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domingo, 30 de julho de 2017

Uma Sociedade Sem Verdade Ideológica !




         O Brasil tem uma falência de seu sistema político, este se tornou incapaz de criar conceitos, propostas, visões de mundo dos quais tenha a aprovação da sociedade brasileira. Ela está sendo governada por líderes que não representam o desejo democrático da população. As reformas estão sendo implementadas por uma elite política que atende apenas os interesses de uma elite econômica. O discurso político não traz em sua essência uma verdade que crie e modele uma ação ideológica por parte dos partidos políticos. Onde está a verdade?
“A verdade é deste mundo; ela é produzida nele graças a múltiplas coerções e nele produz efeitos regulamentados de poder. Cada sociedade tem seu regime de verdade, sua política geral de verdade: isto é, os tipos de discurso que ela acolhe e faz funcionar como verdadeiros; os mecanismos e as instâncias que permitem distinguir os enunciados verdadeiros dos falsos, a maneira como se sanciona uns e outros; as técnicas e os procedimentos que são valorizados para a obtenção da verdade; o estatuto daqueles que têm o encargo de dizer o que funciona como verdadeiro.” (FOUCAULT, 2015, p. 52)

         Qual é a verdade do mundo da sociedade brasileira? Em um poder que não tem legitimidade política para fazer reformas na sociedade. Sob este aspecto podemos entender que a sociedade brasileira está em um regime de mentira, e o que prova esta tese é a aversão da sociedade à política e seus representas eleitos. O discurso emitido por nossos líderes não são acolhidos pela sociedade e não funcionam como verdadeiros. Os mecanismos e instâncias que poderiam distinguir os enunciados verdadeiros dos falsos estão corrompidos, incapazes de influenciar e mobilizar o povo. Existe a carência de um líder, uma instituição política, democraticamente eleita, que tenha a capacidade de dizer o que funciona como verdadeiro. O Brasil está sem liderança democrática, não há ideologia a ser seguida, por falta de debate político.
“Em nossas sociedades, a economia política da verdade tem cinco características historicamente importantes: a verdade é centrada na forma do discurso científico e nas instituições que o produzem; está submetida a uma constante incitação econômica e política (necessidade de verdade tanto para a produção econômica, quanto para o poder político); é objeto, de várias formas, de uma imensa difusão e de um imenso consumo (circula nos aparelhos de educação ou de informação, cuja extensão no corpo social é relativamente grande, não obstante algumas limitações rigorosas); é produzida e transmitida sob o controle, não exclusivo, mas dominante, de alguns grandes aparelhos políticos ou econômicos (universidade, exército, escritura, meios de comunicação); enfim, é o objeto de debate político e de confronto social (as lutas ideológicas).” (FOUCAULT, 2015, p. 52)

         Qual é a economia política da verdade vigente no Brasil ? Existe um discurso científico e instituições que produzam verdades ? Como podemos realizar políticas públicas democráticas que venham a atender o interesse da sociedade ? Não há uma verdade para a produção econômica e o poder político vigente. As eleições previstas para o ano de 2018 representam a oportunidade de um debate político de confronto social, permeada por lutas ideológicas. O combate será pela verdade, ou em trono de uma verdade, uma visão de mundo que lidere os anseios da população brasileira. A legitimação de um poder constituído pela participação popular.
“O que faz com que o poder se mantenha e que seja aceito é simplesmente que ele não pesa só como uma força que diz não, mas que de fato ele permeia, produz coisas, induz ao prazer, forma saber, produz discurso. Deve-se considerá-lo como uma rede produtiva que atravessa todo o corpo social muito mais do que uma instância negativa que tem por função reprimir.” (FOUCAULT, 2015, p. 45)

         Referência:
         FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Organização, introdução e revisão técnica de Roberto Machado. – 3 ed. – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.


sábado, 8 de julho de 2017

O Poder da Oração !




