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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Justiça Social Traz Paz Social !




Nietzsche está certo? O mal é mais forte que o bem?
Qual é o caminho que a civilização humana está trilhando? Dado que, as guerras por maior poder econômico ainda são frequentes?
A humanidade viveu e experimentou os horrores da 1ª Guerra Mundial e da 2ª Guerra Mundial, que tiveram em sua essência o conflito econômico das nações. Ou seja, foi através do surgimento de governos totalitários, com ideologias, discursos demagógicos e populistas, que motivaram as massas das nações para o conflito e o domínio do mais fraco economicamente. Com a promessa de se construir um mundo mais justo e melhor.
No início do séc. XXI a humanidade vive uma guerra branca, uma pseudo paz, pois o valor da justiça social, através de uma melhor distribuição de renda está sendo negligenciado pela hegemonia econômica do neoliberalismo capitalista. Está havendo uma precarização dos direitos trabalhista que promovem uma justiça social.
O Brasil é um exemplo histórico material, pois morre por ano mais de 50.000 cidadãos em virtude da violência urbana, equiparado aos cenários de guerra. Se formos buscar as causas, a população que mais é atingida é a população com menor renda, menor formação educacional, quando não vive a margem da sociedade, envolvida com o crime organizado.
A desigualdade econômica no Brasil produz o conflito social, a sociedade brasileira não é uma sociedade pacífica. É uma sociedade que vive de forma latente uma guerra social. E este modelo também está presente em outros países, que também são economicamente injustos. Se quisermos mudar esta realidade, faz-se necessário a implantação de políticas públicas que venham a minimizar a diferença econômica entre o as pessoas. A precarização dos direitos trabalhistas só irá contribuir para potencializar o conflito social.
Os líderes políticos e econômicos têm a responsabilidade histórica, de trabalharem para reverter o desiquilíbrio econômico entre uma minoria detentora do capital e uma maioria oprimida pelo sistema econômico vigente. É necessária a criação de uma alternativa, que proporcione um equilíbrio, para não termos no futuro a experiência de um novo conflito armado de proporções planetárias.
A história caminha de forma dialética, o hoje não é o amanhã, e o amanhã não é o futuro, mas a continuidade de uma tese e posteriormente uma antítese. Hoje vivemos uma tese a espera de antítese, qual será esta antítese? Podemos afirmá-la por nossa ação histórica material, ou deixarmos nos levar pelo canto da sereia. A justiça social é uma construção que traz a paz social. O que estamos construindo ou desconstruindo?


domingo, 26 de junho de 2016

Uma Reflexão a Partir da Fala de Eduardo Gianetti !






          Nós humanos, seres racionais, capazes de compreender o mundo a partir da experiência sensível, continuamos a ter a capacidade de sonhar a vida bela, a vida plena ou estamos presos em nossos próprios pesadelos, criados pela hegemonia do modelo neoliberal capitalista? Até onde podemos ser otimistas com a continuidade insustentável do modelo vigente?
         O Brasil, em sua gênesis, tornou-se um país miscigenado, capaz de viver integrado com múltiplas origens culturais, pessoas de diferentes etnias, o que se fundiu formou o povo brasileiro. O que o capacita a ter um projeto original de realização, o Brasil não precisa imitar as potências do ocidente, mas viver a sua própria vida, dar um destino a sua própria existência, ser autônomo na forma de ser. A superação da crise se faz pela escolha de um caminho original de se realizar como nação.
         O que o Brasil tem para dizer ao mundo? Que escolheu o seu próprio critério de sucesso, a sustentabilidade, o equilíbrio, a justiça social, desvinculado do critério de sucesso das potências econômicas do ocidente, modelo econômico que está falido de forma estrutural nas palavras de Eduardo Gianetti. O Brasil tem a oportunidade histórica de mostrar uma possibilidade de superação da crise civilizatória em que o mundo está inserido, a qual tem sua origem na ética fundante de valores que determinam a moral e a ação.
         Segundo Eduardo Gianetti, o Brasil pode ter uma civilização sem mal-estar, é uma utopia a se realizar. Será este talvez o paradigma para o séc. XXI, onde já não se tem muitas alternativas, mas a necessidade de se acreditar em uma alternativa? Que o objetivo maior de um país seja possibilitar que o seu povo viva sem mal-estar, um valor que se coloca acima das riquezas materiais, pois está ligado diretamente ao estilo de vida das pessoas comuns.
Independente do dinheiro, as pessoas podem ser felizes, constituir um modo de ser, que dê sentido a sua própria existência, ou seja, afirmar de forma autônoma a sua própria vida. Agir conforme o Imperativo Categórico de Immanuel Kant: Faça para os outros o que gostaria que todos fizessem para todos. É uma proposta da edificação de uma sociedade menos egoísta, narcisista e superficial. A sociedade brasileira pode se libertar dos valores econômicos vigentes, é uma alternativa a se constituir.