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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

O Ceticismo na Política por parte de Povos das Nações Democráticas !




         O ceticismo nega a possibilidade do conhecimento completo ou genuíno de um mundo objetivo, ou seja, a relação do Estado para com os cidadãos, o mundo da política é um mundo separado do povo e de suas experiências. Na maioria dos casos, os líderes políticos adotam políticas públicas ilegítimas para com os desejos democráticos do povo.
         Existe um ceticismo racional por parte do povo na política dos países democráticos, as conclusões do processo político democrático são contraditórias e paradoxais. E também um ceticismo metodológico por parte do povo, uma dúvida sistemática, mas temporária no resultado das eleições em países democráticos. As minorias e a parte que perde nas eleições a sua preferência são politicamente obrigadas a conviver temporariamente com a contrariedade.
         As lideranças políticas não conseguem representar em sua maioria os desejos do povo que os elegeram para governar. É um fenômeno presente nos países democráticos do ocidente. Os líderes políticos são eleitos com baixo nível de popularidade, e a política nos países democráticos passa a ter um perfil fragmentário.
         Nos países republicanos e parlamentaristas fica difícil obter uma maioria parlamentar para governar o país e apoiar o primeiro ministro ou presidente. A política fragmentária surge a partir das dissidências dos políticos de direita e de esquerda que são incapazes de unir esforços, para formar uma força coesa em prol de um bem comum.
         Os discursos dos políticos são cada vez mais paradoxais, não apresentam um realismo representativo. As ideias representam muito pouco ou correspondem muito pouco aos objetivos e desejos do mundo de seus eleitores. Os políticos adotam uma postura conservadora e pragmática em tempos de crise, retém como verdadeiras as ideias que funcionam e descartam como falsas as ideias que falham. Têm certa aversão para com as ideias novas e transformadoras. Os políticos adotam as mesmas políticas econômicas para enfrentarem as crises, são incapazes de usar da criatividade para criar um novo caminho, ou seja, o pobre perde, fica mais pobre, e o rico ganha, acumula mais. Não há nada diferente, que proponha uma divisão mais justa da renda e fortalecimento do mercado interno constituído por pobres trabalhadores.
         A força e certeza das decisões políticas são alcançadas a partir de um encontro bem-sucedido com a experiência, capazes de uma confirmação pública. O mundo é de todo complexo, com sensações e ideias contraditórias, causa uma divisão nas sociedades democráticas que têm a liberdade para se mobilizar e manifestar, não há uma unanimidade política.
         Assim, o mundo caminha em direção ao novo de forma dialética, a sociedade aspira por transformação, ela está disposta a enfrentar as contradições dando três passos à frente e dois passos atrás, mas sempre indo para frente em direção ao novo.
E é partir das contradições que se fomenta o ceticismo, esgaçando o tecido político da sociedade. Tornando impossível a atividade de uma política construtiva que procura oferecer um entendimento sistemático da natureza das sociedades democráticas.
         O fomento do homem ideal e da sociedade ideal passa pela formulação de uma ideia, onde o pessoal é mais importante do que o factual, o autoconhecimento é mais importante do que o conhecimento do mundo. O mundo que o homem transforma e constrói é o espelho do que o homem realmente é. Assim, a seguinte máxima é importante:

“Conhece a ti mesmo”
(Sócrates)


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