, desenfreiam-se os da multidão e a democracia
turbulenta triunfa, a desordem das paixões permite transformar as multidões em presa
fácil dos astutos, das aves de rapina, dos lobos em pele de cordeiro, dos
demagogos, dos populistas que criam utopias regressivas, que se utilizam das
sociedade para estabelecer a tirania do poder econômico dominante, em
detrimento dos interesses do povo, e o Estado, que representa a materialização
da sociedade, se torna o servo dos interesses do poder econômico dominante.
Produtor de injustiças e catalizador de desordem e retrocesso.
É
a tirania do poder econômico dominante que provoca a desordem e a degradação do
Estado, o ente que materializa a representação da sociedade, o poder econômico
dominante é injusto por que é tirano, provoca o cúmulo da infelicidade.
Cabe
ao Estado regulamentar a atividade econômica, para minimizar o poder de ação do
modelo econômico dominante. O fim último do Estado é proporcionar bem estar a
sociedade que o constitui. O livre mercado é uma utopia, uma falácia, que
beneficia apenas a uma classe minoritária, geradora da injustiça social. Sem
regulação por parte do Estado, não há como garantir direitos básicos a
sociedade, ela se torna uma presa fácil e é espoliada pelos detentores do
capital.
O
Estado é mais que mediador entre o capital e a sociedade, é a sociedade, que
deve negociar diretamente a relação que se tem com o capital. E o capital
representa aqueles que o detém, uma pequena parcela da mesma sociedade. Em
Estado democrático, os interesses da maioria devem ser protegidos, preservados
e mantidos pelo Estado. Do contrário é a tirania de uma minoria, os detentores
do capital.
Em
2018 o Brasil terá a oportunidade de decidir que Estado que ser, um Estado de
uma minoria, ou um Estado de uma maioria, em qualquer uma das formas, o Estado
estará defendendo interesses de que estiver no poder, e disser representante da
maioria, mesmo que seja de forma demagógica, e até populista. A cada uma cabe
decidir em que votar...
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