Páginas

sábado, 20 de agosto de 2022

A Rebelião das Massas !


          Quando a rebelião das massas é legitimamente justificada?

Quando o governo de plantão não é capaz de promover a justiça. E para definir o conceito de justiça, eu vou me remeter ao pensamento de Aristóteles, que define: “Há duas modalidades de justiça: partilha e participação, os que podiam ser partilhados ou distribuídos (as riquezas) e os que eram indivisíveis e só poderiam se dar na forma de participação, caso do poder (krátos). Aos cidadãos cabia a participação no poder da Cidade, a justiça política, considerada a condição de indivisibilidade do poder. Aos não – cidadãos, que não participavam da vida política da Cidade, eram aplicadas a justiça distributiva e a comutativa, procurando-se garantir os direitos individuais e privados.” Todo cidadão político que possui um título de eleitor pode promover o modelo de justiça participação do poder do Estado, a política, seja através do voto nas eleições ou se fazer representar através de manifestações públicas que influenciem as decisões e votações dos políticos eleitos. Já a modalidade de justiça partilha depende diretamente da condução das políticas econômicas, capazes de proporcionar a distribuição da riqueza gerada pelo trabalho das massas, ou seja, do povo.

         O atual governo de plantão comete as duas injustiças, a primeira, governa para uma pequena parcela da população, é insensível às mazelas e necessidades dos cidadãos de baixa renda, que representa 70% da população brasileira. Vivemos um momento político que fez retornar a fome, inflação alta, aumento dos preços dos alimentos, a vida se tornou mais difícil para as massas, o povo. Não há partilha ou distribuição da riqueza. A segunda, representa o ataque constante ao regime democrático do país, ao modelo de apuração dos votos, o infundado discurso que questiona as urnas eletrônicas. Ou seja, as massas, o povo corre o risco de ter um líder político que flerta com o autoritarismo, por demonstra incapacidade de aceitar os resultados das eleições do país. E hoje é refém de uma parcela dos deputados e senadores que têm práticas políticas obscuras, como o orçamento secreto, sem transparência e participação popular. Na verdade, é uma enorme transferência de renda oculta para a classe política, o exercício do poder é antidemocrático, sem a participação popular. Segundo Aquino, “o tirano a título pode legitimar sua atuação se governar em benefício dos súditos e, em outra condição afirma, que quando a tirania se torna insuportável, justifica-se a rebelião.”

         As eleições do Brasil em 2022 será um divisor de águas, o governo atual demonstra com as suas atitudes que não têm escrúpulos para manipular e enganar as massas, o povo. Caso, seja reeleito terá que colher os frutos da mentira, uma potencial rebelião popular, pois o preço dos combustíveis não se manterão, a inflação vai se manter em patamar alto, o custo de vida vai aumentar, o Auxílio Brasil não está previsto para o ano de 2023, a fome voltará forte e poderá piorar, a vida ficará insuportável...

         A rebelião das massas, povo se torna legítima quando a vida fica insuportável. A pergunta que fica: Qual candidato político tem um projeto de país para tornar a vida suportável para as massas, o povo? Essa é a pergunta que os eleitores têm que fazer aos candidatos à presidência da república e votar naquele que for capaz de promover a justiça, partilha e participação.

REBELIÃO DAS MASSAS, DE JOSÉ ORTEGA Y GASSET



A Rebeliao Das Massas Jose Ortega Y Gasset


Nenhum comentário: