Do que seremos lembrados no futuro?
Esta
é uma importante questão que a arqueologia do futuro irá responder, será que
teremos os traços de uma civilização importante, que foi capaz de influenciar a
sociedade de seu tempo? Que despertou importantes correntes filosóficas, que
vieram a construir as bases do futuro? Que tipo de civilização nós somos? Seremos
capazes de deixar nossa marca na trajetória histórica existencial do Homem
nesta terra?
Pensar
o presente no futuro é uma reflexão que possibilita entender o sentido de nossa
existência, façamos um exercício de imaginação e voltemos ao passado das
importantes civilizações que já existiram neste mundo. Vejamos os traços
marcantes que moldou o pensamento do ocidente, a influência greco-romana, judaico-cristã.
O
que construiu a forma do ocidente raciocinar, sentir e viver a religião, a
filosofia, a política, a vida em sociedade, a construção das ciências naturais,
exatas e humanas? O que realmente somos? Onde estamos na história? O que
podemos construir? E o que iremos deixar de legado para a futura civilização?
Existe
uma verdade, o tempo é implacável, ele passa por tudo e deixa os registros
arqueológicos ao longo da estrada, e quais tipos de registros arqueológicos do
presente serão deixados para o futuro? No que teremos realmente influenciado na
construção do futuro?
Podemos
estar diante de uma nova visão da arqueologia, a Arqueologia do Futuro. O que
temos hoje faz parte do passado, o que fará parte do futuro? A busca de
respostas para estas inúmeras perguntas podem levar a um sentido existencial do
presente, ou seja, podemos estar diante de um modo articulado de caminharmos no
tempo e identificarmos o que realmente é importante para a civilização do
presente.
Mas em que esta forma
de pensar pode nos ajudar?
Pode ser uma bússola
para os líderes de cada nação, os formadores de opinião, os construtores
sociais, as elites que são capazes de provocar mudanças e redirecionar uma
sociedade. Do que queremos ser lembrados é uma resposta para cada tomador de
decisão, é uma responsabilidade histórico existencial de imortalizar o presente
e projetar o futuro.
O convite é a reflexão
e a busca de respostas para o que iremos deixar de relevante para o futuro,
cada um pode ser esse guia, o tema está em aberto, o futuro permite a
materialização de possibilidades, basta respondermos ao que somos chamados.
Qual é a nossa
resposta?
“Os
males não cessarão para os humanos antes que a raça
dos
puros e autênticos filósofos chegue ao poder, que os
chefes
das cidades, por uma divina graça, se não
oponham
a filosofar verdadeiramente.”
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