Está terminando o tempo de bonança,
passaremos a viver a era do Governo que paga, se os credores oficiais quiserem
receber, pois do contrário não receberão, por se tornar impagável.
Nós
comuns cidadãos devemos tomar consciência de uma real cruel realidade, o Brasil
não é superavitário, e por qual razão?
Má
gestão pública, falta de comprometimento com o futuro do país, se o país quiser
ter um futuro próspero e confortável, deverá diminuir os gastos públicos e
diminuir os grau de endividamento público, que compromete e descontrói o futuro.
Não
há caminho seguro sem um planejamento e uma atitude obstinada para se obter um
resultado. A pergunta que faço é:
Qual
resultado se quer obter no futuro?
Hoje
os credores se sentem confortáveis, se eu estivesse no lugar deles, se sentiria
preocupado, pois dívida impagável é dívida não paga. Ou seja, mais uma crise do
sistema financeiro, e talvez seja está uma das prováveis crises que o Brasil
venha ter em seu futuro não muito longínquo.
Não
existe economia estável com déficits orçamentários sucessivos, em um momento da
história o processo deve se inverter, para que se possa pagar a dívida que se
contraiu, do contrário haverá um grande calote e os títulos do país que valem
$100,00 Reais passam a valer $50,00 Reais ou menos, há uma depressão do valor
da dívida para torna-la pagável, seja via inflação, via câmbio, via decreto,
via calote, mas de alguma forma ocorre.
Para
um endividado não há muita esperança, porque o futuro não lhe pertence, apenas
o presente e é pagar... E não investir...
Assim
passamos a ter sucessivas décadas perdidas, baixo grau de investimento público,
e insuficiente capacidade de atrair investimento estrangeiro, o pior dos mundos.
Ainda
não estamos lá, mas estamos trilhando este caminho, é só fazermos as contas e
avaliarmos os resultados presentes e as atitudes rumo ao futuro. Podemos nos
considerar saudáveis financeiramente?
Agora,
o que tem haver política econômica com filosofia?
É
que se um líder político tem como compromisso filosófico a construção de uma
sociedade justa e feliz, a práxis passa pelo via material, expressa pela
economia.
A
impressão que se tem é que o Brasil nas últimas décadas utilizou de forma
imprudente, o pequeno alívio financeiro que teve em sua economia. A visão foi
de curtíssimo prazo, não se idealizou um cenário de médio e longo prazo, e a
bonança está passando e iremos amargar o peso de decisões imprudentes.
O
que esperar para o futuro?
Se
for um governo responsável, será um governo austero, uma vida espartana, sem excessos,
mas comprometido com o desempenho da economia, e a reconstrução das bases que
possam tornar a sociedade mais justa e feliz.
Não
existe ação sem consequência, o futuro pertence ao presente, se quisermos
sonhar com uma realidade plausível, as bases são construídas a partir do
presente e não prolixamente proteladas para um futuro provável.
As
eleições estão por vir, quero votar em um líder que esteja comprometido com o
futuro a partir do presente, que não tenha em seu discurso uma demagogia para
se perpetuar no poder.
Pois
caso o mau se estabeleça, estremos vivendo uma democracia medíocre, incapaz de
construir um país melhor, é a desilusão no presente que compromete o futuro.
Por
um líder capaz, sejamos conscientes no voto !
“Fazemos
nossos caminhos
e lhes chamamos destino.”
(Bejamin Disraeli)
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