         O poder da oração está no alinhamento do pensamento, da emoção e do sentimento em conexão com a Matriz Divina. Poder é a capacidade de deliberar arbitrariamente, agir e mandar. Oração é um ato religioso que visa a ativar uma ligação, uma conversa, um pedido, um agradecimento, uma manifestação de reconhecimento ou, ainda, um ato de louvor diante de um ser transcendente ou divino. Alinhamento é o ato ou efeito de pôr-se em linha reta, na mesma linha. Pensamento é aquilo que é trazido à existência através da atividade intelectual. Por esse motivo, pode-se dizer que o pensamento é um produto da mente. A emoção é uma alteração intensa e passageira do ânimo, podendo ser agradável ou penosa, que surge na sequência de certa comoção. O sentimento é um estado afetivo que se produz por causas que o impressionam. Estas causas podem ser alegres e felizes, ou dolorosas e tristes. Conexão é a ligação de uma coisa com outra; união. Matriz Divina, segundo Max Planck, um lugar que é pura energia, onde todas as coisas têm início e que simplesmente “É”, e afirma Gregg Braden, é a origem das estrelas, das rochas, do DNA, da vida e de tudo que existe.
         Segundo físicos quânticos, “microscopicamente, não há nada natural, tudo é vibração, tudo é feito de energia condensada. Vivemos em um universo de vibrações e nossos corpos são constituídos de vibrações de energia que nós emanamos constantemente. A ciência já provou, através da física quântica, que estamos todos conectados através de nossa vibração. Experimentações científicas demonstraram que nosso DNA muda com as frequências produzidas pelos nossos sentimentos e emoções, ou seja, vibrações.”
         “Isso ilustra uma nova forma de energia que conecta toda criação. Esta poderosa energia, parece ser uma Rede Estreitamente Tecida que conecta TODA a matéria e, ao mesmo tempo, podemos influenciar essencialmente esta rede de criação por meio de nossas VIBRAÇÕES. Os experimentos comprovam, também, que as frequências energéticas mais altas, que são as do AMOR, impactam no ambiente, de uma forma material, produzindo transformações não só em nosso DNA, mas no ambiente em que nos cerca. Isto tem um profundo significado: possuímos muito mais poder do que imaginamos”.
         Se aplicarmos a oração corretamente, podemos obter coisas extraordinárias, além da imaginação humana, podemos mudar o mundo. Podemos ser criadores de nossa realidade.
         “Nos manuscritos achados no Mar Morto, encontramos as chaves, as instruções de um modelo de pedido de oração, que a ciência quântica moderna sugere como o poder de curar os nossos corpos, trazer paz duradoura no mundo e, até mesmo, prevenir as grandes tragédias climáticas que a humanidade poderia enfrentar. Usando o pensamento, sentimento e emoção unidos em nossa oração, podemos atrair os pontos de escolha e mudar os resultados previstos.”
         “Pensamento, emoção e sentimento são a chave da tecnologia da oração e no interior de nós mesmos, devemos experimentar e sentir o que queremos realizar no exterior, precisamos sentir isto no corpo, nos pensamentos e sentimentos.”
         Diz Gregg Braden que Deus é puro amor, é energia e por ser energia, não morre, não desaparece, é imortal, e está em todos os lugares. E como somos imagem e semelhança de Deus, sabemos que somos energia e hoje podemos provar isso. Somos seres espirituais e não seres feitos de matéria. Vimos que, geneticamente, nosso DNA muda com as frequências que produzem nossos sentimentos, e que as frenquências energéticas mais altas, que são as do AMOR, impactam no ambiente, de uma forma material, produzindo transformações não só em nosso DNA mas em todo ambiente.
         Quanto mais amor deixamos fluir em nossos corpos, mais adaptados estaremos para enfrentar o que possa acontecer em nossas vidas. E podemos conduzir TODO o nosso planeta, mediante nossos pensamentos positivos em conjunto, para o melhor futuro possível.
         Fonte:
         Manuscrito ocultado por 2 mil anos pelo Vaticano revela: “Os seres humanos tem  poderes sobrenaturais.


quarta-feira, 5 de julho de 2017

Filosofia como disciplina escolar no Brasil !




         A retomada da disciplina de filosofia no currículo de ensino da educação básica do estudante brasileiro ocorreu ao longo da história de forma irregular, há momentos que esteve presente e há momentos que esteve ausente. Atualmente, por força de lei, a filosofia está presente de forma obrigatória no currículo escolar da educação básica. Por se tratar de um tempo recente e curto, a situação ainda é muito instável e a filosofia ainda sofre ataque de líderes políticos através de visões influenciadas por espectros ideológicos.
         A filosofia sempre representou uma disciplina que desperta temor para governos totalitários, pois possibilita a seus estudantes a habilidade crítica para ver o mundo e a capacidade de criar conceitos que enfrentam os desafios vigentes. Percebe-se que não há um único caminho a seguir, mas a convivência histórica dialética de posições políticas antagônicas, que se materializam a longo do tempo.
         Ou seja, não é só a maioria que tem vez e voz, mas as minorias passam a serem ouvidas e lutarem pelos seus direitos, entendendo que todos são iguais e estão sujeitos à mesma lei como cidadãos, é à base ideológica de muitos movimentos sociais. Os estudantes ao final do ensino médio devem dominar os conhecimentos de filosofia e sociologia necessários ao exercício da cidadania conforme a LDB de 1996. O que fortalece politicamente a existência e funcionamento de um Estado democrático. E é em 2008, que a filosofia é implantada, por força de lei, de forma definitiva no currículo de ensino básico.
         Devemos lembrar que a luta pela redemocratização, cidadania e inclusão social faz parte do dia a dia da classe social menos favorecida e das minorias, que em momentos de forte opressão são marginalizadas e excluídas da sociedade. Para enfrentarmos as injustiças sociais, o professor de filosofia deve formar cidadãos esclarecidos, reflexivos e críticos. A formação humanística do aluno deve criar cidadãos éticos, críticos, sujeitos e protagonistas.
         A educação básica da população é muito importante para a formação de um Estado democrático e livre, capaz de se autodeterminar no seu presente e projetar o seu futuro. É à base da formação de um cidadão preparado para a vida.
         Os desafios da filosofia para a educação básica no Brasil: 1ª Formação de docentes, 2ª O que se entende por filosofia deve ser melhor definido, a filosofia não é uma única filosofia, mas uma área de conhecimento com diversas filosofias. A filosofia é um desafio que nos torna tolerante para com os diversos pontos de vista. Exercer filosofia á assumir uma atitude filosofante, de natureza diversa e plural. A filosofia pode possibilitar a consolidação democrática.
          Fonte: Entrevista com a Profa. Adriana Mattar Maamari


