O
ceticismo nega a possibilidade do conhecimento verdadeiro, o dogmatismo afirma
a possibilidade do conhecimento verdadeiro plenamente.
Podemos questionar três coisas na vida, a partir das perguntas:
1
– Qual é a natureza das coisas ?
Utilizando
o relativismo de Heráclito e Protágoras, afirma-se que só conhecemos o que
sentimos, e os fenômenos como nos aparecem.
2
– Que atitude devemos assumir quanto a elas ?
Devemos
reconhecer e seguir os fenômenos, mas suspender o juízo quanto ao que está oculto,
a coisa em si. O critério para uma conduta prática, sem, no entanto, possuir o critério
da verdade objetiva.
3
– Que resultará dessa atitude ?
A
renúncia ao juízo, eliminando as perturbações que a opinião traz às inevitáveis
impressões dos fenômenos, alcançando a desejada imperturbabilidade.
No
dogmatismo há a pretensão de alcançar uma verdade absoluta e definitiva, uma
evidência onde tudo permanece compreendido, no ceticismo não há uma pretensão a
ser alcançada.
Ao
sábio resta apenas à probabilidade, não há como afirmar ou refutar absolutamente
a coisa em si, fica suspenso toda forma de juízo.
Assim pergunta-se: Onde
está a verdade?
“Na
história da filosofia, o ceticismo aparece como antípoda ao dogmatismo.
Enquanto o dogmatismo enche o pensador e o pesquisador de exagerada confiança
em face da capacidade da razão humana, o ceticismo mantém desperto o sentimento
do problema. Crava o aguilhão da dúvida no peito do filósofo, fazendo que este
não se aquiete diante das soluções já dadas a um problema, mas continue lutando
por soluções novas e mais profundas.”
(HESSEN, Johannes. 2003. p. 36)
Bibliografia:
HESSEN,
Johannes ; Teoria do Conhecimento ; tradução João Vergílio Gallerani Cuter ;
revisão técnica Sérgio Servulo da Cunha. – 2ª ed. – São Paulo: Martins Fontes,
2003.
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