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domingo, 29 de maio de 2016

Mundo em Transição !




Neste momento devemos fazer uma reflexão, o mundo está em transição. Não é fim do PASSADO, mas o começo de uma nova ERA, que irá definir o estilo de vida das pessoas, com mais qualidade de vida, mais informação, mais equilíbrio, mais bem estar. O país do futuro será o país que fizer a transição com maior competência. O combustível fóssil fará parte de um passado, terá sua influência minimizada. Já a ciência, a tecnologia e as fontes de energia renováveis terão uma maior influência sobre a vida das pessoas. É um destino sem volta, que definirá o valor de um bem. O segredo do sucesso econômico de um país estará no equilíbrio e como as relações de força e interesses econômicos se desenvolvem. As políticas públicas de um país terão que ser sustentáveis a curto, médio e longo prazo. A riqueza será mensurada pela capacidade de lidar com os recursos limitados, ou seja, o tamanho do PIB, os recursos naturais, os recursos humanos, a renda, a tributação, o tamanho do Estado. As políticas sociais terão que estar comprometidas com o equilíbrio macroeconômico de um país, para existir terá que haver uma fonte de sustentação, do contrário não será viável a médio e longo prazo. O EQUILÍBRIO será o PARADIGMA, quanto mais for equilibrado, mais sustentável será. O que possibilitará o investimento financeiro em projetos de longo prazo. O retorno financeiro estará atrelado à capacidade de equilíbrio e sustentabilidade de um projeto econômico. A sociedade será mais racional, eficiente e eficaz na relação com o meio ambiente, será uma relação de troca sustentável. As relações sociais terão com fundamento a ética da alteridade, segundo Emmanuel Levinas, onde o EU verá o OUTRO como o OUTRO é.
O modo como o Outro se apresenta, ultrapassando a ideia do Outro em mim, chamamo-lo, de fato, rosto. Esta maneira não consiste em figurar como tema sob o meu olhar, em expor-se como um conjunto de qualidades que formam uma imagem. O rosto de Outrem destrói em cada instante e ultrapassa a imagem plástica que ele me deixa, a ideia à minha medida e à medida do seu ideatum — a ideia adequada. Não se manifesta por essas qualidades, mas kath'autó. Exprime-se. " (extraído de LEVINAS, E. Totalidade e infinito. Trad. José Pinto Ribeiro. Lisboa: Edições 70, 1988, p.38.)

         A transição representa uma oportunidade para a humanidade, dependerá das escolhas que fizer, esta é a forma de ser livre, o que possibilita a inovação e a criação de alternativas para a vida. Para sobreviver o homem em sua história sempre superou os desafios de seu meio, estamos diante de mais um desavio, que definirá se iremos sobreviver ou faremos parte do passado.



domingo, 22 de maio de 2016

Crítica da Razão Pura – Immanuel Kant !





            “Pensamentos sem conteúdo são vazios, intuições sem conceitos são cegas. Por isso, tornar sensíveis os seus conceitos (i. e., acrescentar-lhes o objeto na intuição) é tão necessário quanto tornar compreensíveis suas intuições (i. e., colocá-las sob conceitos). Ambas as faculdades ou capacidades também não podem trocar suas funções. O entendimento não pode intuir nada, e os sentidos nada pode pensar. Somente na medida em que eles se unifiquem pode surgir um conhecimento.” (KANT, 2013, p. 97)
         R: Para Kant, a ordem em nós diz como o cosmos é ordenado, ou seja, é a adequação das coisas a razão. E a razão só entende aquilo que ela mesma produz segundo os seus projetos. A razão tem de colocar-se à frente, com os princípios de seus juízos segundo leis constantes, e forçar a natureza a responder ás suas perguntas em vez de apenas deixar-se conduzir pela natureza. Os objetos têm de regular-se por nosso conhecimento, por regras que a razão tem e impõe as coisas, e estas regras são: Intuições e Conceitos.
         Tudo o que podemos dizer vai até onde podemos conhecer que é o fenômeno, o que aparece. Nunca sabemos como são as coisas em si, o que são as coisas, temos acesso apenas ao fenômeno. Só se sabe o que se baseia pela razão. Para o conhecimento seguimos dois passos segundo Kant:
         1ª Passo – Conhece o fenômeno a partir da sensibilidade e da experiência.
         2ª Passo – Seguimos os princípios, regras, a priori da razão para conhecermos o fenômeno.
         Todo conhecimento vem da experiência, mas não está restrita a experiência. Conhecimento a priori não há nada empírico. Conhecimento a posteriori tem fonte na experiência. Quando um juízo é pensado como estrito universal, não é deduzido da experiência, mas é a priori, é necessário e universal. A causa efeito, conexão necessária é importante para que se realize o conhecimento humano, o entendimento com o uso da faculdade do conhecimento a priori, que é estabelecido pelas formas da sensibilidade e do entendimento.
         O conhecimento se fundamenta baseado em leis, que vem de algo a priori, que seja universal. Emitem-se juízos sintéticos a priori. Através da sensibilidade que é uma faculdade do conhecimento sensível, do conhecimento imediato, da intuição. E do entendimento que é a atividade do pensamento. Se não for intuído não pode ser pensado, e se não for pensado não pode ser conhecido. O entendimento e os sentidos trabalham simultaneamente para se chegar ao conhecimento. Para a partir da intuição poder formular os conceitos. O pensamento ordena o que nos chega pela intuição. A intuição e os conceitos constituem os elementos de todo nosso conhecimento. O pensamento necessita dos conteúdos que vem da intuição para que não seja vazio, e a intuição necessita dos conceitos que vem dos pensamentos para que não seja cega, e assim se chegar ao conhecimento.
         Referência:
        KANT, Immanuel. Crítica a razão pura ; tradução e notas de Fernando Costa Mattos. 3ª ed. – Petrópolis, RJ ; Vozes; Bragança Paulista, SP ; Editora Universitária São Francisco, 2013.