O
que é a morte?
É um justo castigo, é a justa condenação criada por Deus, para os cumpridores
infiéis de sua obediência.
Com
o pecado original, pecado contraído na origem, a partir da desobediência de
Adão e Eva, passado de geração em geração, o Homem nasce mau, tem a necessidade
de conversão, pois nasce desarmônico, está em desarmonia em conflito. A
desordem passa a ser algo da condição humana. As paixões não estão mais ordenadas
pela razão.
O
Homem não nasce mais sob o efeito da graça de Deus, ou seja, o efeito do amor
de Deus na natureza do Homem, que une o homem a Deus, que é o auxílio divino.
A
privação da graça de Deus gera a desordem antropológica do Homem. Constitui-se uma
luta existencial, o corpo já não obedece à alma, as paixões já não estão sob o
domínio da razão. O Homem passa a estar sob a escravidão do pecado.
E
Deus no seu infinito amor atua sob a história da humanidade, para conduzir o
Homem ao estado de glória, o estado de graça com a garantia da perseverança
eterna.
E
assim, para superar o pecado original de Adão, um ato da natureza humana, o mau
uso da liberdade humana, que causou uma desordem no Homem, dentro de si
próprio. Deus assume a filiação da humanidade, a partir do Batismo Cristão,
somos irmãos de Cristo. Que por amor a toda humanidade morreu por muitos, para
abrir as portas do céu para os filhos de Deus. E dessa forma o Homem supera a
morte:
A
primeira morte total do Homem, na qual a alma sem Deus e sem corpo sofre
temporariamente o castigo do inferno.
A
segunda morte total do Homem, na qual a alma sem Deus e com corpo sofre as
penas eternas, após a ressureição dos mortos o juízo final, ou seja, a condenação
ao inferno eterno.
Qual
é a implicação, ao acreditarmos nestas verdades esquecidas, que estão expostas
na obra Cidade de Deus, de Santo Agostinho de Hipona ?
Passamos
a fazer uma reflexão de nossa conduta ética moral do nosso dia-a-dia, para quem
professa uma fé em Cristo, é de relevante importância estar atento às causas da
desordem da natureza humana, entender qual é a nossa real luta existencial. E saber
qual é o caminho para viver sob a graça de Deus e poder alcançar o estado de
glória, para o qual fomos criados.
Ser
justo e merecedor da misericórdia de Deus são escolhas que o Homem faz na sua
vida terrena, é existencial, está condicionado ao uso espontâneo do livre arbítrio
do Homem. É uma decisão do Homem.
“Uma grande vitória só é possível
se precedida
de pequenas vitórias sobre nós
mesmos.”
(Leonid Maksimovich Leonov)
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