sábado, 1 de julho de 2017

Jornalismo Libertador !


         O ambiente contemporâneo é confuso e alterável, temos dificuldade em discriminar, classificar e ordenar, detectar regularidades e fazer distinções entre o que é importante e o que não é, saber quando estamos sendo manipulados. O homem busca conhecimento por uma questão de sobrevivência. “Conhecimento é poder, mas poder não é, necessariamente, conhecimento.” (HENRIQUES, Mendo e BARROS, Nazaré)
         Um exemplo se faz na política dos Estados democráticos que constroem suas imagens através de agências de comunicação. A massa da população não tem capacidade de interpretar e intervir na vida pública, pois está modelada por uma visão de mundo construída pelo marketing político.
Os fatos são construções e interpretações, e quem os narra é um formador de opinião que é sempre portador de uma determinada visão de mundo, mas cujos valores, desejos e expectativas são, por um lado, raramente revelados ou, por outro, escolhidos entre os modelos do pensamento único, do politicamente correto. Os políticos querem ocupar um lugar favorável nos barômetros da popularidade. (HENRIQUES, Mendo e BARROS, Nazaré, 2013, p. 50 e 51)
         O século XXI é o século da informação, e pode ser o século da formação. Esse é o papel dos meios de comunicação, e fundamentalmente do jornalismo, mais do que bem informar, deve em longo prazo formar o cidadão. Na política, a massa deve aprender a votar e eleger o seu representante, perceber quem é quem, identificar as falácias nos discursos e construir uma opinião que possa formar uma visão de mundo factível e permeável à transformação. O desenvolvimento sustentável ocorrerá a partir de uma ação concreta e real, que se materializará em um ponto no futuro da história. Se questionarmos o cenário atual, veremos que:
Se nos perscrutarmos, descobriremos muitas irracionalidades, muita falta de realismo e muita propensão e fantasias. Descobriremos que estamos aprisionados por imensos preconceitos, imensas superstições e crenças. A psicologia e a sociologia ajudam-nos a identificá-los, mas só a filosofia permite que nos interroguemos sobre até que ponto andamos iludidos. (HENRIQUES, Mendo e BARROS, Nazaré, 2013, p. 51)
         O papel do jornalismo no século XXI se fundamenta como um veículo para o conhecimento, deve atender aos que não tem conhecimento e espera que a realidade os ofereça. Deve possibilitar que o comportamento não seja condicionado, exista sem automatismo e que as respostas sejam questionadas. Por isso, o jornalismo mais do que informar, deve formar. O jornalismo do século XXI será menos instrumental e mais filosófico, aberto a críticas e reflexões, trará o conteúdo revestido de princípios orientadores para a formação de um juízo por parte de seu receptor da informação. Esta é a função de um jornalismo transformador, criador e libertador.
Se quisermos fugir de ilusões e resistir às distorções da realidade, precisamos ter princípios para orientar nossos juízos. A desorientação resulta sempre da falta de questionamento ou da ignorância das provas. Precisamos filtrar a informação e ter critérios quanto ao tipo de evidências necessárias para suportar nossas afirmações. Esses critérios, em última análise, derivam de uma concepção do que podemos conhecer e de como conhecemos. Por isso mesmo se torna necessária à reflexão filosófica sobre esse tema. (HENRIQUES, Mendo e BARROS, Nazaré, 2013, p. 51)
         O jornalismo tem que fazer o seu leitor, telespectador, receptor não acomodar nem aceitar passivamente a informação, deve persistir, insistir e não desistir, levantar todas as hipóteses e todas as suspeitas, pois não há respostas evidentes; tudo tem de ser fundamentado, argumentado, logicamente construído. Ter um espírito filosófico que combate a precipitação, o imediato, as evidências do senso comum. Nada é o que parece, e a realidade raramente é transparente e linear. Tem que ser intérprete da informação. A consistência e a coerência de uma opinião brotam do pensamento sistemático. O jornalismo tem que despertar o desejo de conhecer.
         Fonte:
         Mendo Henriques e Nazaré Barros. Olá, consciência uma viagem pela filosofia. É Realizações Editora, Livraria e Distribuidora Ltda, São Paulo – SP, 2013.