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domingo, 28 de agosto de 2022

A Possível Utopia Brasileira !


         Imagina um país, que não tem propriedade privada, onde os governantes são eleitos pela população, que podem ser destituídos do cargo, caso exerçam a tirania. O fim das instituições é satisfazer as necessidades públicas e individuais. Uma sociedade que trabalhe no máximo 6 horas por dia, e usa do tempo livre para se libertar da servidão do corpo, o cidadão cultiva livremente o espírito, desenvolve as suas faculdades pelo estudo das ciências e das artes.

         Todas as deliberações e decisões políticas são frutos de discussões a partir da eleição da assembleia dos cidadãos. Não existe, servo, escravo, pobre e miserável, todos são ricos por desfrutarem uma vida plena. O Homem vive uma vida em plena harmonia com a natureza, o trabalho existe para garantir a sobrevivência, todos são bons e vivem pacificamente, possuem o discernimento do bem e do mal, e têm como finalidade viver para o bem pessoal e comum.

         A sociedade ideal é uma busca antiga, passa pela República de Platão, está descrita na Política de Aristóteles, traz a verdade do Evangelho a partir da vida de Cristo, é falada na Cidade de Deus em Santo Agostinho, está presente na Utopia idealizada por Tomas More e as ideias concebidas de Campanella na Cidade do Sol. É todo um ideal, que busca manifestar o melhor do ser humano, possível ou não, talvez esta seja a última experiência civilizacional a ser vivida pela humanidade.

         Os 200 anos de independência do Brasil deve ser celebrado e comemorado, mas questionado se o povo é realmente livre, pois 70% da população tem uma renda mensal incapaz de promover a libertação e a plenitude da vida. Se fizermos uma análise a partir da pirâmide Maslow, a maior parte da população está limitada, e mal consegue satisfazer as necessidades fisiológicas. Dizer que o Brasil é um país livre, capaz de tornar o seu povo feliz, que promove uma distribuição da riqueza que possibilite satisfazer todas as suas necessidades até a realização pessoal, é uma falácia, uma mentira oculta pela elite política e econômica, a ponto de termos o registro nas mídias oficiais a fala do nosso atual presidente da república que no Brasil não existe uma parcela da população que passe fome, ou seja, não existe fome no Brasil.

         A sociedade ideal, que realiza a possível utopia brasileira, possibilita a vida plena. A esperança está no futuro, onde a atual geração perversa que está no poder, não irá sobreviver ao tempo, passará como o vento e tudo poderá ser transformado e mudado. Neste mundo não há bem que dure e mal que perdure, então podemos ter esperança, só não sabemos o quanto ainda o povo será oprimido e enganado por líderes sem escrúpulos.






sábado, 20 de agosto de 2022

A Rebelião das Massas !


          Quando a rebelião das massas é legitimamente justificada?

Quando o governo de plantão não é capaz de promover a justiça. E para definir o conceito de justiça, eu vou me remeter ao pensamento de Aristóteles, que define: “Há duas modalidades de justiça: partilha e participação, os que podiam ser partilhados ou distribuídos (as riquezas) e os que eram indivisíveis e só poderiam se dar na forma de participação, caso do poder (krátos). Aos cidadãos cabia a participação no poder da Cidade, a justiça política, considerada a condição de indivisibilidade do poder. Aos não – cidadãos, que não participavam da vida política da Cidade, eram aplicadas a justiça distributiva e a comutativa, procurando-se garantir os direitos individuais e privados.” Todo cidadão político que possui um título de eleitor pode promover o modelo de justiça participação do poder do Estado, a política, seja através do voto nas eleições ou se fazer representar através de manifestações públicas que influenciem as decisões e votações dos políticos eleitos. Já a modalidade de justiça partilha depende diretamente da condução das políticas econômicas, capazes de proporcionar a distribuição da riqueza gerada pelo trabalho das massas, ou seja, do povo.

         O atual governo de plantão comete as duas injustiças, a primeira, governa para uma pequena parcela da população, é insensível às mazelas e necessidades dos cidadãos de baixa renda, que representa 70% da população brasileira. Vivemos um momento político que fez retornar a fome, inflação alta, aumento dos preços dos alimentos, a vida se tornou mais difícil para as massas, o povo. Não há partilha ou distribuição da riqueza. A segunda, representa o ataque constante ao regime democrático do país, ao modelo de apuração dos votos, o infundado discurso que questiona as urnas eletrônicas. Ou seja, as massas, o povo corre o risco de ter um líder político que flerta com o autoritarismo, por demonstra incapacidade de aceitar os resultados das eleições do país. E hoje é refém de uma parcela dos deputados e senadores que têm práticas políticas obscuras, como o orçamento secreto, sem transparência e participação popular. Na verdade, é uma enorme transferência de renda oculta para a classe política, o exercício do poder é antidemocrático, sem a participação popular. Segundo Aquino, “o tirano a título pode legitimar sua atuação se governar em benefício dos súditos e, em outra condição afirma, que quando a tirania se torna insuportável, justifica-se a rebelião.”

         As eleições do Brasil em 2022 será um divisor de águas, o governo atual demonstra com as suas atitudes que não têm escrúpulos para manipular e enganar as massas, o povo. Caso, seja reeleito terá que colher os frutos da mentira, uma potencial rebelião popular, pois o preço dos combustíveis não se manterão, a inflação vai se manter em patamar alto, o custo de vida vai aumentar, o Auxílio Brasil não está previsto para o ano de 2023, a fome voltará forte e poderá piorar, a vida ficará insuportável...

         A rebelião das massas, povo se torna legítima quando a vida fica insuportável. A pergunta que fica: Qual candidato político tem um projeto de país para tornar a vida suportável para as massas, o povo? Essa é a pergunta que os eleitores têm que fazer aos candidatos à presidência da república e votar naquele que for capaz de promover a justiça, partilha e participação.

REBELIÃO DAS MASSAS, DE JOSÉ ORTEGA Y GASSET



A Rebeliao Das Massas Jose Ortega Y Gasset