Vivemos em um mundo predominantemente capitalista, onde
através do trabalho mantemos a sobrevivência material, o que nos alerta para um
preceito com mais de 2.000 anos de existência, onde está escrito:
“Quando estávamos entre vós, já vos demos esta ordem: quem
não quer trabalhar também não há de comer”. (2 TESSALONICENSES 3, 10)
Esta é a regra de ouro do trabalho cristão, só deve comer
quem quer trabalhar. O problema acontece quando se quer trabalhar, mas não há
trabalho, como então irá comer? Como superar este problema?
"O caminho para resolver o problema é ordenar para Deus e
para caridade fraterna os bens deste mundo. Os bens da criação são destinados a
todo gênero humano. O próprio homem é o autor, o centro e o fim de toda a vida
econômica e social. O ponto decisivo da questão social é que os bens criados
por Deus para todos cheguem, de fato, a todos, conforme a justiça e com a ajuda
da caridade". (CIC)
O valor primordial do trabalho depende do próprio homem, que
é seu autor e destinatário. Na multidão de seres humanos sem trabalho, sem pão,
sem teto, sem terra, como não reconhecer Lázaro, o mendigo faminto da parábola?
(Lc 16, 19-31)
Para
aquele que não encontra trabalho para o seu sustento, é da responsabilidade de
quem tem trabalho e renda ajudar o próximo, como uma forma de caridade. O
primeiro passo é proporcionar o sustento, o segundo passo é criar políticas
públicas para a geração de trabalho e renda.
O
maior desafio do próximo presidente eleito, que tomará posse a partir de 1º de janeiro
de 2023 é criar as condições macroeconômicas através de políticas públicas,
capazes de gerar trabalho e renda para quem quer trabalhar, e assim poder comer
com dignidade, sem precisar do auxílio do estado brasileiro.
Este
é um compromisso que a sociedade brasileira deve assumir, um verdadeiro ato de
caridade para com os pobres e necessitados que querem trabalhar, é a forma de
tornar mais cidadã e justa a vida do povo brasileiro.
Não
esqueçamos que, se não for feito, iremos ouvir Jesus dizer: “E ele responderá
com estas palavras: Em verdade vos digo: todas as vezes que o deixastes de
fazer a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer.”! (Mt 25,45) Esta
pode ser uma valiosa missão e propósito de vida para se ter o bem comum, fazer da
nossa vida um caminho para vida plena e feliz.
A
valorização da educação, treinamento e formação do ser humano é a estratégia ideal
a ser criada, implantada no planejamento de curto, médio e longo prazo do Brasil.
Ser um país do futuro é desenvolver as competências e habilidades do povo direcionadas para o futuro, que se faz presente.
Fontes:
A
Bíblia de Jerusalém
Catecismo da Igreja Católica
Futuro do Trabalho - o que não muda? | Maira Habimorad | TEDxFAAP