Para o Brasil atrair um volume de
capital estrangeiro que venha alterar a sua atual posição para um país mais
próspero e sustentável a longo prazo, o Estado tem que incentivar a criação de empresas
de última geração científica tecnológica.
Em primeiro lugar o país tem saber o
que quer ser, em segundo lugar tem que fazer um plano de longo prazo que se
configure como um projeto de Estado, não um projeto de governo. Onde o Brasil
pode estar daqui 10 anos, 20 anos, 30 anos, 40 anos e 50 anos?
Seremos um país com uma economia
predominantemente agrícola, ou também desenvolveremos os potenciais latentes no
país, que passam pela sua biodiversidade, miscigenação, territorialidade,
diversidade, pluralidade, continentalidade, para posteriormente se inserir no
mundo.
A solução para o desenvolvimento do
Brasil está presente em si mesmo, não há por que esperar a boa vontade do
investidor estrangeiro, temos que fazer o nosso dever de casa e caminhar na
direção de políticas públicas convergentes com o desenvolvimento sustentável.
O Estado pode não ser o executor do
desenvolvimento, mas pode ser o agente sinalizador dos futuros modelos de
desenvolvimento, que têm como base uma infraestrutura científica tecnológica. É
o momento de se investir nas Universidades Públicas, nos Centros de Pesquisa,
motivarem os pesquisadores a traçarem um planeamento estratégico de Estado para
os próximos 50 anos, revistos a cada 10 anos.
O país tem que utilizar toda a sua
criatividade potencial para criar caminhos na direção do desenvolvimento
sustentável. Vivemos imersos no século da criatividade, a era do conhecimento
científico tecnológico, que caminha na direção de uma ‘ECONOMIA VERDE”, onde
não haverá espaço para um outro tipo de economia.
O processo entrópico do capitalismo conduz
a sociedade a uma grande ruptura, onde as bases para a sobrevivência ocorrerão
através de uma elevada ação criativa. A energia do trabalho coletivo tem que
ser canalizada para resolver os problemas e a superação dos desafios impostos
pelo século XXI.
O país que irá liderar no futuro é o país
que melhor souber dar respostas para os questionamentos impostos pela “ECONOMIA
VERDE”. Fingir que nada está ocorrendo, é agir como uma avestruz, quando está
frente a um problema coloca a cabeça em um buraco no chão, mas seu corpo está
todo exposto, uma pequena lenda que serve de reflexão.
A inação é a pior forma de ação, pois
além de omissão não permite o avanço. O país não venceu a crise de 2015 até o
presente momento porque não está agindo, apenas reagindo. Agir é algo que vai
além, é caminhar em direção ao futuro. A nação é administrada com um olhar no
retrovisor, estamos presos em modelos do passado, o que nos impede a imersão no
futuro.
O futuro é a “ECONOMIA VERDE” sustentada
por uma infraestrutura científica tecnológica. É neste futuro que o país deve
colocar todos os seus esforços e investimentos para a constituição de uma sociedade
próspera, feliz, sustentável e longeva. O caminho existe, o que falta é uma
ação em direção ao futuro por parte de nossas lideranças políticas.
Soberania em debate - Tecnologia, inovação e
desenvolvimento: O futuro do Brasil