O
primeiro valor a ser transvalorado é o valor econômico vigente, que produz o
estilo de vida do Homem contemporâneo. Para manter o seu padrão de consumo, o
Homem contemporâneo mais depreda do que conserva o meio ambiente em que vi.
Para construirmos uma visão de mundo que vai além dos limites vigentes,
precisamos realizar a Transvaloração do Valor econômico vigente, o capitalismo,
e todas as suas formas de expressão.
Entende-se
que: “Transvaloração é rompimento com o
homem ideal pela tradição para que se tenha o homem real, este que não segue e
sofre as consequências de não aderir aos valores impostos. Transvaloração é o questionamento
dos valores transmitidos como absolutos. É fazer uma releitura mais
aprofundada, tirar a visão sagrada do ser humano”. (Alessandro Ferreira de
Andrade Blanck)
A
sociedade do século XXI está no limiar da ruptura com o modelo econômico
vigente, o capitalismo. Ela quer encontrar o equilíbrio, a sustentabilidade, a
longevidade para a humanidade. É a busca da descoberta do Homem real, que
supera os valores impostos através do questionamento e da releitura mais
profunda da realidade, onde retira a visão sagrada do ser humano e o coloca em
seu lugar no espaço e tempo. O Homem não é o centro da atenção, que tudo quer e
poder, existem limites, e o desafio está em aprender a conviver com os limites,
na medida em que se coloca a vida de todos os seres, como o maior dos valores.
O atual estilo de vida do Homem propaga a morte.
Segundo
Machado (1999), Nietzsche testifica que a sociedade, enquanto poderosos e
instituições, é a principal responsável por criar os valores para toda a
humanidade, mas sempre julgando se são ou não nocivos a si mesma. (MACHADO,
Roberto. Nietzsche e a verdade. p. 63)
A
sociedade do século XXI tem que ser uma sociedade que crie novos valores, aqueles
que não advêm somente dos poderosos e suas instituições, mas que surjam de
forma democrática do seio da sociedade. E avaliar o que é nocivo ou não é
nocivo para a humanidade.
Os
valores não advêm só de leis ou instituições. Mas de um movimento social que questiona
o que fora recebido até então pela imposição do poder econômico vigente, faz
uma releitura no que fora passado de geração para geração como indubitável, pois
isso engendra a revisão do que tem realmente valor, proporciona ao ser humano
viver de forma mais autêntica, intensa, espontânea. E o valor econômico é o
primeiro valor a ser transvalorado, por representar a base de subsistência da
vida humana.
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